Um modelo do F-35 foi mostrado na “Air Force Association Technology Expo 2012”  com um novo tipo de míssil ar-ar na baia de armas: o Lockheed Martin “Cuda”. Trata-se de um “mini AMRAAM” de combate aproximado, também guiado por radar, que poderá triplicar a carga de mísseis do F-35. O tamanho é bem parecido com a da bomba guiada SDB.

A Lockheed Martin informa que é um míssil “Hit-to-Kill” multifuncional, atingindo o alvo para ter efeito, sem a necessidade de uma cabeça de guerra explosiva. O conceito tem sido discutido com a USAF (Força Aérea dos EUA). O míssil terá capacidade de atingir outros mísseis (Scuds, foguetes, mísseis balísticos) e talvez seja usado para auto-defesa, ao ser disparado contra mísseis ar-ar e superfície-ar.

Subscribe
Notify of
guest

15 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
joseboscojr

Se o projeto independente da LM vingar será realmente uma reviravolta na tendência estabelecida. Enquanto parecia que os esforços se dariam em relação a um novo míssil BVR, maior que o Amraam, os americanos vêm com esse novo conceito. O míssil parece ter o mesmo diâmetro que o Amraam (178 mm), embora tenha cerca da metade do comprimento e tudo indica que também deve pesar a metade (80 kg ??). Se imaginarmos um Amraam sem sua ogiva, seu peso já cai de 156 para 134 kg. Se novamente imaginarmos que uns 20 kg do propelente era pra compensar a massa… Read more »

Groo

Pode ser um SRM interno para manter a furtividade do F-35.

joseboscojr

Correção:
Viajam na maionese = viagem na maionese. rsrsrss
Eu estava viajando com sono. rsrsrss

Marcelo

acho bem difícil conseguir atingir mísseis ar-ar de curto alcance de 5a geração, ainda por cima, sem ogiva. Mas sabe como é papo de vendedor né…além disso, a LM precisa mesmo propor conceitos para “mini armas” para a baia de armamentos do F-35 que ficou pequena! Em especial a da versão “B”, STOVL…

Clésio Luiz

Bosco, o MICA pesa 112 Kg tem alcance de cerca de 50 Km. Se tirar a ogiva dele e aumentar o combustível, é muito provável que chegue nos 70 Km. E o MICA possui vetoração de empuxo.

O míssil da Lockheed não deve ter problemas de alcance. O problema vai ser garantir a taxa de acerto para alvos pequenos, como mísseis de cruzeiro. Usá-lo para acertar outros mísseis é viagem na maionese do pessoal de marketing da Lockheed.

joseboscojr

Citando um versículo bíblico: Oh seres incrédulos!! Conhecerão Minha ira!!!! Rsrsrs Eu não duvido que a interceptação “hit to kill” seja possível contra mísseis SRAAM. Há muito já se falava que para se defender de um SRAAM de 5ªG lançado dentro da NEZ só desabilitando sua cabeça de busca com um laser (ainda assim há defesa contra o cegamento laser) ou interceptando o míssil (míssil antimíssil ou laser), e creio eu que o melhor método de fazê-lo é através da interceptação direta. Não sei se é esse o caso do Cuda (oh nominho feio), mas a tecnologia é viável. O… Read more »

Blind Man's Bluff

Não acho que seja muita viajem. Para atingir um missel, que seja um AA de longo alcance por exemplo, como um K-100 destinado ao AWACS escoltado, a maior dificuldade na verdade é o radar conseguir encontrar, rastrear o proprio missel e guiar o cuda até ele com tal precisão, pois o alvo, ao contrario de um caça, certamente não realizará nenhuma manobra defesa. O ponto principal é na verdade a resolução do radar do F-35. Poucos aqui duvidam das evoluções nesse sentido, principalmente em se tratando de sensores e avionicos americanos e das capacidades do AN/APG-81 AESA. Acho viajem desenvolver… Read more »

Vader

Boscão: são todos homens de pouca fé, rsrsrsrs… 🙂

Se esse míssil der certo o F-35 será um caça muito difícil de abater. Aliás, como já apontei anteriormente, a principal vantagem do F-35 sobre seus demais contemporâneos em combate ar-ar é sua “survivability”.

