Pelo menos é esta a visão de um executivo da Rosoboronexport

Victor Komardin, executivo do grupo russo de exportação de armamento Rosoboronexport, analisa que os dois candidatos finais ao programa indiano MMRCA (Medium Multirole Combat Aircraft) foram “auto-eliminados” por colocarem seus preços em um patamar muito elevado para os seus caças.

Políticos indianos informaram aos repórteres locais no início deste ano que o MMRCA seria um contrato com valor perto de US$10 bilhões, mas informações vindas da Índia nas últimas semanas apontam para um contrato próximo de US$ 20 bilhões para cada um dos dois concorrentes (Eurofighter Typhoon e Dassault Rafale), disse Komardin.

“Em função da crise econômica mundial, é difícil acreditar que qualquer nação possa permitir um desperdício de dinheiro dessa magnitude, principalmente quando existem problemas sociais” que devem ser resolvidos também, disse Komardin. “E não há ameaça imediata à soberania da Índia. Minha aposta é de que esta concorrência será cancelada.”

FONTE: Aviation Week

NOTA DO BLOG: é interessante lembrar que a mais recente decisão sobre concorrencia de caças (ocorrida na Suíça) o fator econômico (valor de aquisição e custo de manutneção) foi decisivo no resultado final.

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DrCockroach

Sem duvida a melhor coisa p/ India fazer. O Pais tem, por exemplo, 480 milhoes de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza e cerca de 300 milhoes de mulheres totalmente analfabetas (sem contar os homens), etc, etc, etc.

Mas fizeram uma avaliacao em que nao incluiram as restricoes orcamentarias no criterio de corte, coisa de quem vive no mundo da cucolandia, mas o que houve de comentarios de gente dizendo que a avaliacao da India era um “exemplo” (p/ FAB, entenda-se) nao foi brincadeira, ou teria sido…

[]s!

Vader

O cara da Lockheed também disse isso, inclusive para o Brasil também; e aqui, ao menos, acertou. Como eu disse, na Índia pode dar de tudo inclusive nada. Mas se as coisas correrem como programadas deverá dar Rafale. Não à tôa a Índia é um dos países mais corruptos DO MUNDO. Meio bilhão de miseráveis e comprando caças que nem malucos, sem sequer perguntar o preço. Sempre lembrando que após a “escolha” há toda a longa etapa de negociações, e é aí que o bicho pega: como sabemos pelos EAU, a Dassault é ruim pacas em fazer negócios… De boa?… Read more »

ricardo_recife

Acho difícil com a China e o Paquistão. Contudo, não existe defesa sem economia.

Os custos do Rafale e do Typhoon são impraticáveis. Estão mais caros que o F-35.

Do jeito que estão caindo aviões na Índia é melhor cancelar tudo. Imagine um Rafail ou um Tufão caindo por mês?

Marcos

Todo mundo acha preço um fator relevante, só o – vou plagear um outro comentarista – só o Braphil Potênphia acha preço um detalhe irrelevante.

Ivan

Victor Komardin, executivo da Rosoboronexport, perdeu feio a disputa do M-MRCA e é interessante para seu grupo “melar” a vitória alheia. Mesmo discordando da questão ética (mau perdedor…), tenho que reconhecer que o argumento do altíssimo custo unitário é irrefutável. Tomando por base as informações do TTE (Tiger-Teilersatz) suiço, podemos inferir que 22 (vinte e dois) Rafales ou Typhoons custariam algo em torno de US$4,400,000,000.00 (quatro bi e quatrocentos milhões de dólares). A unidade ficaria pela bagatela de US$200,000,000.00 (duzentos milhões de dólares). Multiplicando o valor unitário por 126 (cento e vinte e seis) unidades previstas no M-MRCA teríamos US$25,200,000,000.00… Read more »

Nick

Tirando o lado de “mau perdedor” que o Ivan citou, acho difícil cancelarem o MMRCA. Talvez renegociem a compra para quantidades menores.

A urgência da necessidade de substituir os caças mais antigos, a situação geopolítica, onde seus vizinhos estão fazendo upgrades nas suas frotas (Paquistão com F-16, FC-17 e J-10B) e do outro lado (J-10B, J-20 e logo um clone de F-35). São motivos para manterem o programa apesar de terem estourado o orçamento previsto.

[]’s

Ivan

Pois é, Nick.

Tudo indica que veremos um EuroCanard Bimotor europeu ocidental voando e quem sabe combatendo na Ásia.

A conta será muito cara, mas como não sou quem paga… tudo bem.

Sds,
Ivan. 🙂

juarezmartinez

Via rolar muita agua por baixo desta ponte ainda………….eu tinha ouvido isto a um tempo atrás e chamei o cara de louco, parece que o louco era eu……

grande abraço

Observador

Senhores, Quando a sua casa corre o risco de pegar fogo, no desespero você contrata o melhor sistema anti-incêndio que puser a mão, sem olhar muito o preço. A Índia tem o Paquistão de um lado, e a China do outro. Precisa substituir o Mig-21 cansado de guerra, que em caso de conflito só serviria de alvo. E a índia não quer ficar na mão de um único fornecedor, neste caso, a Rússia, ou seja preferem pagar pela segurança de ter fornecedores diferentes, ao invés de economizar com apenas um. Sobre a questão da distribuição de renda daÍndia, não podemos… Read more »

Baschera

Estes russos bebem muita vodka….. Não vai ser cancelado, mas pode ser reduzido ou ter o prazo de entrega e pagamento alongado, na minha opinião. O motivo é a crise financeira anglo-saxã… sim pois crise na Índia, China, etc.. não existe. Interessante que a Índia é o 10º país que mais despende verbas para a defesa (o Brasil é o 11º) com Us$ 36,03 bilhões em 2011. Se chegar ao todo citado (Us$ 20 bi) e pode chegar mesmo….. vai depender muito da maneira de pagamento (financiamento) das condições e variáveis geopolíticas asiáticas, notadamente ao que concerne aos vizinhos instáveis… Read more »

Mauricio R.

Ah, tá!!! E vão comprar de Moscou não o Mig-35, mas o Su-34.
Ou melhor ainda, vão comprar os M-2000 dos UAE e de Taiwan.