Roberto Godoy

A escolha do novo caça de tecnologia avançada da Força Aérea, o processo F-X2, deve ser decidido até julho, tem dito o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A decisão está na agenda de 2011 da presidente Dilma.

O Planalto considera três hipóteses para o contrato, que prevê a compra inicial de 36 caças, podendo chegar a 120 até 2027: manter a F-X2 como está, adiar a decisão por um ano ou, em ação radical, encerrar essa operação e abrir outra imediatamente, uma espécie de F-X3 de prazo curto, única forma de admitir novos participantes.

A medida, todavia, traria desgaste diplomático. A seleção já dura 15 anos. Os três concorrentes são patrocinados por seus governos e têm investido pesado em estruturas locais de acompanhamento e de informação. O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: “A imagem do Brasil será arranhada – e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve”.

Novos aviões. A entrada de outros competidores foi bem recebida no mercado especializado. A americana Lockheed-Martin não esconde a disposição de levar à mesa de negociações o F-35 Lightning, o mais avançado caça de múltiplo emprego em produção regular no mundo.

Será o próximo avião principal dos EUA, com versões para a força aérea e a aviação naval. Construído com materiais e recursos eletrônicos stealth, para escapar da detecção por radar ou sensores laser, é tão moderno que só começa a ser entregue em 2016. É caro, mas o preço está em queda: começou em US$ 89 milhões cada e chegará a US$ 73 milhões, resultado da fabricação em larga escala – 2.376 unidades vendidas para EUA, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Holanda, Noruega, Israel, Turquia e Grã-Bretanha. Outra vez, a dificuldade será a transferência de tecnologia.

Há outros pretendentes na F-X2. A Rússia, com o Su-35 e futuro Su-50. E a União Europeia, por meio do Typhoon Eurofighter. A proposta de menor valor é a da sueca Saab, que oferece o Gripen NG, em desenvolvimento, por US$ 4 bilhões. O mais caro e o preferido da Defesa – e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – é o francês Rafale, avaliado em cerca de R$ 6 bilhões. Entre um e outro está o americano F-18 Super Hornet.

O governo condiciona a compra à transferência de tecnologia em todas as áreas. É aí que as negociações ficam diferentes. Os franceses oferecem acesso irrestrito ao conhecimento pretendido. Os suecos convidam os especialistas militares e a indústria aeronáutica a uma parceria ampla. Os americanos esbarram na complexa legislação do setor e no poder do Congresso para vetar o atendimento às exigências.

Os acertos entre o então presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, eram fáceis em abril de 2010. No dia 22, Lula recebeu um telefonema de Sarkozy, empenhado em garantir a preferência pelo Rafale. Diante de cinco pessoas, Lula convidou-o para passar férias em Fernando de Noronha – e foi convidado a descansar no Vale do Loire. Riram e contaram piadas.

O clima desandou em maio. Lula liderou a proposta ao Irã para troca de urânio. De ambos os lados os convites foram esquecidos. O encontro de trabalho entre os dois, previsto para dezembro, não houve. E a decisão do F-X2 ficou para Dilma Rousseff.

FONTE: O Estado de S.Paulo (destaques em negrito – Poder Aéreo)

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Nick

Parece que o Godoy esqueceu de revisar o texto. US$4 bilhões pelo Gripen Ng, ok. Mas R$6 bilhões pelo Rafale não parece ser real. E o F-18 E SH ficaria entre?

Das duas uma: Ou decide já, um dos 3 da short-list, ou parte para um FX-3 de 5ªgeração, seja F-16CB60+F-35 de prateleira, ou SU-35+PAKFA com alguma transferência. Ou ainda Gripen NG+ FS2020.

Postergar o FX-2 para 2012, sem mudar nada é o pior dos cenários.

[]’s

LATINO

f-16 bc 60 + F-35 sonho meu .

Su-35 +pak fa sonho meu .

caças rafale + hangar pesadelo meu .

Portanto fx-3 na veia .

Antonio M

Haverá alguma TT com o F-35 Lightning ? E a encomenda ajudaria a baixar os custos de aquisção/manutenção? Senão será combatido com os mesmos argumentos que usam contra o Rafale, embora seja uma máquina muito mais atual.

E quem sabe a versão VTOL para a MB ?

