A MBDA, líder europeia e player global em mísseis e sistemas de mísseis, vai apresentar seu extenso portfólio de produtos durante a 17ª Feria Internacional del Aire y del Espacio, que será realizada entre os dias 27 de Março e 1º de abril em Santiago, Chile.

A participação da empresa na exposição, reforça a importância da América Latina no setor de defesa. “O continente está adquirindo um papel crescente no cenário internacional. Nos últimos anos, vários países da região se envolveram em operações internacionais de manutenção da paz e em atividades que demonstram sua crescente determinação em ter um envolvimento ativo no cenário internacional. Esse objetivo se reflete no desejo da região reforçar os meios necessários para intervir onde e quando necessário. Nesse sentido, acontece o reconhecimento de que é preciso reforçar sua área de defesa, trabalhando com parceiros confiáveis e líderes de tecnologia, como a MBDA”, diz Patrick de La Revelière, Vice-Presidente de Vendas para a América Latina da MBDA.

“Nesta região altamente importante, nossa estratégia baseia-se no desenvolvimento de parcerias de longo prazo. Nossa política é ser mais do que um mero fornecedor; somos parceiros de desenvolvimento”, confirma Revelière. “Por exemplo, a MBDA é uma das poucas empresas no mundo que promove a transferência de tecnologia. Já estabelecemos parcerias de cooperação técnica com diversos países latino-americanos através de empresas locais. Além disso, como um player global, a MBDA é capaz de atender a praticamente todas as necessidades e exigências das Forças Armadas (Aeronáutica, Marinha e Exército)”.

Desde a sua formação, há dez anos, a MBDA se concentrou na “excelência operacional e cooperação industrial como os melhores meios para proporcionar os últimos avanços em tecnologia militar às forças armadas ao redor do mundo”, como afirma Antoine Bouvier, presidente da MBDA. “Em 2011, a MBDA recebeu um feedback muito positivo das campanhas militares no Afeganistão, Líbia e Costa do Marfim sobre os equipamentos e o apoio para as forças armadas. Sucessos como estes confirmam a confiança que nossos clientes depositam em nós”.

Sistemas Avançados estarão no foco durante a FIDAE

Um dos sistemas que serão apresentados durante a exposição é o Mistral Albi, que pode ser visto aqui.

Outro sistema desenvolvido pela MBDA que será apresentado na FIDAE é o Brimstone Modo Duplo (DMB, na sigla em inglês), que foi recentemente usado pela Força Aérea Real (RAF), do Reino Unido, durante as campanhas da OTAN na Líbia, bem como no Afeganistão. O sistema é um míssil ar-terra de precisão que pode ser lançado a partir de plataformas fixas e rotativas aladas. O DMB é indicado para uma gama de alvos estáticos e de movimento rápido e, dependendo dos requisitos, pode ser implantado como um fire-and-forget ou um man-in-the-loop.

O radar de onda milimétrica da DMB (mm/W) assegura busca de alvos e identificação de operações em baixa visibilidade e em todas as condições meteorológicas. O Brimstone pode ser acionado em uma série de perfis de ataque: direto ou indireto contra alvos individuais, coluna de alvos ou leque de alvos. Este último utiliza uma capacidade de ataque de rajada para múltiplos resultados por disparo. Uma vez iniciada, a plataforma fica livre para se afastar da área alvo ou se dirigir a outro conjunto de alvos. O sistema também possui um laser semi-ativo (SAL), desenvolvido a partir de solicitação da RAF para uma arma precisa de baixos danos colaterais com capacidade adicional man-in-the-loop e para uso em regras restritivas de combate (ROE, na sigla em inglês).

Informações gerais

Com instalações industriais em quatro países europeus e nos EUA, em 2011 MBDA alcançou um faturamento de € 3 bilhões, com uma carteira de pedidos, em encomendas e contratos futuros, no valor de € 10,5 bilhões. Com mais de 90 clientes das forças armadas do mundo, a MBDA é líder mundial em mísseis e sistemas de mísseis.

