Em nota, a empresa destaca as economias orçamentárias que os contratos proporcionaram, assim como a participação do Growler, versão especializada em guerra eletrônica, no conflito da Líbia

 

A Boeing informou em nota desta quinta-feira, 15 de março, que já iniciou as entregas das aeronaves do contrato multianual (MYP III) assinado com a Marinha dos EUA (USN). O contrato prevê a entrega de 148 jatos F/A-18E/Fs e EA-18G. O primeiro avião entregue (aeronave G-57) foi um  EA-18G Growler de guerra eletrônica, recebido pela USN em 26 de janeiro e que chegou à Estação Aeronaval Whidbey Island no dia 30 daquele mês. Segundo a Boeing, esse primeiro avião foi entregue antes do prazo.

O contrato MYP III foi concedido à Boeing em 28 de setembro de 2010, compreendendo a entrega de 66 F/A-18E/F e 58 EA-18G, a serem comprados ao longo de 2013. Depois, a USN expandiu o contrato com a adição de 24 F/A-18E/F, e ainda pode exercer a opção de adquirir até 194 F/A-18E/F e EA-18G sob os termos do contrato MYP III.

Segundo o vice-presidente da Boeing para os programas F/A-18 e EA-18, Mike Gibbons, “hoje os novos Super Hornets proporcionam capacidades de domínio aéreo e ataque de precisão sem igual para a frota de porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o EA-18G continua a expandir sua dominância como o mais importante avião de ataque eletrônico do mundo, como foi demonstrado pelo seu recente sucesso no apoio às operações na Líbia.”

No contrato MYP I, a Boeing entregou 210 Super Hornets à USN, nos anos fiscais de 2000 a 2004. O MYP II incluiu 213 F/A-18E/F e EA-18G, nos anos fiscais de 2005 a 2009. No ano fiscal de 2009, 44 outras aeronaves foram acrescentadas ao MYP II, incluindo 24  F/A-18F adquiridos pela Real Força Aérea Australiana sob um acordo de vendas militares ao exterior (FMS –  Foreign Military Sales) com a USN. A aquisição das aeronaves ao longo dos dois primeiros contratos geraram 1,7 bilhão de dólares em economias para a Marinha dos EUA, segundo a Boeing. É estimado que o contrato MYP III vai gerar mais 605 milhões de dólares em economia, para um total de 2,3 bilhões nos três contratos referentes aos F/A-18E/F e EA-18G.

A Boeing afirma já ter entregue mais de 480 F/A-18E/F para a USN, uma frota que já acumulou mais de 166.000 horas de voo de combate em apoio a operações no Iraque e no Afeganistão. Já sobre o EA-18G Growler, a empresa diz que se trata da única plataforma aérea de combate que provê todo o espectro da capacidade de ataque eletrônico aeroembarcado juntamente com capacidades de seleção de alvos e de autodefesa derivadas do F/A-18E/F Block II Super Hornet. Sendo um produto derivado do biposto  F/A-18F Block II, o projeto de grande flexibilidade do EA-18G’s permite que os operadores o utilizem tanto a partir de navios-aeródromo quanto de bases terrestres.

Ainda segundo a Boeing, o EA-18G foi uma plataforma crítica empregada durante as operações da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Líbia, em apoio à Operação ” Odyssey Dawn” de 2011.  O  EA-18G acumulou mais de 7.000 horas de voo de combate em apoio às operações na Líbia.

FONTE: Boeing

FOTOS: USN (Marinha dos EUA); CORTE SECCIONAL: Flight International

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Giordani RS

O Growler merece um livro só para ele, assim como o F/A-18 Hornet, de preferência que fosse continuação do Aviões de Combate…eram legais aqueles “livrões”…

Marcos

Equipamento comprovado em combate não serve para o Brasil. Tem de ser algo “novo”, que ninguém antes tenha usado, mais ou menos como os chilenos fizeram ao adquirir os submarinos deles e que agora se arrependem.

Mas o importante, acima de tecnologia, comércio, participação, desenvolvimento, economicidade, etc e tal é a tal da “isstratégia”, e que, por algum miligre, poderá nos jogar para o século XXIII.

Marcos

Esse negócio de século XXIII, Brasil e Buck Rogers, tudo a ver.
Enquanto aquele entrou em estado de congelamento até chegar ao século XXIII, o Brasil, com certeza, poderá também chegar ao século XXIII na mesma situação em que está agora, ou seja, nada.

Alexandre Galante
Paulo José

Este “velho” seria muito bom para o Brasil!Teriamos um vetor de capacidade inquestionável!