Vader

Se for pra comprar um avião stealth, atualmente só há um concorrente: o LM F-35 JSF. Ponto final e o resto é só delírios futurísticos. O PAK-FA ainda me parece uma tremenda de uma gelada, até porque só ficará “pronto” em uns 15 anos (ainda é um protótipo). Até lá, tudo pode acontecer, inclusive nada… E que ninguém me venha falar do tal J-20, porque esse nem “caça” é… e além disso é só um demonstrador (que partiu do “zero”, ao contrário do Gripen NG, por exemplo). Mas não sei não: está me parecendo que a tecnologia stealth não está… Read more »

LATINO

aH AINDA UMA OUTRA SAIDA caça nacional 5 geração (Harpia ) creditos ao Jacubão F-X2: Mira no caça nacional Pressão internacional por todos os lados fez o governo Dilma Rousseff arremeter o processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio que vai custar de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões (R$ 6,7 bilhões a R$ 11,7 bilhões) ganhou agora uma sinalização mais clara que dele terá que nascer um caça de quinta geração totalmente desenvolvido no Brasil, uma espécie de independência nacional em relação a ponto tão estratégico de nossa defesa aérea.… Read more »

Groo

Gostei desta parte da matéria: “O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: “A imagem do Brasil será arranhada – e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve”.” Segue abaixo exemplos da “aura de eficiência e profissionalismo” do Itamaraty. NOME PARA A OMC Amorim tentou emplacar Luís Felipe de Seixas Corrêa na Organização Mundial do Comércio em 2005. Perdeu. Sabem qual foi o único país latino-americano que votou no Brasil? O Panamá!!! Culpa do Itamaraty, não de Seixas Corrêa. OMC DE NOVO O Brasil indicou Ellen… Read more »

Rodrigo

Vou dar a dica..

O Godoy, por mais que lamba a turma do MD em troca de informações de cocheira, como todos os outros emissários do MD/ GF espalhados por este brasilzão afora 😀 😀 😀

ATÉ AGORA NÃO DEU UMA DENTRO.

Não é agora que ele vai falar algo que sirva. 😉

Vão por mim..

A única coisa boa disto tudo é saber que a França já era.

ZE

“O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: “A imagem do Brasil será arranhada – e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve”. Que algo fique bem claro: se a Dilma resolver adiar, cancelar, abrir um outro FX, ou sei lá mais o que, os participantes não vão, nem poderão fazer nada. O mundo está em crise, os fabricantes existem para vender e dar lucro. O Brasil, potencialmente, poderá comprar muitos caças, dando um grande lucro aos vendedores ! Assim sendo, todos irão ficar bem CALADINHOS… Read more »

asbueno

E mais essa:

“[…] levar à mesa de negociações o F-35 Lightning, o mais avançado caça de múltiplo emprego em produção regular no mundo”.

Alguém já sabia da produção regular do F-35?

Acho que falta mais do que revisão do texto…

ZE

Eu canso de falar aqui. Já fui, inclusive, criticado, mas a verdade é que o Godoy, no que pese os seus quase 30 anos como “expert” na área de segurança e defesa, não entende NADA do assunto. Ele troca os pés pelas mãos. Em suas entrevistas, ele deixa de perguntar o mais importante, para se focar na superficialidade. Às vezes eu me pergunto como um jornalista que atua há tanto tempo na área pode não entender NADA do assunto. É só comparar o Godoy com o Nuno Rogeiro e verão a diferença ! Com relação ao Mangabeira: este é outro… Read more »

DrCockroach

Vader disse:
23 de janeiro de 2011 às 11:19

“Mas não sei não: está me parecendo que a tecnologia stealth não está acompanhando no mesmo ritmo a evolução do radar AESA. A tendência é que ela perca um pouco de sua importância em detrimento de outros sistemas.”

Here you go:

“Radar versus Stealth Passive Radar and the Future of U.S. Military Power”

basic stealth techniques will be less effective than they once
were against passive radar systems that benefit from bistatic
geometry and the use of counterstealth waveforms

http://www.ndu.edu/press/lib/images/jfq-55/22.pdf

[]s!

koslowa

Tudo bem, entendo a pressa dos senhores e a revolta toda vez que o FX é adiado. Mas vamos imaginar que o FX já tivesse se decidido, de forma politica, na base da caneta. Na sua primeira concorrência a 9 anos atrás. O vencedor seria o Mirage-2000. Vejam os problemas que estariamos enfrentando. • O Mirage-2000 saiu de produção. Os 12 exemplares da FAB seriam os ultimos a serem produzidos no mundo. • Seriam apenas 12 exemplares, as novas compras de caças da FAB seriam de outros modelos, não teriamos padronização nos proximos 30 anos. • Por melhor que o… Read more »

Mauricio R.

