Empresa britânica, que fornece sistemas de detecção e supressão de incêndios em 90% das aeronaves comerciais ocidentais, foi escolhida pela Embraer para fornecer o sistema para o jato de transporte militar KC-390

 

Em comunicado divulgado na sexta-feira, 17 de agosto, a britânica Meggitt Safety Systems informou que foi escolhida pela brasileira Embraer para fornecer o sistema de proteção contra incêndios para o programa do jato de transporte militar e reabastecimento em voo Embraer KC-390. O contrato, que engloba todo o sistema de proteção de incêndio do capítulo 26 da ATA (ATA Chapter 26 Fire Protection System) está estimado em mais de 9 milhões de dólares para a duração do programa (vale lembrar que ATA é a sigla para Air Transport Association – associação de transporte aéreo).

O sistema provê detecção de fogo e supressão para a APU (auxiliary power unit – unidade auxiliar de potência), pilones dos motores e para os motores. Também provê detecção de fumaça e supressão para o compartimento de cargas e baia de eletrônicos. O KC-390, que deverá entrar em serviço na Força Aérea Brasileira em 2016, é um bimotor a jato com capacidade de carga de 23 toneladas e que pode ser rapidamente reconfigurado para aeronave de reabastecimento em voo.

Segundo o vice-presidente da Embraer, Luís Carlos Aguilar, as estimativas da empresa brasileira são de que “aproximadamente 695 aviões militares de transporte, ao redor do mundo, precisarão ser substituídos ao longo da próxima década, criando um mercado promissor para um avião reabastecedor desse tipo.”

Dennis Hutton, presidente da Meggitt Safety System, afirmou: “A concessão desse contrato reflete nosso comprometimento em fornecer a nossos clientes os sistemas de proteção contra incêndio mais avançados tecnologicamente e de melhor custo-benefício do mercado. É a continuidade de nossa longa história em prover sistemas de proteção contra incêndio para a frota da Embraer de jatos militares, comerciais e executivos.”

A Meggitt PLC, baseada no Reino Unido, é um grupo internacional que opera na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, conhecida pela sua especialização em engenharia para ambientes extremos. O grupo tem aproximadamente 40 instalações espalhadas pelo mundo, entre fábricas e escritórios regionais. Segundo o informe da empresa, a divisão de sistemas de segurança (Meggitt Safety Systems) fornece componentes e subsistemas que estão em  90% dos aviões comerciais ocidentais em serviço.

FONTE: Meggitt

IMAGENS: Embraer

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danra2

Legal. Mais um fornecedor estrangeiro. Vamos montar o avião em CKD? Afinal, parece que fica mais fácil montar o avião lá na Europa do que aqui.

Justin Case

Amigos, boa tarde.

O projeto é nacional, mas necessita utilizar componentes e sistemas de origem externa.
Não é montagem, nem fabricação sob licença.
O resultado operacional é requisito para a FAB, mas a capacidade de idealizar e conduzir o projeto é o ponto mais importante relacionado à indústria aeronáutica e de defesa.
Abraços,

Justin

Marcos

Peguem os sais, o Mauricio R. vai ter um treco!

Marcos

Não há opção por um fornecedor nacional porque simplesmente ele não existe.

É como essa história de indústria nacional de defesa: não existe. O que temos são fornecedores estrangeiros instalados no país, que agora, por exigência de nossa magnânima, terão de se juntar a algumas empresas nacionais que frequentam o noticiário policial.

Clésio Luiz

OFF TOPIC:

O diretor do eterno clássico Top Gun, Tony Scott, cometeu suicídio. A notícia já está correndo a Web.

Clésio Luiz

Voltando ao tópico:

A Boeing terceiriza a fabricação de grande parte de cada um de seus modelos. Inclusive peças da fuselagem, algumas que vem até do longínquo Japão. A Airbus também. Não existe mais aeronaves modernas cujas peças vem de um só pais. Está tudo globalizado.

Mauricio R.

Treco??? Eu??? Tem nada aí.

Vader

Clésio Luiz disse:
20 de agosto de 2012 às 13:45

“A Boeing terceiriza (…)”

Verdade. O mundo é globalizado.

Só que a tecnologia usada pela Boeing é em sua esmagadora maioria americana.

Se eles quiserem/precisarem montam o caça inteirinho lá.

Sds.

Marcos

Vader:

É isso que diferencia um país de terceiro mundo para um de primeiro mundo: eles podem fabricar tudo.

Aqui até pasta de dente é importada.

Depois ficam arrotando país potência.

Nick

Definitivamente o KC-390 será o transporte militar mais COTS que existe. E isso não é defeito. Será um dos principais atrativos dele. O importante é que o protótipo atinja todas as especificações projetadas.

Depois é só correr para o abraço. 🙂

[]’s

Baschera

Realmente somos meros montadores e neste caso os projetistas….. lá pela data estelar 7500.5 seremos capazes de fazer 80% sozinhos….

Pior é que exportamos boa parte dos metais in natura para a fabricação dos componentes a preço de casca de bananas…. mas pagamos os tubos pelos mesmos.

Querer o que se nem um automóvel popular projetamos…. e pasmem, hoje em dia nem mais sequer um simples ventilador….. tudo é importado, o projeto e o produto.

Sds.

Mauricio R.