Abc

Marcelo

Alexandre Galante disse:
15 de março de 2012 às 14:14

lembro!
assim como eu lembro desse 8) :
http://www.flightglobal.com/blogs/the-dewline/2010/06/photo-rafale-defeats-f-22.html

Abraços!

Ivan

Teve também aquela do F-4 Phantom alemão ‘Rafale Eater’:

http://www.aereo.jor.br/2010/11/25/f-4-teria-vencido-o-rafale-no-frisian-flag/

Abç, 😉

Marcelo

é verdade Ivan! 🙂
esses exercícios não valem nada! O que vale é a vida real, mas aí o F-22 só fica “escondidinho”. Na minha opinião, uma pena…adoraria vê-lo em ação! Como gostei de ver o Rafale e o Typhoon na Líbia! Lá onde o Gripenito foi de turista, fazer umas fotinhos!!! 🙂

Ivan

Pois é…
…e fizeram bem feito a missão que lhes cabia:
http://www.aereo.jor.br/2011/08/06/libia-gripen-foi-reconhecido-como-o-melhor-no-reconhecimento/

37% dos relatórios de reconhecimento é uma boa marca.

Mas na verdade o melhor caça-bombardeiro da OTAN sobre a Líbia foi o…
… F-16 A MLU Fighter Falcon.

Marcelo

van disse:
15 de março de 2012 às 18:11

pode ser! Mas o Rafalão não fez feio não! O Typhoon, precisou do vovô “sarado” Tornadão para dar par umas dicas para o menino! “menino, aprende com o vovô, que é experiente… o alvo tá ali ó! passa fogo!!! 🙂
Abraços!

Carcará 01

Contrato cumprido antes do tempo…

…dentro do orçamento…

…o da Australia tb…

…provado em combate…

É, esse Rafail tá com tudo mesmo!! Jatão!!

Vader

Marcelo disse:
15 de março de 2012 às 18:25

Não foi o que os indianos disseram ainda outro dia: o Rafale falhou em combate..

joseboscojr

Na Líbia uma AASM lançada por um Rafale teria atingido um MBT a 55 km. É um feito inigualável até então em uma operação real de combate. Nunca antes uma alvo terrestre móvel, isolado, teria sido atingido de distância tão grande. Não se sabe se foi a própria aeronave que detectou o alvo, o que é muito pouco provável porque estaria no limite do alcance do radar no modo GMTI/SAR para um alvo com as dimensões de um “tanque” e fora do alcance de detecção de um pod eletroóptico de ataque. O mais provável é que o alvo tenha sido… Read more »

Groo

Qual a distância máxima em que um laser em um pod pode iluminar um alvo?

joseboscojr

Groo, Eu acho que além do alcance do laser há de se levar em consideração o alcance que um sistema eletroóptico consegue detectar e identificar determinado alvos potenciais, tais como veículos de combate, lançadores de foguetes, bunkers, edificações de diversos tamanhos. Um pod como o Damocles deve ser capaz de detectar um veículo de combate a uns 25 km e identificá-lo a uns 15 km. Me lembro de já ter lido que um laser de designação em um caça já foi usado a 17 km, salvo engano, mas não me recordo o tipo de alvo. Creio ter sido uma edificação… Read more »

Groo

Eu me lembro de uma distância longa de um F-111 iluminando um alvo (acho que uma plataforma de petróleo) a uns 30 ou 40Km na Guerra do Golfo (1991) usando um Pave Tac. Não me lembro ao certo onde eu li e nem se é essa a distância mencionada.

Acho que minha memória está falhando porque a distância me parece muito longa.

17km faz mais sentido.

Tadeu Mendes

E a Boeing continua cumprindo com o prometido. Eta empresinha boa e responsavel.

Pena que isso nao e importante para o Brasil.

Marcelo

Nunao, No início das operações na Líbia, por falta de pilotos treinados a operar o Litening, o Tornado foi utilizado pela RAF para iluminar os alvos para as Paveways lançadas pelos Typhoons, apesar do Litening estar integrado à aeronave. No final do conflito, os Typhoons passaram a iluminar os seus próprios alvos. Deve ter acontecido um treinamento relâmpago no uso do pod… Os pilotos de Typhoons da RAF estavam treinados para defesa aérea em QRA, pois os Typhoons estavam rendendo os Tornados F3 na função de defesa aérea do Reino Unido quando o conflito iniciou. Na época, isso foi embaraçoso… Read more »

Almeida

Vem logo pra cá, Vespão!

Incrível a capacidade de produção da Boeing, sempre entregando antes do prazo e com custos cada vez menores!