Por essas e outras é que eu digo:

Cancelem os upgrades dos A-1 e A-4(53+23), desativem os M-2000(12) e troquem tdo por F-18C/D ou Gripen C/D.
Como os F-5(46? +11) devem durar um pouco mais, podemos fazer a parte inicial de algum futuro F-X, em cima deles.

Justin Case

Koslova, boa tarde. Em 2004, ao cancelarmos o F-X, imaginávamos que o conhecimento adquirido nos permitiria realizar um processo perfeito “na próxima vez”. Na próxima vez, alguém dirá que não foi tão ruim ter cancelado, ao constatar que os nossos F-18 teriam sido os últimos antes de fechar a linha, que o Rafale continua caro ou que o Gripen NG não teria vingado. Iremos cogitar talvez que é melhor comprar o TAMPAX III e ir logo para os VANT em vez de adquirir quinta geração (estaremos voando F-5 ou TAMPAX II?). Será que não dá para escolher o melhor entre… Read more »

Groo

O problema é que esperar mais 4 anos não significa que a escolha será a correta. O adiamento não trará uma decisão errada apenas por não existir qualquer decisão. O problema é que os F-5BR não irão durar pra sempre e teremos que substituí-los. Nem aviões usados (Mirage 2000C) conseguimos comprar direito. Então, como a FAB não quer um avião usado e nem mudar sua estrutura, fiquemos com o mais barato de operar e manter (Gripen NG). Para piorar, estamos em um momento ruim para a compra de um caça de 4,5ª geração: aeronaves de 5ª geração já surgem no… Read more »

Franco Ferreira

O FX-2 não existe mais; nem lhe vale o edital, nem lhe valem as propostas.

O FX-3 depende da vontade do governo e tem seu andamento determinado da Lei que o regula.

Os prejuízos sustentados pelas Nações que participaram do FX-2 serão ressarcidos na forma do art. 59 § único.

Franco Ferreira

Vader

koslowa disse: 23 de janeiro de 2011 às 15:15 “4) A FAB precisa friamente analisar o que ela quer no futuro da sua aviação de caça” Desculpe-me Elizabeth, mas em minha modesta opinião foi exatamente o que a FAB fez, por DUAS vezes, contrariando interesses poderosos. As DUAS vezes deu Gripen. As DUAS vezes os franceses ficaram por último. E as DUAS vezes a FAB ficou sem caças. O que quero dizer, respeitosamente é: pode-se acusar a FAB de tudo, menos de não decidir o que quer; de não ter em mente precisamente o que deseja. De não pensar seria… Read more »

Vader

DrCockroach disse:
23 de janeiro de 2011 às 14:35

Dr. Barata, a matéria é sobre o J-20, mas há algumas menções interessantes sobre o tema:

http://vaderbrasil.blogspot.com/2011/01/as-vulnerabilidades-do-caca-stealth_17.html

Abraço.

Groo

Puxa Vader, ontem eu estava lendo este artigo na aviationweek e, como meu inglês não é aquela maravilha, tive que recorrer ao tradutor para traduzir alguns termos.

Se soubesse que vc ia traduzir, tinha esperado um dia e poupado trabalho. 🙂

Baschera

Não “gostcho” das matérias simplistas e lambe-botas-do-MD deste senhor !! Outra coisa, F-35 por Us$ 89 milhas….. compra enquanto está na promoção, passa o cartão corporativo…. Prefiro as da outra jornalista, aquela que é porta-voz do NJ…. Abaixo: FSP, 23/01 Obedece quem tem juízo Eliane Cantanhêde BRASÍLIA – Apesar de Dilma Rousseff e Nelson Jobim terem acertado os ponteiros e estarem dialogando fluidamente, a posição de Jobim no governo já foi bem mais confortável – quando o presidente era Lula. Jobim encontrou a Defesa em polvorosa, numa bagunça indescritível. Trocou uns chefes, enquadrou outros, arrumou a casa. É considerado o… Read more »

joseboscojr

O Godoy é esforçado, e só.
Ele joga informações ao vento e, como em terra de cego, quem tem 1 olho é rei, todo mundo aceita como verdade, já que se ele não manja do assunto lá muito bem, muito menos 99,9% dos leitores do “Estado”.
Sempre ele vem com uma pérola tirada do nada, e desta vez foi dizer que o F-35 consegue escapar de “sensores lasers”.
Menas Godoy! Menas!
Rsrsrssssssss

Vader

Groo disse:
23 de janeiro de 2011 às 18:17

Putz Groo, postei a tradução dia 17! 🙂

Abs.

