FAB assina contrato de suporte logístico para motores do EC725

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O Contrato de Suporte Logístico (CLS) assinado nesta quinta-feira (23/9) entre a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), representando as três Forças Armadas e a Turbomeca do Brasil permitirá à empresa sediada em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ), mas com matriz na França, a realizar a manutenção dos motores MAKILA 2A1 que equipam os novos helicópteros recém-adquiridos conjuntamente pelas Forças.

No contrato, de aproximadamente 159 milhões de reais, a empresa Turbomeca deverá realizar a manutenção dos motores das aeronaves que estão em fase de recebimento, sendo que três delas já então voando nas respectivas Forças, por um período de cinco anos, além de prever a aquisição de peças e o treinamento de mecânicos. Outro dado importante do contrato é a transferência de tecnologia e a qualificação de mão de obra no país.

“O custo e o tempo com a manutenção dos motores deverão ser muito menores com este contrato. O mais importante é que o Brasil se torna autossuficiente e pode garantir o uso dos helicópteros sempre que precisar deles”, explicou o presidente da COPAC, Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.

As Forças Armadas operam os motores Turbomeca há 30 anos no país, mas nunca tinham assinado um contrato de suporte logístico conjuntas, sendo o fato ora ocorrido um marco na história do Brasil. Com esta união, elas vão dividir os recursos e a manutenção dos helicópteros. Para a Turbomeca, o negócio também é vantajoso, já que, de acordo com o diretor da empresa, François Haas, dos 1400 motores em operação na América Latina, cerca de 700 estão no Brasil, sendo que aproximadamente 300 são das Forças Armadas.

“Nós vamos gerar empregos altamente qualificados e o Brasil será o centro de manutenção de toda a América Latina. Recebemos motores, em nossa fábrica em Xerém, de diversos países como México, Venezuela e até Estados Unidos. Escolhemos o Brasil porque encontramos mecânicos preparados e uma indústria aeronáutica muito forte”, explicou o François Haas.

A revisão geral dos motores, conhecida como over hall, era a única etapa da manutenção que ainda não estava sendo realizada no Brasil. As peças tinham de ser enviadas para a França e as aeronaves ficavam indisponíveis por um longo período. Agora, esse nível de manutenção será realizado no país, atendendo toda a frota dos helicópteros EC-725 das nove bases operacionais da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, sem necessidade de os motores serem enviados para fora do país.

Sobre o Projeto HX-BR

O Projeto HX-BR tem como objetivo a aquisição de 50 aeronaves por meio de parceria entre a empresa francesa Eurocopter e a brasileira Helibras, cuja montagem completa, a partir da 17ª aeronave, será na sede da empresa brasileira, localizada no Município de Itajubá, no Estado de Minas Gerais, gerando empregos diretos e indiretos em sua produção.

O contrato de aquisição está sob a responsabilidade do Comando da Aeronáutica, por intermédio da COPAC, mas com participação de Oficiais e Praças das demais Forças Armadas. Para isso, além da gerência do projeto, localizada em Brasília, existem também dois Grupos de Acompanhamento e Controle, sempre com a participação conjunta de militares. A última aeronave a ser entregue deverá ter um índice de 50% de nacionalização. Na distribuição, 16 helicópteros serão destinados à FAB, 16 ao Exército Brasileiro, 16 à Marinha do Brasil e dois deles irão para a Presidência da República.

FONTE/FOTO: Agência Força Aérea

NOTA DO EDITOR:
em um dos posts do Poder Aéreo, informamos que no período de 2005 a 2010 o governo renovou quase totalmente a frota do GTE, unidade que transporta as altas autoridades do país. Na verdade está faltando substituir apenas um tipo de aeronave daquela unidade. É o VH-34 Super Puma. No entanto, estes serão substituídos pelos novos Super Cougar, colocando nossa aviação VIP em um patamar tão elevado quanto os países mais desenvolvidos do mundo. Já a aviação de caça ….

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Clésio Luiz

E falando em GTE, ele sera um dos clientes lançadores do Galaxy 500 da Embraer. Quem pode pode…

Mauricio R.

Legacy 500.