A piloto de combate britânica que espanta os talibãs com o rugido de seu jato

null A tenente-aviadora da Real Força Aérea britânica (RAF) Juliette Fleming, 31 anos, 10 anos de experiência, é pioneira em pelo menos duas coisas: ela integra a primeira tripulação inteiramente feminina de jatos de combate Tornado GR4 – e isto, amigos, na guerra do Afeganistão – e participa de um tipo inédito de ação contra os guerrilheiros talebãs: sem o lançamento de bombas, faz vôos rasantes sobre o inimigo, já que o ruído de trovão de seu jato é capaz de dissipar grupos que atacam tropas britânicas e da coalizão ocidental, sem provocar vítimas civis.

Segundo relato do jornal britânico Daily Mail, “o ruído aterrador de seu jato GR4 rugindo a 900 quilômetros por hora e a apenas 30 metros de altura ensurdece o inimigo e o obriga a buscar cobertura”. A tenente Fleming cumpriu 3 meses desse tipo de missão a partir da base do esquadrão a que pertence, o 31º “Goldstars”, em Kandahar, no sul do Afeganistão. Agora, está temporariamente de volta a sua base regular em Marham, Norfolk, Inglaterra. Ela explica que a política das forças do Ocidente de tentar ganhar “corações e mentes” de civis locais levou a RAF a lançar o menor número de bombas possível para evitar a morte involuntária de civis.

“Lançar bombas é o último recurso, e nós não fazemos isso se podemos evitar. Descobrimos que nossa simples presença como demonstração de força é suficiente para obter resultados em 99% das vezes”, diz Juliette, que voa em companhia da navegadora e líder do esquadrão Nikki Thomas, também de 31 anos.

O esquadrão da tenente tem como missão regular patrulhar os ares a 4.500 metros de altura com equipamento especial capaz de detectar, por uma série de evidências, a presença de bombas de fabricação caseira no terreno em que atuam as forças terrestres da coalizão. O equipamento, dotado de poderoso zoom, transmite imagens suspeitas para o pessoal de terra e evita principalmente a perda de vidas, mas também de tanques, caminhões, veículos de transporte de tropas e outros.

O Tornado GR4 é um caça-bombardeiro desenvolvido conjuntamente pelo Reino Unido, pela Alemanha e pela Itália, capaz, entre outras proezas, de voar 30% mais velozmente do que o som.

FONTE/FOTO: revista Veja/BBC

COLABOROU: DrCockroach

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Clésio Luiz

“capaz, entre outras proezas, de voar 30% mais velozmente do que o som.”

Quando eu penso que a imprensa brasileira não podia piorar no seus textos, eles soltam uma dessas. É como dizem: nada é tão ruim que não possa ficar pior.

Almeida

Por que Clésio? Eu entendi Mach 1.3 e, dependendo da configuração, é isso mesmo. Para o leitor leigo é sim uma proeza e dessa maneira fica mais fácil de entender do que a escala Mach.

Clésio Luiz

Eu acho que no lugar de “velozmente” seria melhor “veloz”. Isso é o que dá você digitar um texto e não ler o que escreveu para ver como ficou, antes de postar.
E é Mach 1,3 não 1.3. Usamos o sistema métrico.

putz, me superei no nível de pentelhisse…

Joker

Acho que devemos ver essa noticia por outro angulo…

O porque de se realizar essas passagens “a seco” segundo o que se relata?

Inadequação do armamento ante o modus operandi dos talebans, direitos humanos que está em cima, desproporcionalidade entre a ameaça e a reação, ou se é “Guerra Psicologica”?

Pessoalmente acredito que nenhuma delas exclua a outra, no entanto, acredito que a ultima seja a mais provavel.

Fernando "Nunão" De Martini

Joker, Pelo que já li sobre essas passagens “a seco”, o que dizem é que várias vezes elas bastam para dissuadir / dispersar os adversários naquele Teatro de Operações. Embora isso não seja “inédito” como diz a matéria. Já fazem isso no Afeganistão há tempos, e há diversos precedentes em outros conflitos. Bombas custam caro e um eventual lançamento que atinja alvos amigos sai mais caro ainda. Em caso que a passagem “a seco” não baste (não é bem passagem, é marcar presença, ser visto e ouvido, mesmo que não excessivamente perto), utiliza-se o armamento. É claro, há outras ocasiões… Read more »

DrCockroach

O History Channel ainda farah um especial sobre as mulheres no Afeganistao.

Li de uma medica britanica que se arriscou varias vezes p/ socorrer soldados (foi condecorada).

Um relato foi tipico da regiao: o soldado ferido foi um afeganistao que acompanhava eles, o ferimento foi muito proximo das “partes privadas” e os colegas dele nao queriam que ela tocasse a “regiao”. E ela disse que ficassem quietos que ela precisava salvar a vida dele, e salvou.

Cultura, se nao eh tudo, pelo menos faz diferenca.

[]s!