Tadeu Mendes

Groo, Seu comentario e a sintese sobre a “Diplomacia” brasileira esta no alvo. Aonde e que eu assino? Baschera, Gostaria de comentar que segundo tenho entendido, foi o Mangabeira e nao o Jobim, o mentor da END. Vader, O J-20 nao passa (e voce sabe disso tao bem quanto eu) de um brinquedo chines de propaganca comunista. Mas tem gente que adora aquele ditado: me engana que eu gosto. Rsrsrsrsrsrsrs. Meu F-35 de Controle Remoto e mais Stealthy do que essa carcaca de isopor com fibra de carbono. Rsrsrsrsrs. F-35 e o substituto dos F-117 e futuramente dos F-18SH. Koslowa,… Read more »

Rodrigo

joseboscojr disse:
23 de janeiro de 2011 às 19:26

O Gordoy é mais um eXpecialista….

Matéria dele só serve para comentar tirando sarro.

Há quantos meses e até mesmo anos ele diz que o Rafale está para ser anunciado ?

O jornalista de fato deve noticiar o que recebe, mas também é tarefa do jornalista verificar a veracidade do fato.

Ivan

Elizabeth koslowa, No dia 18 de janeiro de 2011, às 22:59, vc fez um comentário contundente aqui no AEREO, simples e direto: “O FX-1 não saiu porque a Embraer queria decidir o melhor caça para a FAB e na visão desta seria o Mirage-2000BR. . O FX-2 não saiu porque o Sr. presidente da Republica e o Sr. Ministro da defesa queriam decidir o melhor caça para a FAB e na visão destes seria o Rafale. . E o FX-3? Será que finalmente a FAB terá a oportunidade de escolher ela mesmo o que considera o melhor caça para suas… Read more »

Junior (SC)

Nunão, parabéns pela matéria, o PA pegou fogo.. heheheheh, estava com saudade disso!

Groo disse:
Gostei da tua postagem, enumerou as “cacas” que o Itamaraty fez, nossa, nosso filme ta torrado.

Bela discução pessoal.

Ivan

Vader, Sei que vc não é ‘Gripeiro’, como já enfatizou em outra matéria, mas eu sou… Talvez o Gripen tenha sido escolhido duas vezes pela FAB, como vc afirmou, mas não tenho documentos, apenas as notícias constantes na imprensa, nunca negadas nem confirmadas. Mas eu vejo o Gripen E/F enquadrado dentro de uma ‘Doutrina Expedicionária’, se é que posso chamar assim, nascido e criado para ser distribuído de forma dispersa no terreno, operar a partir de “pistas” curtas de no mínimo 800 metros, com rápido turnover (o que importa é aeronave no ar), baixo custo operacional e baixo consumo de… Read more »

Tadeu Mendes

Caro Ivan, O vasto territorio brasileiro (a Amazonia sozinha engole a Europa Ocidental), nao pode ser defendido apenas por cacas, cujas bases estao dispersas em regioes metropolitanas. Devemos adotar solucoes que permitam um amplo leque de contramedidas. Deveriamos ter um defesa combinada com diferentes recursos (vetores) , tais como cacas, misseis anti-aereos de medio e longo alcance, Vants e Vants-C. A solucao para a defesa desse imenso territorio gera um enorme desafio tatico, estrategico e logistico, que so podera ser adequadamente solucionado atraves de uma diversificacao dos meios de combate. Um esquadrao ,ou dois ou tres de cacas, seja qual… Read more »

Ivan

Tadeu, Entendo perfeitamente a profundidade territorial brasileira. Entendo também a falta de “inimigos”, bem como a inexistência de ameaça aérea estratégica, como a que sofre países continentais como EUA, Rússia e China, coincidentemente ameaçados entre eles mesmos. A verdadeira ameaça são possíveis (mas improváveis) conflitos localizados nas fronteiras, regulares ou irregulares, onde as FFAA devem deslocar e concentrar forças móveis no eventual TO (Teatro de Operação). Por esta razão defendo uma “Doutrina Expedicionária” (se é que posso chamar assim) para a FAB. As forças aéreas latino americanas são eminentemente táticas, sendo usadas basicamente para apoio ao combate terrestre (ou costeiro).… Read more »

