Padrão F3-R do Rafale será lançado em 2013, para operação a partir de 2018

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Reportagem de 24 de outubro publicada no site da revista “Air & Cosmos” trouxe interessantes notícias a respeito do desenvolvimento do caça francês Rafale, fabricado pela Dassault Aviation.

No ano que vem, o novo padrão F3-R deverá ser lançado, para que esteja disponível para operações em 2018. Essa data é concomitante à entrega dos primeiros mísseis ar-ar BVR (além do alcance visual) Meteor e do pod PDL NG. Antes do F3-R, porém, deverá entrar em serviço o padrão F3.4, programado para 2014.

Entre outros aprimoramentos do F3-R estão a capacidade IFF (identificador amigo-inimigo) Mode 5/S e novos modos do link 16 (enlace de dados padrão da OTAN), de forma a manter um bom nível de interoperabilidade com caças de forças aliadas. Também deverá haver progresso no sistema Spectra de autoproteção e melhorias no controle de tiro ar-solo e do pod Reco NG, a partir das lições aprendidas com o emprego da aeronave no recente conflito da Líbia.

As melhorias do F3-R poderão ser instaladas na frota existente de caças Rafale, segundo a revista.

FONTE: Air & Cosmos (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)

FOTOS: Dassault

NOTA DO EDITOR: nos links abaixo, notas anteriores referentes ao futuro emprego do míssil Meteor no Rafale (e relacionadas também ao radar AESA e outros sistemas e armamentos do caça), e também nos outros dois caças “eurocanards”, o Eurofighter Typhoon e o Saab Gripen

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HMS TIRELESS

Vamos lá: O programa será lançado em 2013 para entrada em serviço em 2018. Nessa mesma écpoca o F-35 vai estar entrando em serviço. E um pouco depois o PAK FA. Ou seja: O tal F-3R já nasce cpouco competitivo. Pobre Dassault!

HMS TIRELESS

Nunão!

Obrigada pelas boas vindas! Estava com muita saudade daqui e dos amigos! Sds!

_RJ_

Para quem acha que só o Gripen tem trabalho pela frente, e que o Rafale já tá “pronto”…

Cada dia que passamos sem o F-X2 a gente perde a oportunidade de participar de mais uma integração de armamento/aviônica.

Acho interessante que sempre se compara o Rafale com o F-35:
Ouvi falar que implementaram um Master Mode no F-35 que o faz operar como um OmniRole. Alguém tem alguma informação?

Marcos

Todas as aeronaves sofreram e continuarão a sofrer melhorias ano após ano: Gripen, Rafale, Eurofighter, Sukhoi F-35, F-18, F-16 e por ai vai. Os próprios japoneses já estudam seu Mitsubishi ATD-X para ser um provável sucessor dos atuais vetores, inclusive F-35, um G.6. Se isso se concretizará, ninguém sabe. Mas fato é que eles, todos eles, estão pensando daqui vinte, trinta anos. Isso com crise, sem crise, endividados ou não. Já por aqui pensamos dez anos para trás. O que pensamos hoje, deveria ter sido resolvido a dez anos atrás. Já deveríamos ter resolvido os G.4 e estar pensando nos… Read more »

Justin Case

Nunão, boa noite. Não entendi muito bem o que você quis incluir naqueles dois anos, que tornariam o míssil Meteor operacional para o Rafale apenas em 2020. O conceito que tenho é o seguinte: A: HOMOLOGAÇÃO DO MÍSSIL: é o processo de comprovação de que o produto fornecido pela empresa atende aos requisitos estabelecidos, com a qualidade prevista. 1• O andamento dessa atividade independe do ritmo de cada cliente. 2• Faz parte da fase de desenvolvimento do próprio míssil. 3• Aqui vai ser definida a capacidade do próprio míssil com relação à probabilidade de acerto, NEZ, etc. 4• Normalmente engloba… Read more »

eduardo pereira

Nunao, será que caso o Brasil opte pelo Rafale dentro da questao da transferencia de tecnologia nao poderíamos aproveitar a célula do Rafale e adicionar furtividade e sistemas que o tornariao pareo ao F35 ,no caso uma versao nacionalizada do Rafale ( g5 ) ?

