hennis - ministra da defesa da holanda

Ministra da Defesa da Holanda afirmou, baseada em relatórios norte-americanos, que o custo operacional do F-35 será 60% superior ao dos atuais aviões de combate dos EUA

O custo da operação do F-35/JSF no longo prazo é uma “grande preocupação” e será “incomportável” para os militares dos EUA. Quem fez essa afirmação foi a ministra da Defesa da Holanda, Jeanine Hennis, a partir um relatório do escritório de auditoria dos EUA e do Pentágono.

“Os números atuais mostram que o custo anual da operação do JSF (Joint Strike Fighter) será 60% maior do que os atuais aviões de combate dos Estados Unidos”, disse Hennis para o parlamento.

A Holanda se comprometeu a comprar dois aviões de teste e Hennis irá tomar uma decisão final sobre a substituição dos F-16 holandeses pelo JSF até o final deste ano.

Custos

As autoridades americanas estão investigando como reduzir o custo, disse a ministra da Defesa da Holanda.

Segundo um relatório do Instituto de Política externa Clingendael apresentado no início deste ano, a opção de possuir forças armadas equipadas com o JSF representa o cenário menos atraente para o futuro dos militares holandeses.

F-35 - roll out do segundo avião da Holanda - foto Lockheed Martin

O relatório do Instituto Clingendael diz que o JSF só será necessário se a Holanda quiser participar da fase de abertura de intervenções militares. Mas o alto custo do JSF conduziria a sérias limitações “para operações marítimas do país – como o papel que a Holanda possui atualmente em proteger a navegação comercial contra os piratas.

A Holanda também teria uma capacidade menor de atuar em missões humanitárias, segundo aquele instituto.

FONTE: DutchNews (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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thomas_dw

as Forcas Armadas da Holanda, um dia uma das melhores e bem mais equipadas da Europa, hoje e’ uma patetica sombra do que era – vendeu 100% dos seus MBT, ficou com 2 das suas 20 Fragatas e 60% dos seus F-16 – qualquer desculpa e’ boa para nao comprar o F-35, que alias Singapura acabou se selecionar como o futuro da sua Forca Aerea com uma compra de 12 F-35 VSTOL.

Almeida

Problemas com o programa JSF a parte, nenhuma nação deveria sair dos teens e migrar 100% para uma aeronave de quinta geração. É loucura.

Pra quem já tá no programa, o ideal não seria cancelar, mas diminuir a encomenda pra ter um mix high-low com seus caças legacy e/ou leves. Manter alerta 24×7 com F-35A pra interceptar aeronaves comerciais pode matar a sua Força Aérea, quiçá suas Forças Armadas, para um país pequeno como a Holanda.

Vide o que estão fazendo Austrália, US Navy, Israel, Japão e demais.

Ozawa

Decididamente o Lightning II é o caça certo na época errada; O caça perfeito para uma guerra regular, numa época imperfeita de guerras irregulares; O caça de um mundo caro para uma época de líderes baratos… Surgisse em plena guerra fria, com inimigos ideológicos e militares definidos e poderosos, ou mesmo nos anos 80, naquela América próspera e nas mãos de Republicanos, a despeito de seus aliados, carreando sozinha quaisquer projetos militares de envergadura e vanguarda, e seus “problemas” técnicos e finaceiros seriam apenas nuvens esparsas a serem atravessadas na esperança de um horizonte de glórias… Se o Tomcat surgisse… Read more »

Vader

O F-35 é demais para a Holanda, um país pequeno e sem inimigos naturais, cercado de aliados suficientemente bem armados. Três esquadrões de Gripen ou Super Hornet já lhe estaria de bom tamanho.

joseboscojr

Ozawa, Muito boa análise, mas se onda agora é chutar cachorro morto e pra isso um F-35 realmente é caro não podemos nos esquecer que num passado recente os americanos e soviéticos tiveram mais de 80.000 armas nucleares e que nunca as utilizaram. Hoje, mesmo que sejam inúteis e caríssimas, há de não se perder de vista a possibilidade real de conflitos simétricos de alta intensidade em vários teatros, principalmente na Ásia. Lá, a China não está nem um pouco preocupada com os custos e está mandando ver. A Guerra Fria ensinou que prevenir é melhor do que remediar, mesmo… Read more »

Observador

Senhores,

Pelas últimas notícias do F-35, percebo que o mesmo foi a vítima para a malhação de judas da páscoa este ano.

