Os chineses revelaram seu novo míssil ar-superfície CM-400 AKG. O míssil foi desenvolvido pela CAISC chinesa para equipar os caças JF-17 Thunder e já está em serviço no Paquistão.

O CM-400 AKG é um míssil de alta velocidade e longo alcance para atacar alvos fixos em terra e alvos “pouco móveis” no mar. Uma das possíveis missões será atuar como “carrier killer”, contra ameaças dos porta-aviões indianos.

O míssil pesa 400kg e tem 5,2 metros de comprimento. A propulsão é por motor foguete sólido e pode ser armado com cabeça de guerra penetradora ou explosiva/fragmentada. O míssil é tido como “dispare-e-esqueça” com várias opções de sensores como radar ativo ou infravermelho. O alcance é estimado entre 180 a 250km. O míssil é disparado para cima e mergulha no alvo, atingindo uma velocidade de Mach 4, segundo os chineses.

A Força Aérea do Paquistão já opera dois esquadrões com 36 caças JF-17 e está prestes a colocar outro esquadrão em operação.

Análise : Como “carrier killer”, o CM-400AKG parece ter pouco poder de destruição, necessitando atingir partes vitais do navio para conseguir um “mission kill”, como a ponte de comando, pista de pouso ou rampa ski jump. Outra opção é ter precisão suficiente para atingir o navio na linha d’água.

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joseboscojr

É preciso um baita esforço para acreditar na performance divulgada desse míssil. Usando um motor foguete sólido, pesando 400 kg, atingindo Mach 4 e com alcance de até 250 km? Truco! Impossível não é, mas com certeza não sobra quase nada de massa para a ogiva. Eu chuto que não deve passar de 70 kg. Usando trajetória parabólica num perfil semibalístico um míssil desse porte pode sim atingir 250 km, mas diga-se de passagem que no momento do impacto não deve estar com velocidade muito acima de Mach 1 não. Semelhante no Ocidente tem o HARM/AARGM, que com massa semelhante… Read more »

Clésio Luiz

Você deve estar certo Bosco, a ogiva deve ser pequena. O único jeito de um míssil do porte desse incapacitar permanentemente um Nae deve ser na base do volume, com uns 5 ou mais atingindo o navio. Eu lembro de um míssil russo de grande porte (Brahmos?) que o pessoal ainda duvida ser capaz de afundar um Nae americano com um único acerto.

Por essas bandas, o MAR-1 sacrificou alcance e velocidade por uma ogiva grande, o oposto do HARM e outros modelos.

andreas

Clésio Luiz disse:
23 de novembro de 2012 às 7:34

Clésio, se não me engano o Brahmos é indiano…

E já que você falou no MAR-1, qual é o tamanho da ogiva dele?

Marcelo

o Brahmos é quase que 100% baseado no 3M55 Yakhont russo. Foi um acordo de transferência de tecnologia entre a Rússia e a Índia. A grande diferença é que o Brahmos também poderá ser lançado do ar ao contrário do original russo (lançado de submarino, navio ou de terra). Aliás a versão lançada do ar do Brahmos não está pronta ainda. Quanto ao míssil chinês achei interssante o perfil de voo antes do ataque (de cima para baixo) à semelhança do seu irmão maior o DF-21 míssil balístico carrier killer. Caso esse míssil chinês atinja o alvo à Mach 4,… Read more »

Renato Oliveira

Bosco, eu acho que 70 kg de ogiva ainda é otimista. O míssil mais próximo em dimensões e performances que eu conheço é o Kh-31. A ogiva dele realmente tem em torno de 70 kg, o peso é da ordem de 600 kg e a velocidade em trono de Mach 3, isso com ramjet. Algum dos dados do míssil deve estar errado (de propósito ou não). O HARM que você citou tem uma ogiva da ordem de 25 kg, bem menos que os 70 do seu belo ‘chute’. Clésio, tirou as palavras da minha boca. Se você vai atacar um… Read more »

joseboscojr

Marcelo, Mach 4 com certeza é a velocidade máxima atingida e não a velocidade de impacto, que deve ser bem menor. Renato, A ogiva do HARM é da faixa de 60/70 kg e não 25 kg. Há uma grande diferença entre um míssil como esse que usa um perfil semibalístico, propulsado por motor foguete e um míssil cruise supersônico, como o Brahmos, Yakhont, kh-31, etc, que usam propulsão ramjet. Um míssil cruise é propulsado durante todo o tempo da trajetória, do lançamento até o impacto, podendo mergulhar no alvo com o motor ligado ou optar por uma trajetória sea-skimming, onde… Read more »

Blind Man's Bluff

Para afundar um Porta Aviões são necessários muito mais que mísseis. Mas não é para afundar que se utilizam misseis e sim para incapacitar o adversario, melhor ainda se o alvo for um Porta Aviões fora de operações por um par de horas, deixando assim de oferecer superioridade aérea e se tornando um alvo facil. Ao contrario do que todos pensam, um porta aviões é um dos navios mais faceis de se incapacitar de qualquer flotilla. Praticamente todo o “ventre” da embarcação esta aberta ou levemente protegida. Dentro dele são armazenados uma grande quantidade de armamentos e principalmente combustivel! Sem… Read more »

G-LOC

também concordo que os chineses parecem estar exagerando. Algumas notícias citam velocidade maior que Mach 5. Mas pode ser que o motor também funcione na descida. O alcance também me parece exagerado, mas se for disparado supersonico a grande altitude talvez seja possível. Quanto a carga, é só lembrar que os EUA tem a SDB que pesa 110kg. Então pode ter uma munição de subcalibre ali no meio. Quanto ao peso e tamanho, foi feito para o FC-17 e não para armar o flanker. Então está de bom tamanho. O Exocet pesa 650kg. Acho que temos condição de fazer algo… Read more »

Renato Oliveira

Bosco,

Sempre correto. Mas o G-LOC fez um bom comentário: pode ser que o motor tenha mais de um estágio e que o último deles só seja ativado na fase final. Eu sei que foguetes para aceleração próximo ao impacto foram avaliados para outras armas de penetração.

