Segundo a Dassault, até o meio do ano o míssil antinavio deverá ser delcarado totalmente operacional no Rafale – além da Marinha, os caças da Força Aérea Francesa também estarão capacitados a empregar a arma

Material recente de divulgação, no site da Dassault Aviation, traz a informação de que já foi completada a integração do míssil antinavio AM39 Exocet no Rafale e que, agora, a unidade modular de processamento de dados do caça pode lidar com todos os modos de disparo da arma. O cronograma de avaliação operacional final contempla testes com o Rafale e o míssil neste início de 2012, a partir do porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle. O objetivo é declarar o Exocet totalmente operacional nos Rafales navais franceses em meados deste ano.

Os pilotos navais franceses das Flotilhas 11F e 12F já iniciaram treinamento com o míssil, e novas táticas avançadas estão sendo desenvolvidas para tomar vantagem do datalink L16 do Rafale, segundo a Dassault. Isso significa que perfis de ataque podem ser realizados sem qualquer emissão de radar por parte do caça, já que os dados do alvo podem ser enviados por outros meios, como aeronaves de patrulha marítima Atlantique 2 ou aviões de alerta aéreo antecipado E-2C Hawkeye, por exemplo.

A Dassault também destaca que, embora a função antinavio seja liderada pela Marinha Francesa (Marine Nationale), as versões monopostas e bipostas do Rafale da Força Aérea Francesa (Armée de l’air) serão totalmente capazes de disparar o Exocet.

FONTE / FOTO: Dassault

NOTA DO EDITOR:a operacionalidade do Exocet no Rafale francês vem com pelo menos um ano de atraso em relação às expectativas do Comitê de Orientação da Aviação de Caça (comité d’orientation de l’aviation de chasse – Comorac), que é formado por integrantes da Força Aérea Francesa e da Marinha daquele país (veja primeiro link da lista abaixo). Em compensação, os avanços divulgados pela Dassault, como o emprego de datalink e a compatibilidade também com caças da Força Aérea, são dados bastante positivos em relação à integração da arma no caça.

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Marcelo

E o inventário de armamento ar superfície do Rafale cada vez aumenta mais…

Mauricio R.

Os UAE, enquanto tiveram interesse em Le Jaca e não agora que o “interesse” é ditado pela mídia francesa, escolheram um míssil da Boeing.
Os indianos planejam um tipo de “Brahmos míni”, o original pesa 3.000 kg, p/ os Mig-29K e p/ Le Jaca; pelo menos enqanto esta continuar como L1 do MMRCA.

joseboscojr

Se o navio a ser atacado conta com a proteção de um porta-aviões (dotado de AEW e caças) essa tática dificilmente irá funcionar, se não conta, ela é desnecessária. Em tese um porta aviões dotado de cobertura AEW e de caças em patrulha nega acesso a um avião de patrulha ou a um AEW inimigo a ponto dele chegar ao alcance de detecção radar do grupo tarefa. A única maneira de romper essa cobertura é através do enfrentamento puro e simples, onde já não cabe esse tipo de tática furtiva (vide Backfire/AS4) já que está havendo um combate em andamento… Read more »

joseboscojr

É por isso que o sucesso do uso de mísseis ASBM por parte dos chineses depende de capacidade dos satélites em detectar, acompanhar e designar os alvos, no caso, os porta-aviões, que estão protegidos de serem bisbilhotados por meios convencionais (aéreos) devido à cobertura aérea.
Sem os satélites fica difícil, se não, impossível, designar e atualizar alvos para os DF-21D com mais de 2000 km de alcance.
Por outro lado, esses satélites obrigatoriamente (???) são de órbita baixa e estão ao alcance de sistemas antimísseis correntes, tais como o SM-3.

Fim do “off-topic”. rsrsrsrs

joseboscojr

Outra maneira de bisbilhotar os porta-aviões e passar seus dados geográficos para os ASBM é com o uso de aeronaves furtivas, de preferência, não tripuladas, tais como os chineses estão desenvolvendo, semelhantes aos Global Hawk.

Almeida

Somente agora? E olha que o Exocet é um CLÁSSICO francês!