Valor total do orçamento militar no próximo ano fiscal será superior a 42 bilhões de dólares, com 17,5 bilhões para compras de material de defesa – rubrica que teve um aumento de 15,7% em relação ao ano fiscal anterior e que deverá atender a novas aquisições, como o Rafale

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Segundo a agência IANS (Indo-Asian News Service), o orçamento de defesa da Índia receberá um aumento de 17% para que o país avance ainda mais na sua rápida modernização militar. A informação foi dada nesta sexta-feira, 16 de março, pelo ministro das Finanças, Pranab Mukherjee, que apresentou o orçamento geral para o próximo ano fiscal.

O aumento de 17% nos gastos militares farão o orçamento de defesa chegar a Rs.1,93,407 crore (mais de 42 bilhões de dólares), e  Mukherjee disse que essa alocação foi baseada nas necessidades atuais projetadas pelo ministério da Defesa e que as necessidades futuras de segurança nacional seriam atendidas.

Em termos reais, os 17% de aumento no gasto total de defesa para 2012-2013 representam Rs.28,992 crore (6,5 bilhões de dólares) acrescentados aos Rs.1,64,415 crore (36 bilhões de dólares) do exercício anterior (2011-12).

Mukherjee  também anunciou um aumento nos “gastos capitais’ (investimentos) das forças armadas para Rs.79,579 crore (17,5 bilhões de dólares), um acréscimo de 15,7 % em relação a esses gastos do exercício anterior, que foram de  Rs.69,199 crore (15 bilhões de dólares). Essa rubrica refere-se a novas compras de armas e sistemas, além de compromissos já assumidos com pagamentos de contratos assinados em anos anteriores.

Entre as aquisições de material de defesa, a nota da IANS destaca o contrato de 126 caças Rafale, estimado em 20 bilhões de dólares. Também faz referência a um contrato de 600 milhões de dólares para 75 treinadores básicos Pilatus PC-7.

Entre os contratos assinados em 2011, estão 10 aviões de transporte C-17 e a modernização de 51 jatos de combate Mirage 2000. Para a Marinha, há 49 navios militares encomendados, 40 deles em estaleiros indianos. Para o Exército, há várias compras relacionadas a peças de artilharia, destacando-se a proposta de compra de 145 obuseiros ultraleves (ultralight howitzers) dos Estados Unidos, num acordo governo a governo que está em andamento.

FONTE: IANS (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: Força Aérea Francesa (Armée de l’air) e Força Aérea dos EUA (USAF)

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Ricardo Cascaldi

Mother of God!

Enquanto isso… o país da paz dorme. Qual é orçamento das nossas FA’s esse ano? Se for pelo menos 1/3 eu calo a boca.

Almeida

Pra operar o Rafale, só aumentando o orçamento mesmo!

Almeida

Interessante como a pasta da Defesa é o único ministério que paga seus próprios benefícios, não estando sob a benece da Previdência Social ou da Saúde. Aqui no Brasil adoram dizer que já gastamos muito com a Defesa, mas na verdade é como se o orçamento fosse apenas 50% do anunciado comparado aos demais ministérios, por conta da folha de pessoal inativo e plano de saúde.

Almeida

Ou seja, o orçamento nominal de Defesa do Brasil é de 1,6% do PIB mas na verdade nem chega aos 0,8%!

Corsario137

Carísssimos, A verdade é que precisaríamos passar por uma reforma orçamentária no que diz respeito as forças armadas. Medidas que defendo: 1. Fim da aposentadoria integral bancada pelo governo para novos servidores e instituição de previdência mista, em parte paga pelo governo e em parte por previdência complementar. Isso diminui os gastos da folha ao longo dos anos. 2. Fim do serviço militar obrigatório. Criação de concurso de admissão de recrutas, que por sua vez teriam remuneração mínima de um salário mínimo federal (bem superior ao que é hoje). Contrato mínimo de 2 anos. 3. Lei que obrigue o orçamento… Read more »

Marcos

Os gastos com folha não vão só para os milicos, vão para as filhas dos milicos.

Corsario137

Caro Marcos, Pelo o que eu acho que sei sobre previdencia dos militares, as filhas e filhos só recebem até os 21 anos ou, se estiverem cursando nível superior, até os 24. Isso serve para qualquer servidor federal. Aquela coisa antiga de que a filha recebia eternamente se não casasse já não vale mais há algum tempo. Existem atrocidades piores como o tio de um primo meu que recebia uma pensão da marinha por conta da segunda guerra mundial sendo que ele nunca foi a Itália, sequer saiu do Brasil. Trabalho 3 anos na marinha e se aposentou como “praça”,… Read more »

Ricardo Cascaldi

Obrigado pela explicação Nunão! Eu tava sabendo sim que era problema de gestão e aqueles velhos detalhes de sempre de contingenciamento, mas agora aprendi algumas coisas novas!

😀

O meu post foi uma crise existencial vendo que todo mundo ganha presente e eu não! hehe!

Abraço!

aldoghisolfi

O problema é de dindim E gestão, no meu entender. E ambos estão atrelados à cultura da ideologia governante, SMJ, que me diz que, enquanto a ideologia governante não for cambiada, a cultura, que nos atrasa e pulveriza as FFAA não vai mudar. Lastimavelmente.