DrCockroach

Dilma desistiu de acordo sobre compra dos caças franceses após aval de Lula

http://extra.globo.com/noticias/brasil/dilma-desistiu-de-acordo-sobre-compra-dos-cacas-franceses-apos-aval-de-lula-921795.html

Eh natural que o Nosso Ex-Guia tenha se sentido traido nos seus planos de projecao mundial, o curioso eh que a “parceria estrategica” tenha se formado pelos motivos errados e acabou, igualmente, pelos motivos errados. (e a FAB no meio do imbroglio).

Lembro que a Ministra Francesa disse, na epoca, que o Lula estava “desinformado”, uma ofensa diplomatica; embora ela estivesse certa…

[]s!

P.S.: Curiosidade: alguem sabe informar qual eh a mulher oficial da FAB de maior graduacao? Um obrigado antecipado.

Grifo

Dilma desistiu de acordo sobre compra dos caças franceses após aval de Lula E assim termina a preferência do governo pelo Rafale, e os franceses conseguindo perder o negócio mais certo da história. Meus pêsames ao Nelson Jobim, ao seu amigo Olivier Dassault, e aos colegas “fontados” dos fóruns na Internet. P.S.: Curiosidade: alguem sabe informar qual eh a mulher oficial da FAB de maior graduacao? Um obrigado antecipado. Caro DrCockRoach, a lista de todos os oficiais da FAB em ordem de graduação é mantida em um livro conhecido como “tico-tico”. Você pode tentar ter acesso a ele em alguma… Read more »

Vader

Ivan disse: 23 de janeiro de 2011 às 21:50 Ivan, concordo. Na verdade, o amigo já deveria saber minha posição quanto ao tema, pois já debatemos isso à farta. O que os amigos devem procurar entender é que os caças são a primeira e a última linha de defesa do Brasil contra ameaças aéreas. Não haverá grandes dispersões de artilharia antiaérea pelas fronteiras, excetuando algo como os Iglas (defesa de baixa altitude). Assim, exceção às defesas de ponto nos grandes centros industriais (sudeste), estratégicos (Itaipú, grandes represas, etc) e políticos (Brasília), teremos de nos fiar em nossos caças. Discordo de… Read more »

Nick

Discordando cordialmente do Vader e Ivan, eu sou a favor incondicionalmente de bases equipados com caças de 1ª linha na Amazônia. 🙂

Aliás não só Amazônia como no Brasil todo. Não consigo imaginar Su-30s fazendo “passeios” pela amazônia brasileira impunemente, nem sem ao menos serem escoltados de volta para a Venezuela. Hoje somos amigos do Chavez, mas isso pode mudar. Manaus, Boa Vista e mais uma base mais ao oeste, próximo à Colômbia, todos equipados com Gripen NG , espero. E o Nordeste não pode ficar sem caças também.

[]’s

Ivan

Vader e Nick, Minha atrevida proposta de uma Doutrina Expedicionária envolve o deslocamento estratégico, ou seja, de suas bases para um eventual Teatro de Operações nas fronteiras, de forças que são eminentemente táticas. Como exemplo cito um caso italiano agora noticiado. O deslocamento do Task Group ‘Black Cats’ com aeronaves AM-X da Itália para o TO do Afeganistão é estratégico. Entretanto as missões desempenhadas naquele TO são táticas. Quando falo no deslocamento de uma força tarefa da FAB para um TO na fronteira, qualquer uma, é para que esta possa dar apoio aéreo as tropas no local (EB, MB, CFN… Read more »

Mauricio R.

De que adiantam esquadrões de caça pela Amazônia, em Cuiabá, ou na fronteira da Venezuela, se não há vontade política em enfrentar os desmandos de Evo, Hugo ou do padre paraguaio???