MBDA é o único grupo capaz de projetar e produzir mísseis e sistemas de mísseis que atendem toda a gama das atuais e futuras necessidades operacionais das três forças armadas (terra, mar e ar). No total, o grupo oferece uma gama de 45 sistemas de mísseis e produtos de medidas defensivas em operação, além de 15 outros atualmente em desenvolvimento.

MBDA é organizada em conjunto com a BAE Systems (37,5%), EADS (37,5%) e Finmeccanica (25%).

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Vader

Esse sim é um excelente armamento da MBDA-UK. A recentíssima campanha da Líbia demonstrou com precisão o poderio dessa arma nas mãos da dupla dinâmica dos combates, a saber: Tornado e Typhoon.

E o importante: a um preço justo.

Bastante ao contrário das armas feitas pela “filial” francesa da mesma empresa…

Clésio Luiz

E qual seria o armamento francês que é comparável ao Brinstone que tem o preço caro?

Nick

Caro Clesio,

Que eu saiba os franceses não tem nada comparável. Mas o AASM Hammer, tem capacidades semelhantes, mas deve ser bem mais caro.

O professor Bosco poderia esclarecer 🙂

[]’s

Marcelo

Vader disse:
28 de março de 2012 às 6:43

caro mestre Sith (é assim que escreve?, vc sabe, eu gosto mais de Star Trek do que de Star Wars…sorry), se me permite uma correção, na Libia, só quem operou os Brimstones foram os Tornadões, pois o ainda incompleto e atrasado Typhoon não os têm integrados. Parece que a única arma ar-solo integrada ao Typhoon, além é óbvio, do canhão, são as bombas Paveway.

Marcelo

Oi Clesio, o Armée de l´Air está estudando a integração dos Brimstones no Rafale (se decidirem por isso, talvez fique integrado antes do Typhoon…), entre outras opções de baixo custo com pouco dano colateral. Os franceses também estão estudando a possibilidade de usar os novos foguetes de 70mm guiados a laser (da BAe dos EUA), como os que os US Marines estão integrando aos UH-1Z e UH-1Y, que aliás usam miras de capacetes francesas. O estudo ainda não está finalizado, ams essa deficiência nas opções de armamentos ar-solo do Rafale foi detectada no confronto com a Libia e eles estão… Read more »

Clésio Luiz

@NICK

O AASM não é um míssil de baixo custo. É um kit de bomba “inteligente” com com alcance extendido por foguete. Um não tem nada a ver com o outro. E mesmo que fôssemos comparar os dois (o que é errado), o Brinstone sairia mal dessa comparação. Só para ficar no alcance, ele tem apenas 12km, contra 55km do AASM, ou seja, 4 vezes mais.

Até onde eu me lembro, o Brinstone está sozinho na categoria dele. Acima de foguetes guiados por laser e abaixo de mísseis como o Maverick.

Nick

Caro Clésio,

Mesmo o Brimstone e o AASM serem armas de categorias diferentes (bomba guiada x missil) foram usados de forma semelhante na Libia.

Ou seja valeu usar o que tinham no inventário para atacar os alvos fáceis Líbios (e claro, contar isso no marketing de cada um) 🙂

[]’s

Mauricio R.

O que o cenário assimétrico da Líbia mostrou, foi a melhor adequação da “Brimstone” a necessidade de baixo efeito colateral.
A “AASM/Hammer” se revelou, uma tremenda de uma patada de elefante p/ matar mosca,
A AW&ST estimou um diâmetro de 220 jardas do pto de impacto, como a área afetada pelo seu emprego.
Como comparação, o penaltí é batido de 12 jardas de distância.
Tiveram que montar o kit de guiagem, em bombas de treinamento de concreto, p/ diminuir o dano causado.

