Acidentes com MiGs indianos nos últimos 40 anos equivalem a mais de “meia FAB”

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Segundo declarações do ministro indiano da Defesa, A K Antony, publicadas no site russo Voz da Rússia, a Força Aérea Indiana (IAF) perdeu quase meio milhar de caças MiG desde 1971. Foram perdidos exatamente 482 MiGs da IAF nos últimos 40 anos. Isto equivale a mais da metade do total do inventário de todos os tipos de aeronaves na dotação da FAB, que é superior a 700 aeronaves atualmente.

Ainda segundo Antony, os acidentes ocorridos neste período foram provocados tanto por erros humanos como por falhas técnicas. Ao todo morreram 171 pilotos, um tripulante, oito militares e 39 civis em acidentes que envolveram caças MiG.

No final de março, o embaixador russo na Índia, Alexander Kadakin, imputou a elevada sinistralidade de aviões russos na Índia à utilização, pela Força Aérea deste país, de peças sobresselentes de contrafação(*).

Como comparação, a FAB perdeu um total de 30 caças neste mesmo período (não estão contabilizados treinadores AT-26 Xavante que operaram em unidades de caça). As perdas contabilizam os seguintes números:

– 14 Mirage III (B e E)
– 14 F-5 (B, E e F)
– 2 A-1

(*) Contrafação é a reprodução não autorizada de uma peça ou equipamento por parte da entidade que detém a sua propriedade intelectual.

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Observador

Senhores,

Gostaria de fazer uma sugestão.

Seria interessante mostrar a percentagem das perdas em relação ao total de aparelhos de cada força, já que a Força Aérea Indiana deve ter tido um número de aparelhos muitas vezes superior ao da FAB nos últimos quarenta anos.

E melhor ainda seria mostrar também o percentual em relação às aeronaves de caça, ataque, superioridade aérea, interceptação, etc., deixando de fora as de transporte, de asa rotativa, etc.

Senão, é como somarmos seis laranjas com seis bananas, não?

Clésio Luiz

Só de MiG-21 a Índia comprou uns 650. Como eles operaram outros tipos de MiG (25, 27 e 29), mas em quantidade muito menor, então as perdas do 21 foram muito altas, provavelmente metade da frota ou mais.

Giordani RS

Fazendo uma análise grotesca, o Mirage foi de longe o avião mais perigoso(?) de operar da FAB. Lendo alguns relatórios (disponíveis) a maior causa foi de erro humano, como os dois MIII que se chocaram após a decolagem…

Dois A-1? Aquele que caiu “nas mãos” da embraer não foi computado?

uitinaxavier

O chão da índia deve ter alguma anomalia magnética ou gravitacional pois caem mais aeronaves lá do que em qualquer parte do mundo, coisa incrível de se pensar.

Tirando um sarrinho pra descontrair esse numero da FAB deve se principalmente pelas as aeronaves voarem pouco, assim não tem risco de cair rsrsrsrsrs. 🙁

Mauricio R.

Interessante a decleração do embaixador russo, pois boa desses Mig-21, foi fabricada sob licença no país.

Marcos

queda de um por mês, na média

controle de qualidade: nenhum

depois o Brasil quer estabelecer uma parceria “istratégica” na área de defesa com os indianos

Marcos

14 Mirage
14 F-5

não fez diferença alguma ser mono ou bi-reator

Marcos

agora, o número de Xavantes perdidos pela FAB é enorme

G-LOC

Marcos, 14 Mirage significa quase metade da frota de 32 comprados (acho que cairam 16).
Já 14 F-5 significa 20% (de 68?).

Marcos

G-Loc

De fato! Tinha me detido somente aos númeors ali colocados.

Daglian

O índice de acidentes na força aérea indiana é realmente absurdo. Em se tratando da FAB, em relação aos acidentes com os vetores Mirage III e F-5, creio que atrelar a queda dos aviões simplesmente ao fato de serem mono ou bimotores é um erro. Proporcionalmente à frota, caíram mais Mirage III que F-5, porém quem garante que só por serem monomotores isso ocorreu? Por exemplo, e se (supondo) 13 dessas 14 quedas foram erros humanos? Onde quero chegar é que para concluir-se que o fato de serem mono ou bimotores realmente foi uma característica determinante nos acidentes, precisamos analisar… Read more »

G-LOC

Daglian, em tempo de paz os bimotores caem menos,mas em combate as estatísticas não tem diferença.

Me lembro de estatísticas de queda dos F-16 belgas ou holandeses. Cerca de 30% da frota caiu e a maioria por fatores externos com colisão com solo, passaro, outro caça, derrapou na pista etc. Uma minoria era falha da aeroanve como falha do motor.

Daglian

Exato G-LOC, por isso mesmo disse que devemos analisar estes fatores antes de dizermos que os monomotores caem menos ou mais.

Interessante este dado sobre os F-16 belgas ou holandeses, uma alta taxa de atrito.

Mauricio R.

Teve mta pane causada pela P&W F-100, a turbina era avessa a mta movimentação da manete, tanto no F-16 como no F-15.

Ivan

Há um artigo interessante que defende o serviço prestado pelo MiG-21 na Ìndia escrito pelo Wg Cdr (acredito que reformado) K S Suresh com o título: “MiG-21: Much Maligned!” http://www.bharat-rakshak.com/IAF/Aircraft/Current/602-MiG-Suresh.html Apresenta argumentos interessantes, inclusive um que me chamou atenção é a diversidade de cenários adversos em que as forças armadas hindus operam; desde selva quente e úmida a altas montanhas geladas. Quanto às perdas totais de MiG-21, salvo engano ficam em torno de 44% a 48% das aeronaves adquiridas pela IAF, sendo que a versão FL foi introduzida entre 1966 e 1970, a M entre 1973 e 1970 e a… Read more »