Vader

Nick disse: 24 de janeiro de 2011 às 8:33 Nick, se o inimigo resolver fazer “passeios” na faixa fronteiriça da amazônia brasileira, certamente esquadrões do centro-sul/nordeste seriam deslocados para lá para impedir/obstaculizar tais “passeios”, e por lá permaneceriam enquanto se mostrasse necessário. Além disso, estes mesmo esquadrões poderiam resolver fazer, igualmente, “passeios” pelos territórios inimigos, que não necessariamente tem a vantagem que nós temos, de largas faixas de fronteira sem alvos prioritários… Isso é o que o Ivan quis dizer: capacidade “expedicionária”, levando-se em conta que a amazônia brasileira é tão vasta que movimentar um esquadrão de alta performance às… Read more »

Nick

Caro Mauricio , Essa falta de vontade pode mudar, hoje aliados, amanhã ninguém sabe. Caro Vader, Ivan, Não me convenceram 🙂 Na minha visão o uso de uma força expedicionária dentro do próprio país é absurdo…. O que pode haver é um força maior no Sudeste, mas com destacamentos nas regiões extremas do Brasil. Esses destacamentos podem responder por alertas rápidos e não deixar aquele região às moscas. No caso de aumento de hostilidades, ae sim pode-se fazer um desdobramento das forças localizados no Sudeste em direção à região de conflito. Sou a favor do Gripen Ng também por esse… Read more »

koslowa

“O que quero dizer, respeitosamente é: pode-se acusar a FAB de tudo, menos de não decidir o que quer; de não ter em mente precisamente o que deseja. De não pensar seria e ponderadamente em seu futuro”. Vader; O que quero dizer é que no FX-1 tivemos caças de varias classes concorrendo. No FX-2, Rafale e F-18 são aviões de uma classe o Gripen de outra. Se a FAB deseja um caça com as características do Gripen (e acho que pragmaticamente falando ela não consegue operar outro caça), a short list deveria ser Gripen, F-16 e Mig-35. Se a FAB… Read more »

Grifo

O que quero dizer é que no FX-1 tivemos caças de varias classes concorrendo. No FX-2, Rafale e F-18 são aviões de uma classe o Gripen de outra.

Cara koslowa, acho que no F-X2 os três concorrentes pertencem à mesma classe: a classe dos aviões que atendem aos requisitos operacionais da FAB. Este é o critério usado para a seleção dos concorrentes.

Veja por exemplo que a FAB enviou também uma RFI para o F-35, apesar de este por outros critérios estar em uma classe diferente dos demais.

DrCockroach

Prezada Koslowa,

Pensando em voz alta (qual seria a versao p/ um blog: “escrevendo em negrito” 🙂 ).

O FX-2 considera 7 quesitos, nao apenas o jet que seria melhor p/ a FAB. Assim, na hora de escolhar a alternativa que melhor atende os 7 quesitos (ToT, off-sets, etc) nao seria, justamente melhor “misturar” propostas? Ou seja, jets the diferentes categorias, diferentes estagios de desenvolvimento, diferentes procedencias… Assim, da “salada” faz-se o rank dos 7 quesitos e aquele que atende nao somente a FAB mas uma linha de desenvolvimento p/ o Brasil.

O que vcs acham?

[]s!

Vader

Nick disse: 24 de janeiro de 2011 às 11:49 “Na minha visão o uso de uma força expedicionária dentro do próprio país é absurdo” Nick, o Brasil é um país sui generis, por ter uma imensa parcela de seu território totalmente despovoada: é a maior floresta do globo terrestre, e uma das menores densidades demográficas fora dos polos e dos desertos. Na verdade, a amazônia brasileira é um imenso “deserto verde”. Nós temos que usar isso a nosso favor, não contra. Não podemos desperdiçar recursos enchendo de poder aéreo a amazônia, quando prover a FAB de capacidade expedicionária, e manter… Read more »

koslowa

“Koslowa, não sei dizer ao certo como foi no FX1, mas no FX2 consta que a short-list separou os que ofereciam ToT dos que não ofereciam. Quem estabeleceu tal critério não foi a FAB, mas o Min Def, por conta da END.”

Esta conceitualmente errada a idéia de não focar o vetor e sim a transferência de tecnologia em primeiro plano.

Tecnologia é meio e não fim.