Ivan

Vcs já observaram uma ‘Golf Bag’, aquela bolsa que o jogador de golfe usa para levar um monte de tacos diferentes para diferentes tipos de jogadas? Pois é! O inventário disponível para uma aeronave de combate (avião ou helicóptero) deveria seguir o conceito de uma ‘Golf Bag’. Todas as armas que os amigos relacionaram são boas, mas cada uma está mais adaptada para um tipo de alvo e/ou missão diferente. A solução obviamente é ter todas no inventário, mas poucos países, além dos EUA, China e talvez Rússia podem fabricar todos os tipos. Mesmos os grandes europeus como Alemanha, França… Read more »

Ivan

Maurício,

Algumas dúvidas técnicas:

Qual a AASM usada? 1.000 libras ou 500 libras?

São 220 jardas de diâmetro ou 220 jardas de raio?

No mais, pelo que tenho lido, existe a intenção de dispor de uma AASM de 250 libras, que seria quase uma SDB gaulesa.

Mesmo assim, penso que para cada missão um arma diferente.

Grato,
Ivan.

Mauricio R.

“Qual a AASM usada? 1.000 libras ou 500 libras?”

E tinha AASM de 1.000 libras, disponível p/ a operação na Líbia???
Não lembro se a matéria da AW&ST citava isso.

“São 220 jardas de diâmetro ou 220 jardas de raio?”

Diâmetro.

“Mesmo assim, penso que para cada missão um arma diferente.”

Na resolução da ONU, havia uma RoE implícita, não era o “vale tdo” do Iraque.
Assim o que é mais adequado, uma munição que desmantela um CC/MIVC, somente explodindo-lhe a torre???
Ou uma outra munição que além, do CC/MICV, destroe a rua, prédios, próximos aonde este se encontra???

Mauricio R.

Ivan,

Achei a notícia:

(http://www.aviationweek.com/aw/blogs/defense/index.jsp?plckController=Blog&plckBlogPage=BlogViewPost&newspaperUserId=27ec4a53-dcc8-42d0-bd3a-01329aef79a7&plckPostId=Blog%3a27ec4a53-dcc8-42d0-bd3a-01329aef79a7Post%3ad9b2a7a3-586e-4282-8e5c-bd9df00a5c15&plckScript=blogScript&plckElementId=blogDest)

“The Brimstone is much smaller than the AASM, the former weighing 48.5 kg, the latter 250kg, and thus much more appropriate for hitting targets such as vehicles without causing injuries to people or buildings near by.”

“The AASM, on the other hand, causes damage in a 200-meter diameter (more or less) circle from the point of impact and is thus not recommended for use in towns.”

Marcelo

Srs, o Brimstone é muito bom. Os franceses estão fazendo um estudo sobre qual arma de baixo custo/baixo efeito colateral integrar ao Rafale. Como o Ivan bem colocou, nenhum país da europa ocidental tem mais $$$$ sobrando para desenvolver tudo sozinho. O Armée de l´Air sabe disso e vai escolher uma ou duas opções off-the-shelf para integração ao Rafale.
Abraços!

Marcelo

Ah, esqueci de mencionar que há uma versão da AASM/Hammer guiada por emissões de radar e que pode receber o kit foguete, para fechar a lacuna do Armée de l´Air não possuir um míssil anti-radiação desde a retirada de serviço do AS30 anti-radar.

joseboscojr

Em termos de capacidade o Brimstone é até superior ao Maverick. Um Maverick D ou G, guiado por IIR, além do K, guiado por CCD, só o faz no modo LOBL, o que limita o alcance do mesmo para o alcance em que o sistema de imagem consegue detectar e travar em um determinado alvo. O Brimstone, como opera no modo LOAL, consegue aproveitar todo o seu potencial cinemático já que é lançado às cegas seguida uma trajetória predita pelo sistema inercial e só ativa seu radar nas proximidades do alvo usando os algoritmos do processador para travar nele. O… Read more »