Observador

Senhores, E o Growler seria apenas mais uma vantagem na aquisição do Super Hornet. Como já noticiado, a Boeing quer comercializar para o exterior uma versão degradada do Growler, o “Growler Lite”, como já noticiado por este Blog. “Ah, mas se é uma versão degradada não presta!” Mentira. Mesmo degradado, ele daria uma capacidade de guerra eletrônica, alerta antecipado e de defesa aérea muito a frente de qualquer outra nação do Hemisfério Sul, com a vantagem de ser praticamente o mesmo avião oferecido no FX-2. Imagino a aquisição de meia dúzia para cada 36 caças adquiridos no FX-2. Os quais,… Read more »

Ivan

Marcelo e Nunão,

Tornado iluminando alvos para Typhoon na Líbia…

Super Étendard Modernisé iluminando alvos para Rafale M no Afeganistão…

Sds.,

Ivan

Voltando ao Growler é bom lembrar que ao adquirir 2 (duas) dúzias de Super Hornet bipostos, todos F-18F, solicitou para metade das células a opção de converter para guerra eletrônica.

Em fevereiro passado foi anunciado que RAAF vai converter meia dúzia de SHs em Growlers (ou Growler Lite ?), por US$ 200 milhões.
http://www.couriermail.com.au/ipad/hornets-200m-makeover-to-fill-gap/story-fn6ck45n-1226277550147

Mas a Austrália é aliada dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial,
como também o Brasil…

Sds,
Ivan, o gripeiro.

Tadeu Mendes

Caro Ivan,

O Brasil e aliado de quem mesmo…???? Rssrssrsrs.

Como o Brasil e um pais que esteve sempre em cima do muro, fica dificil acreditar que seje aliado de qualquer coisa.

Mas falando do Growler……sem comentarios minha gente. QUe maquina.
E como disse o Giordani: “merece um livro so para ele”.

Magal

O Growler e uma maquina fantastica, mas honestamente entre a Boeing querer vender um aviao desses para o Brasil e o congresso americano deixar, vao milhares de km de diferenca.

Acho melhor nao se iludir e ficar com o SHornet mesmo que ja e uma fantastica maquina e torcer p mesmo esse nao vir downgraded.

Ivan

Tadeu,

‘Taquei fogo’ e fui almoçar… só p’ra ver a zorra depois.
Claro que estava zoando.

Cordiais sds,
Ivan, o Terrível.

Ivan

Existe uma difença de doutrina dentro da OTAN quanto ao uso de aviões de guerra eletrônica de ataque. Os países europeus entendem que os caça-bombardeiros em missão de interdição devem abrir seu próprio caminho, com ECM – Electronic Countermeasure própria, suficiente para cobrir a própria aeronave ou talvez o elemento de ataque. Acredito que o Tornado IDS é o melhor exemplo deste conceito, que pretendia sobreviver em um conflito contra o Pacto de Varsóvia voando baixo e usando seus recursos ECM. Do outro lado do Atlântico os EUA investia em pacotes de ataque. Possivelmente influenciado pelas campanhas aéreas da Guerra… Read more »

joseboscojr

Complementando o nobre colega Ivan, se é que é possível algum complemento de sua explanação já bastante aprofundada, também o conceito de DEAD, em que a própria IADS é um alvo prioritário nos primeiros dias de um conflito ajudou a USAF a deixar de depender de um avião de guerra eletrônica dedicado tendo em vista que quando ela ataca costuma não haver mais nada para ser interferido. rsrsrsr Aliado a isso tem a capacidade de defesa individual que foi grandemente aumentada graças ao uso de recursos avançados tais como os interferidores de autoproteção e os despistadores rebocados, etc. Vale lembrar… Read more »

Ivan

Valeu Bosco.

Guerra (aérea) eletrônica, SEAD e DEAD daria uma matéria interessante para estimular um debate por ‘estas bandas’.

Que sabe?

Sds,
Ivan.

joseboscojr

Hoje, com o uso de radares no modo “abertura sintética” e indicador de alvos móveis no chão (GMTI) combinado com os sistemas de comunicação via data-link dentro de um conceito de NWC e associado a armas guiadas de precisão guiadas por GPS, a mobilidade deixou de ser fator decisivo na sobrevivência de uma IADS (sistema integrado de defesa aérea). Com radares aeritransportados (e até em satélites) apropriados podendo identificar alvos táticos móveis a até 250 km ou mais, um sistema de defesa antiaéreo não é o melhor lugar para se estar no caso de um conflito. A tônica da defesa… Read more »