No dia 19 de dezembro a Boeing entregou o primeiro avião de patrulha e esclarecimento marítimo P-8I para a Marinha da Índia em Seattle (estado de Washington, onde se localizam as instalações da Boeing), conforme estipulado em contrato. Segundo o site Livefist, esta aeronave foi entregue dez dias antes do estabelecido em contrato.

Outros dois P-8I de um total de oito contratados, serão entregues ao longo de 2013. O programa segue conforme cronograma e o quarto e o quinto P-8I já estão na linha de produção. Ainda segundo o Livefist, a Marinha da Índia deverá firmar um novo contrato para outras quatro aeronaves no próximo ano e até 30 aviões poderão ser encomendados.

Na foto acima aparecem, de esquerda para a direita, o P-8I utilizado para ensaios com armas, o avião entregue e o terceiro P-8I, que recentemente entrou nas instalações de sistemas de missão da companhia.

FONTE:
Boeing, com informações do Livefist (tradução e adaptação, Poder Aéreo)

FOTO: Boeing

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Mauricio R.

Os americanos não levaram o MMRCA, mas estão levando de roldão tdo o resto:

C-130; C-17; CH-47; AH-64; P-8; CBU; Javelin; e dizem ainda M-777.

Nada mal.

Marcos

Posso não concordar com o que e como eles estão comprando, nem se devem, se o povo por lá passa fome enquanto compram armas, mas estão indo para algum lugar.

Já por aqui: P-3, F-5, Mi-8…

Renato Oliveira

A Índia, com um litoral minúsculo comparado ao nosso, tem a última geração em ASW/ASuW.

Enquanto isso em banânia… zzzzzzzzzzzzzzz…

ernaniborges

Eu me pergunto: Por quê será que os EUA nos ofereceram as “células” mais antigas dos P3, e para outros venderam séries mais recentes? Fomos nós que preferimos assim?
Se somos parceiros estratégicos, por quê ainda sofremos tanta restrição de acesso às tecnologias de ponta, em todas as áreas ?

Alfredo Araujo

Segundo consta, as células mais antigas foram menos voadas, assim, mais inteiras…
E desde quando q o Brasil é parceiro estratégico dos EUA ?

ernaniborges

Não que eu considere os P-3 possuidores de tecnologia de “ponta”, mas, se há no deserto coisa muito melhor estocada, porque será que ficamos com o que tinha de “pior”?

Fernando "Nunão" De Martini

Ernaniborges, A aquisição dos P-3 da FAB foi objeto de uma extensa matéria no número 2 da revista Forças de Defesa. É bem provável que lá você encontre grande parte das respostas para inúmeras perguntas possíveis sobre os P-3AM (e o desenvolvimento do P-3 como um todo). Como esse número já se esgotou faz tempo, e no caso de você não tê-lo, há uma parte do conteúdo (que foi bastante estendido para a matéria da revista) disponível no site da Associação Brasileira de Equipagens da Aviação de Patrulha, que o solicitou para publicação anos atrás. Lá fala um pouco da… Read more »

Daglian

ernaniborges,

Os EUA jamais disseram que somos parceiros estratégicos deles. Isso é balela de francês conosco.

Segundo, a FAB foi ao deserto anos atrás e comprou os P-3. Quando o fez, ainda nem existia P-8.

Marcos

ernaniborges P: Por quê será que os EUA nos ofereceram as “células” mais antigas dos P3, e para outros venderam séries mais recentes? Fomos nós que preferimos assim? R: É por ai mesmo. Nós fomos lá e escolhemos. Os nossos são do primeiro lote de P-3 produzidos. P: Se somos parceiros estratégicos, por quê ainda sofremos tanta restrição de acesso às tecnologias de ponta, em todas as áreas ? R: Não somos parceiros estratégicos. A Inglaterra é. A Austrália é. O Canadá é. O Japão é. E é o seguinte: ninguém transfere tecnologia de ponta para ninguém. Se você quiser… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Não entendi esse questionamento que vocês estão fazendo sobre o fornecimento de “tecnologia de ponta” dos EUA em relação ao P-3. Pode até ter a ver em relação a outros assuntos, mas com o P-3? Até onde sei, o interesse da FAB nesse negócio com os EUA era simplesmente ir lá no deserto e comprar as células, as aeronaves em si, nada mais do que isso. Qualquer versão de P-3 no deserto é, em maior ou menor grau, algo distante do que se pode chamar de tecnologia de ponta. E por isso mesmo está estocada no deserto… Por exemplo, a… Read more »

Mauricio R.

