Helicóptero 100% nacional deve sair do papel até 2020

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Matheus Lombardi

O sucesso da Embraer no lançamento de aviões serve de espelho para a única fabricante brasileira de helicópteros, a Helibras. O plano mais audacioso da empresa é o lançamento de um helicóptero 100% nacional até 2020. O país ainda não possui nenhum modelo com tecnologia totalmente brasileira.

Um acordo de € 1,8 bilhão (cerca de R$ 4,5 bi) com as Forças Armadas, para a fabricação de 50 helicópteros do modelo EC725, deu um grande impulso nos planos da empresa. O modelo também é utilizado pela Petrobras para o transporte de funcionários para plataformas de petróleo.

A contratação de novos engenheiros – passando de 9, em 2010, para 54, em 2012- e acordos de transferência de tecnologia com a francesa Eurocopter (dona de 50% da empresa brasileira) dão esperanças de que o “sonho” do helicóptero brasileiro possa finalmente sair do papel.

“Nosso objetivo é transformar a Helibras na Embraer de asas rotativas. A transferência de tecnologia vai nos possibilitar desenvolver uma aeronave 100% nacional”, disse o diretor do centro de engenharia da Helibras, Walter Filho.
Ainda segundo o diretor, os investimentos na empresa brasileira são um dos focos do grupo Eurocopter.

“Em cinco anos, o Brasil será a 4ª filial mais importante do grupo em todo o mundo, ficando atrás apenas de França, Alemanha e Espanha”, declarou Filho.

Em fase final de obras, a nova fábrica de helicópteros da Helibrás, em Itajubá (MG), dobrou de tamanho com a construção de novos prédios para a fabricação do EC725.

Um dos destaques é a nova área de testes para as caixas de transmissão dos helicópteros. Antes, esse tipo de reparo tinha que ser feito em outros países, como a França ou os Estados Unidos.

A preocupação com a sustentabilidade das novas áreas deve trazer até 100% de economia no uso da água e 50% no uso de energia.
“Fizemos um projeto sustentável, seguindo as normas internacionais. Estamos pensando lá na frente, na importância do mercado nacional e no crescimento do setor”, afirmou o gerente de infraestrutura da Helibras, Carlos Moraes.

Um dos 50 modelos do contrato da Helibras com as Forças Armadas será utilizado pela presidente Dilma Rousseff. A presidente utiliza atualmente um modelo Super Puma que deverá ser substituído até o final do ano.

As outras unidades serão dividas entre Exército, Aeronáutica e Marinha para missões de resgate e patrulhamento. Dentro de um EC725 configurado para as Forças Armadas cabem mais de 30 passageiros.

FONTE: UOL

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juarezmartinez

Meu Deus, a se a história do Pinóqui fosse verdadeira, irria faltar ar para tanto nariz…..
Helicóptero nacional, esqueceram de avisar todo mundo que com as nova técnicas de produção Francesas plug and play vamos fabricar em tempo recorde motores Makila, tranmissões, pas de hélices, redutores, hummmmmm
Galante este texto ficaria muito bom no última almanaque do tio Patinhas ou aiknda na Revista do Cebolinha e da Mônica.
Brasil um país tolos, muitos tolos…..

grande abraço

Mauricio R.

Propaganda descarada, 100% enganosa, desde 1979!!!
Chamem o Conar!!!

HRotor

Quanta pretensão, comparar a Helibras com a Embraer…! A Embraer nasceu com espírito de Pesquisa e Desenvolvimento, a reboque do CTA, do ITA e outras instituições similares. Vão dizer que o desenvolvimento do Bandeirante teve algo parecido ao que estão fazendo com o EC725…? A Helibras lembra mais as montadoras automobilísticas que se instalaram no Brasil na década de 50, montando aqui modelos similares aos das respectivas matrizes, rotulando de “100% nacionais”. E ainda vem a Helibras com esse discurso político-eleitoreiro, com mais de 50 anos de atraso…!?! Fazer revisão de grandes componentes no Brasil é o mínimo que se… Read more »

Nick

Querem que a Helibrás seja uma Embraer? Ok. Doem sua participação acionária para a FAB. É o primeiro passo.

[]’s

luizblower

A Helibras tinha 9 (!!!!) engenheiros?!?!?!?!?!?!

ricardo_recife

Daqui oito anos vamos fabricar um Caracal completamente nacional. Tecnologia européia transferida para uma subsidiaria européia e um helicóptero desenhado na primeira metade dos anos 70. Ou seja, teremos um helicóptero com 50 anos.

Quanta idiotice!

Abs,

Ricardo