Consórcio francês apresenta no RS projeto para venda de caças à União

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Fabricantes do caça Rafale podem vender 36 aviões para o Brasil. Para diretor, programa F-X2 é oportunidade de ampliar negócios com o RS

 

O consórcio francês Rafale Internacional, que atua no ramo da aviação, se reuniu na manhã desta quarta-feira (25) com 64 empresários gaúchos em um seminário na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O objetivo dos europeus foi apresentar um projeto de parceria com o governo federal para a venda de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Participaram do evento o coordenador do Comitê de Defesa e Segurança da Fiergs, Jorge Py Velloso, e o diretor de infraestrutura da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Marco Aurélio Franceschi. No ano passado, o consórcio já havia realizado seminários semelhantes em cinco cidades brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, São José dos Campos (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Rio de Janeiro.

O diretor do Rafale para o Brasil, Jean-Marc Merialdo, afirmou que o programa é uma excelente oportunidade para uma aliança estratégica de longo prazo e cooperação industrial entre os dois países, e destacou que o consórcio entrou na disputa “para vencer”. “Nossas vantagens em relação aos concorrentes são muitas, começando pela nossa tecnologia que é 100% francesa, e o governo francês já deu a liberação da transferência da tecnologia para o Brasil”, disse o executivo.

O Consórcio Rafale Internacional já possui convênios com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outras duas empresas do estado. Para Merialdo, o Rio Grande do Sul é um estado importante na estratégia de ampliar os convênios. “Os gaúchos têm a marca da seriedade e são trabalhadores”, disse.

Segundo os fabricantes, o Rafale é um caça bimotor, capaz de cumprir todos os tipos de missões sem necessidade de voltar à base, e que pode ser usado em missões de longa distância, em áreas inóspitas como a Amazônia ou o pré-sal. O consórcio ressalta que as principais forças aéreas do mundo estão equipadas com caças bimotores para os esquadrões de primeira linha de defesa.

FONTE: G1

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ernaniborges

A tecnologia dos submarinos que seria 100% francesa e estamos pagando caro por ela, já ouvi dizer que não é bem assim… As baterias seriam americanas, que negaram o repasse de tecnologia.

Ouvi também que no caso dos caças a tecnologia também não seria 100% francesa, possuindo algo dos americanos…

Optimus

Ernani, o Blog aqui já colocou aqui a lista de equipamentos americanos presentes no Rafale, só procurar…
Mas só pra analisar: o cérebro do Rafale está num chip da americana Intel… nem os franceses tem acesso a essa tecnologia, como eles vão nos passar algo que não tem? Só por aí já cai a ToT “Irrestrita”…

Gutex

Mais alguem aqui realmente acredita em ToT irrestrita?

Vader

“começando pela nossa tecnologia que é 100% francesa”

Mentira.

asbueno

Tant americanos quanto franceses ou suecos não realizarão trnasderência de tecnologia de forma irrestrita. Simplesmente não há como.

Os franceses poderiam, até, transferir sobre aquilo que é de domínio de suas empresas. Mas não o farão.

Sempre escrevo isto e vou repetir: alguém crê que um contrato, preto no branco, assinado pelas autoridades de ambos os países garantiria qualquer ToT?

EUA e França, se venderem, transferirão a tecnologia “necessária”. A Suécia acena com codesenvolvimento.

Os EUA tem sua política, os dois outros, se necessário, se dobrarão a ela.

asbueno

Vader disse:
27 de abril de 2012 às 7:58

“começando pela nossa tecnologia que é 100% francesa”

Mentira.

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Vader, devo discordar de vc: o discurso é “transferir” tudo o que é francês, então de tudo o que for francês será “transferido” 100%. Apenas omitiram que há peças e/ou equipamentos e/ou sistemas de outros países na aeronave.

DrCockroach

Prezados(as), Quantas dezenas de bilhoes de euros foram gastos/investidos no desenvolvimento do Rafale, inclusive por parceiros? Este conhecimento nao serah transferido com a venda de 36 rafales. Novamente: nao sei o que a FAB solicitou de ToT, e tampouco o que foi oferecido pelos concorrentes, mas aqui vai meu palpite. A FAB deve ter solicitado como ToT mandatoria MRO (maintenance, repair, and overhaul) e integracao de sistemas/armamentos; ou seja, minimo. Nao deve haver na RFP solicitacoes de como se produz uma turbina, um chip, etc. Isto vale outras dezenas (talvez centenas) de bilhoes. Agora como parte dos offsets (160% Rafale;… Read more »

asbueno

Em tempo:

Vader, meu comentário foi irônico!

Justin Case

DrCockroach disse: 27 de abril de 2012 às 12:12 DrCockroach, alguns comentários sobre o que você chamou de “palpites”. Quanto ao “valor” de uma tecnologia, pode-se considerar: 1. O quanto foi investido para adquiri-la. 2. Qual o resultado operacional que eu vou ter, se resolver aplicá-la. Quanto aos resultados: 1. Posso ter aplicado muito e chegado a ZERO resultado útil. 2. Posso ter aplicado quase nada e, por uma ideia brilhante, chegado a uma solução que revolucionou o mundo (de minha propriedade). 3. O investimento já pode ter sido totalmente pago e recuperado. Quanto aos percentuais: Existem multiplicadores, decididos pelo… Read more »

DrCockroach

Prezado Justin, Quando escrevi que o percentual da ToT recebia um multiplicador, na verdade queria dizer que o valor da ToT recebia um multiplicador dada a composicao dos offets (digamos que ToT correspondem a 20% do total de offsets); normalmente ToT eh agrupado como parte dos offsets, mas nao sei se a FAB/gov. fizeram diferente. Sei onde vc quer chegar com o item 3 (nao haveria problemas p/ o consorcio Dassault ToT porque jah teria sido pago); acho isso pouquissimo provavel: seria semelhante a um sujeito caminhando em direcao a um parque que no caminho pede a um motorista de… Read more »

DrCockroach

Apenas p/ exemplificar aos colegas: countertrade sao operacoes tipicas p/ gerar dolares p/ auxiliar na importacao de equip. militares. Inicialmente isto era muito comum e prioritario em termos de offsets. Por exemplo, para uma compra de 1 bilhao solicita-se que o vendedor achasse algum produto que podesse ser exportado p/ gerar dolares que, eventualmente, ajudariam a cobrir a importacao de equip. militares. O problema eh que na maioria das vezes este tipo de offset eh apenas um deslocamento de uma venda que seria realizada de qualquer maneira. O vendedor de equip. militar procura um comprador de, digamos, “laranjas” em seu… Read more »