E o que o colega acima disse está correto: em formação, certamente alguns caças ficarão com a tarefa exclusiva de engajar mísseis que buscam engajar a formação.

No mais, mais uma arma à disposição da melhor aeronave de combate do mundo.

Marcelo

“e TALVEZ seja usado para auto-defesa, ao ser disparado contra mísseis ar-ar e superfície-ar.”

O “talvez” está no texto…sem ogiva de fragmentação e sensores de proximidade, tem que ter muita fé mesmo para achar que vai acertar em cheio um Python V, ASRAAM, AIM-9X, AA-11, e por que não até o A-Darter…são alvos muito pequenos e velozes…já SAMs são outros 500…aí até dá para acreditar.

Marcelo

complementando…SAMs de longo alcance…não “bichinhos” como Stinger, Strela, Bofors 70, etc…

Blind Man's Bluff

De qualquer forma, com a evolução constante dos radares, a tendencia sempre foi e continuará sendo a redução das ogivas a medida que há um aumento de precisão. As ogivas encontradas nos armamentos anti-aereo desde sempre foram quase em sua totalidade fragmentadores, para compensar pela falta de precisão.

O extremo desse pensamento são as rail guns, que utilizam energia magnetica para impulsionar nano-projeteis a velocidades hipersonicas.

joseboscojr

Clésio, Sem dúvida o MICA foi revolucionário e talvez tenha sido por isso que não obteve o sucesso merecido. Quanto ao Cuda, parece que pode ser ejetado de um lançador padrão para as SDBs, como cada uma pesa em torno de 115 kg, o míssil pode muito bem estar nessa faixa e não na de 80 kg como havia dito. De qualquer modo é uma revolução no modo como os mísseis antiaéreos são projetados. Se antes eram compridos e finos, poderão vir a ser curtos e grossos no futuro, para melhor se adequarem aos compartimentos internos de caças furtivos. Sem… Read more »

G-LOC

Meus comentários para a discussão: – Em um combate entre aeronaves furtivas, o alcance dos engajamentos será mais a curta distância. – Se considerar que será bem mais difícil derrubar um caça furtivo, então será necessário mais mísseis. – com a possibilidade anti-missil, para autodefesa ou defesa de um local, seria necessário mais mísseis – Contra caças convencionais, um caça furtivo pode se aproximar mais antes de disparar. O Cuda serve nesse cenário. – O tamanho sugere curto alcance, mas com os novos combustível em gel é possível aumentar consideravelmente o alcance. Inclui variar a potencia. – os israelenses citam… Read more »

Renato Oliveira

Grande Bosco! Preciso como sempre. E minha fé é menor que um grão de mostarda mas está lá rsrs Não duvido que o alcance cinemático seja da ordem de 30+ km, o que, tecnicamente, tornaria tal ‘hittile’ na classe de BVR. Mas, pelo que Tico e Teco puderam inferir do texto, creio que a LM vai copiar o estilo da Rafael, ou seja, abrir mão do alcance cinemático em troca de maior NEZ. Aí sim a coisa faz sentido. Embora tenho potencial para, digamos, 50 km, disparando o ‘bichinho’ a 15 km, o que o classificaria como WVR ou near-BVR,… Read more »

joseboscojr

Numa conta de padaria, um cilindro com 3 metros de comprimento (representativo de um míssil Sidewinder) e 12,7 mm de diâmetro (do Sidewinder) tem um volume interno de 151 litros. Já um cilindro com 1,83 metros (metade do Amraam e representativo do Cuda) de comprimento e 17,8 cm de diâmetro (diâmetro do Amraam) tem um volume interno de 182 litros. Se imaginarmos o cilindro um pouco mais calibroso, com hipotéticos 20 cm (semelhante ao Sparrow), o volume interno do Cuda seria de 230 litros. Claro que na minha conta de padaria não levei em consideração a perda de volume decorrente… Read more »