RomauBR

Como assim, “adicionar furtividade e sistemas que o tornariam pareo ao F-35”? Vc acha que é fácil criar tinta EDO-RAM? É fácil desenvolver um AN/APG-77? E mais, utilizando o cabedal tecnológico a ser adquirido com a pseudo TOT irrestrita dos franceses, ou com o aprendido nas manutenções a nível de parque dos MIKE? Ou nos projetos COTS da Embraer? Pensa de novo e faz outra pergunta.

Vader

HMS TIRELESS disse: 29 de outubro de 2012 às 16:41 Amigo Tireless, o bom filho à casa torna. Seja bem vindo. __________________ Justin Case disse: 29 de outubro de 2012 às 18:53 Caro Justin, excelente e esclarecedor comentário. Obrigado. __________________ eduardo pereira disse: 30 de outubro de 2012 às 6:31 Eduardo, o Rafale supostamente já possui algumas características furtivas, mas para que ele fosse uma legítima aeronave de 5a geração ele teria no mínimo que possuir baias internas de armamento, o que é inviável nesse projeto (teria que ser projetado outro caça). Diversas das características básicas de forma do F-35… Read more »

eduardo pereira

Obrigado VADER e NUNAO, pelo esclarecimento, sempre acompanhei tudo o possivel sobre armamentos desde a infancia ,nao tenho muita manha nas partes tecnicas nao e desde ja peço desculpas por eventuais comentários “sem nexo”.rs E parabens a todos pois alem de com as matéris(excelentes) tambem tenho aumentado muito meu conhecimento com os comentarios.

Vader

Quanto ao Meteor, nenhuma surpresa. O Gripen foi a primeira aeronave a testá-lo e a Flygvapnet precisa dele antes das outras forças. Possivelmente em 2013 já comece o processo para se tornar operacional no Gripen C/D. Em 2015, será a vez dos Typhoon britânicos e da Luftwaffe. E em 2018 virão os Rafale franceses. Nenhuma surpresa aqui, dado que a França já conta com o também MBDA Mica para seus Rafale. A dúvida fica apenas quanto à integração do Meteor nos F-35 da UK. Assim, não tem nada de mais em o Rafale ser o último a ter a sua… Read more »

Mauricio R.

Existiu, não sei se ainda persiste, uma certa polemica qnto ao MICA IR, pois este míssil seria inadequado ao combate WVR, apesar de contar c/ vetoração de empuxo, sua cabeça de busca tem um horizonte limitado e Le Jaca carece de um HMD integrado e funcional; o que limitaria o envelope de emprego.
Assim os franceses estariam pensando em um míssil, na classe do AIM-9X ou do IRIS-T, p/ substitui-lo.

HRotor

Furtividade é um conceito que envolve também outros parâmetros, além de reduzir a detecção radar. Há necessidade também de atenuar emissões na faixa do infra-vermelho (tubeiras, armamento de cano, etc), visual (pintura adequada, reflexos do canopy, etc) e acústica (muito crítica nos helicópteros). Atenuar a detecção radar é bem complexo, envolve desde a forma da aeronave, até os materiais. Infelizmente, o ideal para ser stealth é péssimo para a aerodinâmica e resistência à fadiga. Para complicar ainda mais, existe toda a faixa de frequências do espectro eletromagnético, cada vez mais exploradas pelos modernos radares, o que torna o investimento em… Read more »

HRotor

…meio esquecidos…

Justin Case

Vader e demais amigos, bom dia. Sobre a oferta de aviões já com integração pronta de armas, temos que considerar vários aspectos: 1. Se já existe uma integração feita pelo fabricante (software), os custos envolvidos nessa oferta adicional são mínimos. 2. Se o projeto ainda está na fase de seleção ou apresentação de oferta, isso poderá significar grande vantagem para o concorrente na competição, praticamente sem custo adicional. 3. Se já existe decisão ou contrato, normalmente a empresa aproveitará para aumentar suas receitas. 4. Para o vendedor do armamento (MBDA, no caso), se o avião fosse fornecido já com preparado… Read more »

Vader

Justin Case disse:
30 de outubro de 2012 às 10:27

Beleza Justin, é tudo isso aí que você disse.

Mas o fato é: NOM ECXISTE essa de Rafale-Br com Meteor operacional, simplesmente porque não existe Rafale com Meteor operacional.

E só vai existir, se tudo der certo, em 2018, como apontou a reportagem.

Sds.