O problema do programa é que foi ambicioso demais, e isto tem um preço não apenas financeiro, mas em atrasos e adiamentos.

E ele aponta um cenário comum para as armas do futuro: capacidades incríveis, mas com custos tremendos e anos de atraso.

Alfredo Araujo

Os amigos fizeram ótimas analises… porém não foram considerados os respectivos aspectos econômicos de cada época…

Na guerra fria, as potências europeias e os EUA, eram absolutos economicamente… Hj em dia ninguém tem grana para manter os atuais orçamentos de defesa…

Gilberto Rezende

O problema econômico é ETERNO e sempre é levado em consideração o que difere é a sua VONTADE POLÍTICA e disponibilidade orçamentária dentro das SUAS PRIORIDADES DA ÉPOCA. O JSF é uma promessa FURADA ou um simples GOLPE PREMEDITADO da Lockheed Martin onde a INSÂNIA FINANCEIRA do Programa F-22 Raptor gestado numa época favorável e que visava um SUPER CAÇA EXCLUSIVO da SUPER POTÊNCIA AMERICANA passou quase integralmente este “espírito de projeto” para o início do programa JSF que tinha um REQUISITO 180 graus em OPOSTO que era criar um caça “leve e barato” para substituir vários caças legacy e… Read more »

Ivan

Almeida, Sou um persistente defensor do Hi / Low Mix, mas no caso holandês talvez não se aplique o conceito (não é pegadinha de 1º de abril). A Koninklijke Luchtmacht (KLu) alinha hoje 4 (quatro) esquadrões de caça, todos com Lockheed Martin F-16 A/B MLU, abaixo elencados: > 312º Esquadrão; > 313º Esquadrão; > 322º Esquadrão; > 323º Esquadrão OCU ou TACTES (TACtical Training Evaluation Standardization). São poucas unidades, em uma força aérea pequena, mas eficiente e eficaz. Neste contexto operar mais de um tipo pode ser economicamente inviável e uma loucura logística. Uma alternativa MIX possível poderia ser introduzir… Read more »

joseboscojr

Na verdade não tem muito o que se possa fazer para travar com eficiência uma guerra assimétrica.
O que os americanos puderam fazer, fizeram.
Pra mim pecaram em:
Não adquirir logo de cara uma aeronave especializada COIN;
Em não ter nada parecido com o AV-SS 12/36;
A aquisição do CSR Carl Gustav também foi tardia, mas pelo menos veio;
O velho “lança-rojão” LAW M-72 deveria ter sido distribuído mais cedo e com generosidade tando no exército quanto nos Marines;
Os americanos são resistentes à ideia de um “morteiro comando”, mas o mesmo creio eu é essencial na guerra assimétrica.

joseboscojr

Só complementando minha listinha “assimétrica”, por melhor que seja o mix low/high formado pela dupla Carl Gustav e TOW, ainda acho que tem um nicho entre os dois que poderia ser coberto pelo CSR M40 de 106 mm (modernizado) montando em um Humvee.
Seu alcance prático de mais de 2000 metros e sua granada de 4 kg ainda tem um lugar de honra na guerra assimétrica.

Soyuz

O resumo do que penso é o seguinte. Quem esta preparado para uma guerra simétrica, luta também em um cenário assimétrico, já o oposto não é verdadeiro. Quem desarma sua capacidade de guerra simétrica demora décadas para voltar a ter a mesma capacidade, porque equipar-se de novo, formar pessoal, doutrinas, leva muito tempo e dinheiro. Me parece que países como a Holanda devem buscar é a manutenção da sua capacidade militar a níveis de guerra simétrica a níveis que possam ser mantidos com os orçamentos disponíveis. Assim caças como o Gripen, submarinos costeiros, veículos terrestres intermediários parecem cair como uma… Read more »

Ivan

Soyuz, “Quem esta preparado para uma guerra simétrica, luta também em um cenário assimétrico, já o oposto não é verdadeiro.” Concordo! Vários países ocidentais estão caíndo na esparrela da guerra assimétrica, se preparando para algo que é consequência e não causa. Seu inimigo só luta uma guerrilha por que não pode lutar uma guerra aberta. Muitas vezes, com bons exemplos na história, luta na guerrilha enquanto reune forças para uma guerra/batalha convencional. Muito do que se usa em um cenário de guerra total, como sistemas de C4ISTAR (command, control, communications, computers, intelligence, surveillance, target acquisition & reconnaissance), pode ser usado… Read more »