Mas não vou me alongar mais neste tema, todos já conhecem a minha opinião e eu já conheço a opínião da maioria.

koslowa

Eu não defendo que o Brasil deva ter cobertura de defesa aérea em todo o seu território é economicamente inviavel e estratégicamente desnecessário. Porem a Amazonia não é somente três ou quatro cidades. Existem varios pontos de interesse para uma aviação de caças de alta performance e longo alcance sobre a Amazonia. Do ponto de vista de defesa aérea 1) Dezenas de sites do SIVAM. 2) Bases aéreas importantes como Porto Velho e Boa Vista. 3) Sobrevoo de aeronaves de longo alcance em vôo de reconhecimento (Tivermos casos assim já reportados). Sobre o ponto de vista de poder aéreo existe;… Read more »

Vader

koslowa disse:
24 de janeiro de 2011 às 14:43

“Esta conceitualmente errada a idéia de não focar o vetor e sim a transferência de tecnologia em primeiro plano.”

Concordo em gênero, número e grau com suas ponderações. Só queria pontuar que o erro foi do Min Def e da END do “Seo” Jobim, e não da FAB.

Saudações.

Ivan

Elizabeth koslowa, Seus argumentos são sempre muito bem embasados, o que torna difícil discordar de vc. Assim sendo, irei pelo caminho mais fácil, concordando com ressalvas… he he he… perdoe a brincadeira. 🙂 Visualizando os finalistas do F-X2 pela ótica da motorização, são efetivamente separados em duas categorias: monomotores e bimotores. Mas também há diferenças de potência total instalada, com se segue: > Gripen NG ….. = ~ 14.000 ou 15.000 lb (seco) e 22.000 lb (pós-comb); > Rafale F3 ….. = ~ 22.500 lb (seco) e 34.000 lb (pós-comb); > SuperHornet .. = ~ 28.000 lb (seco) e 44.000… Read more »

Ivan

Entretanto devo lembrar que sou daqueles que não acredita em avião ‘faz-tudo’.

Prefiro um Hi / Low Mix, como na US Air Force e Hel HaAvir, que combinam caças F-16 e F-15 que usam os mesmos motores.
No Brasil poderia ser Gripen E/F e SuperHornet F-18 F, este último para missões de interdição, ambos usando a GE F-414.

Mas aí é outra história.

Ivan.

Rodrigo

Ivan disse: 24 de janeiro de 2011 às 15:47 Por que o SH deveria levar o dobro da carga do NG ? Não é mais fácil os dados de Excel do NG estarem inflados ? Física é um negócio que vocês levam em consideração ou não quando interessa. Você acha que a eletrônica digital sueca é mais avançada que a americana, a ponto de ter uma capacidade igual em um avião bem menor ? Não é só a capacidade eletrônica, mas principalmente a capacidade de geração de energia e ela é proporcionada pelo motor, que no Gripen é um só.… Read more »

Nick

Caro Vader, Ivan Reconheço que o Cobertor $$$$ é curto, mas…. como eu disse, além de Manaus, Boa Vista e mais uma base à oeste da Amazonia, deveriam contar com um destacamento, não precisaria nem ser um esquadrão inteiro. Poderia se fazer inclusive rodízio dos esquadrões servindo na região. E o Nordeste também não pode prescindir de um esquadrão ao menos. Talvez isso exigisse a criação de pelo menos mais 3 esquadrões de caças, convenhamos 88 caças, com uma taxa de disponibilidade média de 50/60% deixa a FAB com o que ? 40 caças voando? É pouco. Tem de revisar… Read more »

Ivan

Nick, Eu também defendo a FAB com 2 (dois) caças, um mais leve e outro mais pesado, sendo o mais leve o Gripen NG, tanto por suas qualidades como por sua proposta de “se tornar brasileiro”. Quanto ao caça “pesado”, acredito que os melhores seriam o seu Sukhoi Su-35 BM ou o F-15 SE Silent Eagle. Mas o sonho fica muito caro assim. Uma alternativa seria uma versão “landing” do F-18 F SuperHornet. É um médio/pesado (14 toneladas vazio), que usa o mesmo motor do Gripen E/F, a GE F-414, e tem uma respeitável capacidade de interdição em profundidade. De… Read more »

joseboscojr

A rigor, colocar 2 motores em um caça tem mais a ver em incrementar a sobrevivência e menos a ver com aumentar a performance. Apenas 2 fatores aumentam favoravelmente com a instalação de um segundo motor, que é o empuxo e a taxa de potência/peso, o resto em geral é desfavorável, tais como o consumo, peso, arrasto, etc. Claro que a potência disponível dobra, já que são 2 motores. Também a uma melhor relação potência x peso já que em geral, um caça bimotor pesa menos que 2 caças monomotores. Mas não fosse a possibilidade de um caça ser atingido… Read more »