Três países do Oriente Médio cogitam comprar o F-16: Iraque, Omã e EAU

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Encomendas manteriam por mais tempo a linha de produção do caça, cujo encerramento está previsto para 2013 se não houver mais pedidos

Segundo matéria da seção de negócios do jornal Star Telegram, as possibilidades de novas vendas do F-16, produzido em Fort Worth pela Lockheed Martin, podem estar melhorando. Três países do Oriente Médio cogitam comprar o caça, segundo o jornal.

Após idas e vindas de planos de uma compra do Iraque, o negócio pode estar de volta à agenda. Também surgiram notícias de que os Emirados Árabes Unidos (EAU) e Oman estão conversando com o Governo dos EUA e a Lockheed Martin, porque não concordariam com termos de compras de caças franceses.

A Lockheed confirmou que tem estado em contato com três nações do Oriente Médio, sobre vendas de F-16, mas não quis entrar em detalhes. A porta-voz da empresa, Laura Siebert, disse que “o potencial de vendas internacionais ainda é forte. Estamos em constante diálogo com a Força Aérea dos EUA a respeito das necessidades do Iraque. Também tem havido diálogo com os Emirados Árabes Unidos. Eles querem mais caças F-16.”

Na quarta-feira, não foi possível entrar em contato com uma autoridade do departamento vendas externas da Força Aérea, para que comentasse o assunto.

A Lockheed está ansiosa para conseguir novas encomendas de F-16 e manter funcionando as suas linhas de produção e de fornecedores, tanto em suas instalações de Fort Worth, onde são montados os caças, quanto em diversos grandes fornecedores locais e no mundo. No fim de maio, a Lockheed ainda tinha 62 encomendas de caças F-16 para produzir, o suficiente para manter sua linha de montagem final aberta até meados de 2013. A produção de diversas partes e componentes sempre começa dois ou mais anos antes da montagem final.

Aproximadamente 2.000 trabalhadores são empregados diretos da Lockheed no programa F-16, em Fort Worth. Muitos outros trabalham em empresas da região, na fabricação ou fornecimento de partes estruturais e outros componentes-chave. As esperanças da Lockheed de conseguir uma encomenda da Índia de mais de 100 aeronaves se desvaneceram em abril, quando o país eliminou tanto o F-16 quanto o F-18 da Boeing de sua competição para novos caças.

Voltando ao Oriente Médio: segundo matéria do Wall Street Journal de segunda-feira, autoridades governamentais no Iraque e Oman se aproximaram novamente dos Estados Unidos, para conversar sobre a compra de jatos, após as negociações terem sido paralisadas, vários meses atrás, devido às sublevações ocorridas no Oriente Médio.

As discussões entre Iraque e EUA a respeito do F-16 começaram em 2008, com vistas à aquisição de 36 caças. Em outubro do ano passado, o Pentágono notificou o Congresso dos EUA sobre um plano para venda de 18 F-16, incluindo armamento, equipamentos e sobressalentes, por 4,2 bilhões de dólares. Mas o acordo ainda não se transformou em encomenda. Segundo o Wall Street Journal, o Iraque agora está interessado numa encomenda imediata de 18 caças, com outros 18 sendo encomendados mais tarde. Autoridades dos dois países dizem que o Iraque precisa de uma força aérea própria para prover segurança, quando as forças dos EUA deixarem a região.

Em agosto do ano passado, o Pentágono anunciou que Oman desejava comprar 18 caças F-16 adicionais, para complementar os doze que comprou anos atrás. Mas até o momento o anúncio não se transformou em encomenda. Segundo um analista da indústria aeroespacial, Richard Aboulafia, a França vem tentando persuadir tanto Oman quanto os Emirados para a venda de caças, mas o último país está “desencantado com a oferta francesa” e as condições financeiras para a compra do caça Rafale, da Dassault. A Lockheed fabricou 80 aviões F-16 para os Emirados, entre 2004 e 2007, numa versão bastante modernizada e desenvolvida especificamente para o país.

FONTE: Star Telegram (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: USAF (Força Aérea dos EUA)

NOTA DO EDITOR: os tanques conformais dos F-16 dos Emirados, claramente visíveis nessas belas fotos tiradas pela USAF numa Red Flag de 2009, podem até “estragar” a fluidez das linhas originais do caça. Mas que  deixam o Falcon mais “parrudo” e com cara de guerreiro nos ângulos dessas fotos, para mim não restam dúvidas. Clique nas imagens abaixo para ver alguns detalhes ampliados das fotos que ilustram esta matéria.

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Soyuz

Meu favorito para o processo FX, pena que não estava entre os mais cotados no FX1 e não entrou no short list do FX2.

Almeida

Ele era tão mais bonito dos blocks 15 ao 52!

Mas beleza nao poe mesa e continua sendo uma otimo vetor, tanto que sua linha de montagem continue recebendo encomendas ate hoje!

Vader

Acho menos feios os CFTs dos Block 50/60 do que aquele “travessão” que colocaram nos Block 52/62: https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2011/06/F-16-PAF-Bock-52.jpg Isso sim é que é feiura. 🙂 O fato é: se a Lockheed não encerrar a linha de produção do F-16, este ainda será vendido por muuuuuito tempo, apesar do F-35 teoricamente ter vindo para “substituí-lo” (ao menos na USAF). O F-16 é o “bom e barato”, e com a adição das capacidades multirole nos últimos blocos se tornou uma aeronave completa; muitos países não precisam de mais do que isso. O Brasil por exemplo seria um destes. Quanto à matéria em… Read more »

Mauricio R.

Assim como no passado, qndo mta força aérea voou T-33 como ac de caça, em um futuro não mto distante essas mesmas forças aéreas voarão as sobras dos F-16; daquelas forças aéreas que estarão operando o F-35.