Diversos países reformaram aeronaves P-3 c/ os americanos, através da LM ou da L-3, aliás a própria US Navy reformou dezenas de seus próprios P-3. Taiwan reformou uma dúzia de P-3C ex-US Navy, Alemanha e Portugal reformaram 13 P-3C ex-holandeses entre sí, o Canadá reformou seus CP-140, a Noruega e a Austrália tb reformaram seus P-3. Ocorre que o “esperto” do Brasil se meteu a reformar seus P-3, na Espanha, achando que fazia um bom negócio. Que aliás não se sabe até hoje como não saiu pior que o soneto, pois a Embraer estava em um jogo mto sujo, tentando… Read more »

joseboscojr

Ernani, Por que será que nós não transferimos a tecnologia de nosso míssil MAR-1 para o Paraguai? Ou a tecnologia do A-Darter para a Argentina? Você sabe de alguma tecnologia sensível brasileira na área militar ou aeroespacial que tenha sido transferida para outro parceiro de graça? Se não o fazemos com nossos “hermanos” sul americanos, por que diabos você acha que os EUA tem que fazer conosco? Tecnologia sensível só se transfere a peso de ouro e se e somente se for do interesse estratégico de quem a possui. Idem em relação às compras de prateleira. No caso específico de… Read more »

Optimus

Extraordinária aeronave – cairia como uma luva para nosso imenso litoral junto com alguns SU-34 (sonho meu… sonho meu…) 😉

Groo

O P-8 não atenderia à especificação da FAB de quatro motores turboélices.

Se a especificação da FAB não mencionassem motores a Embraer iria empurrar o limitado P-99.

Coisas da República Bolivariana das Bananas do Brasil…

Ivan

O Poseidon será o novo deus do mar para qualquer aviação naval que tenha recursos para comprar e operar esta extraordinária aeronave. Se está fora do alcance da FAB é apenas por questões orçamentárias, pois certamente para os yankees seria ótimo ver o Brasil usando estes Boeing sobre o Atlântico, criando (ou aprendendo) doutrina com a US Navy e futuramente preparado para estabelecer missões de vigilância conjunta da Linha do Equador até o Cabo da Boa Esperança. Segundo o sítio da Boeing: “The P-8I is a long-range anti-submarine warfare, anti-surface warfare, intelligence, surveillance and reconnaissance aircraft capable of broad-area, maritime… Read more »

Ivan

Quem se interessar pode dar uma olhadinha no pdf sobre o P-8I publicado pela Boeing:
http://www.boeing.com/defense-space/military/p8/p8i/docs/P-8I_overview.pdf

Ivan

E ainda comparar como o do P-8A da US Navy, igualmente publicado pela Boeing:
http://www.boeing.com/defense-space/military/p8a/docs/P-8A_overview.pdf

Ivan

Outro ponto importante para destacar é que o P-8 Poseidon pode ser reabastecido em vôo através de um receptáculo acima da cabine dos pilotos. Obviamente usa o sistema flying boom da Boeing, mas acredito que é adequado para uma aeronave deste porte, com cerca de 85 (oitenta e cinco) toneladas de MTOW.

Este desenho do P-8A da US Navy é interessante para observamos alguns sistemas aparentes:
comment image

Abç,
Ivan.

joseboscojr

Uma grande diferença operacional entre o P-3 e o P-8 é que o segundo irá realizar sua vigilância a grande altitude, não tendo que descer para lançar suas sonoboias e torpedos.
Também era dito que o P-8 americano não teria MAD, que seria mantido no P-8I, mas pela foto as duas aeronaves apresentam o que parece ser um MAD.
Será que a USN voltou atrás e requisitou a instalação do MAD?

Mauricio R.

Sonobóia custa caro, mesmo p/ a US Navy.

Ivan

Bosco,

Entendo que o MAD – magnetic anomaly detector – é um sensor de curto alcance.
Assim sendo, está em desacordo com o perfil operacional do Poseidon, manter vigilância a grande altitude.

Por outro lado tenho observado nos desenhos e fotos do P-8A e P-8I a lança característica deste equipamento.

Muda o perfil da missão ou pretendem apenas manter uma capacidade de busca aproximada em um eventual vôo baixo?

Talvez, como lembrou o Maurício, ter a capacidade de esclarecimento magnético com menor custo tenha influenciado a decisão.

Abç,
Ivan.

Ivan

Outro ponto interessante é comparar a capacidade de combustível do Orion com o Poseidon, bem como as diferenças na propulsão, que influenciam no consumo por hora de vôo, velocidade de deslocamento e patrulha, bem como perfil operacional. Na questão do combustível tenho encontrado para o Orion uma capacidade interna de 28.350 kg., com os seguintes dados de performace: Velocidade máxima a 4,500m com 47,625Kg – 761Km/h; Velocidade de cruzeiro económica a 7,620 m com 48,895 kg – 607Km/h; Velocidade de patrulha a 457 m com 49,895 kg – 381 km/h; Teto de serviço – 8.625 metros; Raio operacional – 3,835… Read more »

Ivan

Considerando apenas a capacidade interna de combustível e convertendo milhas náuticas em quilômetros temos uma comparação interessante.

Orion:
Raio operacional com 3 (três) horas ‘on station’ de 2.494 km.

Poseidon:
Raio operacional com 4 (quatro) horas ‘on station’ de 2.222 km.

Números muito parecidos, mas muda o perfil da missão (baixo e alto) bem como o tempo de deslocamento para a zona de patrulha.

Abç,
Ivan.