Mauricio R.

“Acho que temos condição de fazer algo semelhante…”

Se precisamos dos sul-africanos, p/ termos algo como o A-Darter, então não temos condições de fazermos algo semelhante.
E não é pq “nacionalizamos” o motor-foguete do MM-40 Exocet , que nossos “parceiros estratégicos” nos deram licença p/ usá-lo ao nosso bel prazer.

G-LOC

Mauricio, já conseguimos fazer motor foguete, já fizemos o MAA-1A e B e o MAR-1. O guiamento por GPS e INS está sendo adquirido com as SMKB. É basicamente aumentar o tamanho. Outro ponto de vista é adicionar guiamento final na séria Sonda II.

Quanto ao alcance do míssil chines, acho que pode ter um booster que não foi mostrado. É uma técnica simples para aumentar o alcance.

Como arma disparada de navio, se tiver esta previsão, o míssil pode ter limitações visto que disparado para cima vai denunciar a posição do lançador.

Groo

Parece uma versão menor do Kh-15 Kickback.

Como o Kickback atinge mach 5 ao mergulhar de 40.000m de altura, o míssil chines alcançar mach 4 não me parece impossível.

Trata-se de um míssil balístico lançado de avião e, nesse caso, a gravidade dá uma força para ele atingir o alvo a mach 4.

G-LOC

Groo, bem lembrado do Kh-15. O conceito é o mesmo, mas adicionaram funçao anti-navio. Imagino que também poderia levar ogiva nuclear se o paquistão tiver tecnologia para fabricar ogivas tão pequenas.

Groo

Kh-15S é a versão anti-navio com guiamento terminal por radar.

Esse míssil ficou na minha cabeça desde que tomei conhecimento dele através de uma matéria antiga na revista ASAs sobre o Su-32FN/MF..

Outro míssil que me impressiona é DF-21D chinês.

Mauricio R.

“Outro míssil que me impressiona é DF-21D chinês.”

Na teoria é uma beleza, mas na prática os chineses testaram-no, somente em terra.
Aliás até da capacidade em localizar, identificar e alvejar, um alvo similar a um CVN americano, carecem os chineses.
Então não se sabe, se realmente teriam a capacidade real, de prega-lo em algum CVN americano.
Por outro lado a capacidade BMD do AEGIS, está mais do que testada.

joseboscojr

Groo, A velocidade terminal de um objeto em queda livre no meio atmosferico depende de alguns fatores, tais como a massa e o coeficiente de arrasto do míssil, a altitude e a velocidade inicial da queda. Imagina-se que mísseis semibalísticos, como é o caso desse míssil chinês e do míssil russo, subam a grande altitude, estabilizam essa altitude e continuam num voo horizontal até que finde o propelente. Nesse ponto preciso é quando o míssil está em sua maior velocidade. Devido ao arrasto há uma desaceleração muito grande que leva à rápida perda de sustentação do míssil (por ter asas… Read more »

G-LOC

Perai bosco, esse conceito tá meio esquisito. Um míssil balístico não plana. Ele acelera e depois voa balístico. E na parte superior da trajetória o arrasto é muito pequeno e desacelera mais por estar subindo.

G-LOC

E é bom lembrar também que a Koslova era um troll. Era um homem que se fingia de loira e engenheira aerospacial para conquistar a confiança dos outros. Como homem seria só mais uma opinião.

joseboscojr

G-LOC, Esse míssil com certeza não é “balístico” e sim “semibalístico”. Como você disse míssil balístico não voa, não tem nenhum meio de sustentação aerodinâmica, subindo sempre por força do motor foguete e depois, da inércia, até chegar no apogeu e começar a cair. Diferente de um míssil “semibalístico”, que voa, se sustenta aerodinamicamente (em geral tem asas, mesmo que aparentemente não tenha e muitas vezes consegue sustentação aerodinâmica apenas com o “corpo”), durante parte da trajetória; para depois cair. Nesse míssil chinês são visíveis as “asas” curtas, otimizadas para voo em grande velocidade. Também não disse que o míssil… Read more »

joseboscojr

O russo Kh-15, em que pese não ter asas aparentes, se sustenta pelas aletas e voa a 40 km de altitude a Mach 5, para depois “cair”. Fosse balístico, teria que subir bem mais alto para atingir seu alcance nominal de 300 km. Regra geral, o apogeu de um míssil balístico é em torno de 1/3 do alcance. Há vário outros exemplos de mísseis com trajetória semibalística: Iskander, ATACMS, SRAM, HARM, 40N6, etc. O Amraam é dito possuir uma trajetória loft que o leva a 10.000 metros acima da altitude de lançamento (mais de 25 km) onde voa por alguns… Read more »

G-LOC

bosco, os pilotos caças, para acelerar, “descarregam” as asas em um mergulho leve em g zero. O objetivo é diminuir o arrasto ao mínimo. Quanto a planar, até o corpo do míssil faz body lift, criando sustentação. A partir de uma certa altitude não tem como planar devido a baixa densidade do ar. É so lembrar do paraquedista que ultrapassou a velocidade do som pulando de um balão. Quanto a EK, tem um pessoal que foi investigar e não conseguia achar nada a respeita na PF sobre ela. A história dela também era incoerente ao citar que trabalhou em projetos… Read more »