Coreia do Sul poderá retomar programa de desenvolvimento de caças furtivos

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Segundo reportagem do jornal Korea Times desta segunda-feira, 27 de dezembro, os militares da Coreia do Sul estão considerando o desenvolvimento de seus próprios caças furtivos por volta de 2020, para contrapor de maneira mais efetiva as ameaças militares da Coreia do Norte.

No momento, um projeto de vários bilhões de dólares, denominado “KF-X,” busca o desenvolvimento próprio de caças a jato multitarefas, por volta de 2020. Porém, os militares estão mudando o foco do projeto para a construção de caças furtivos (stealth), como consequência do ataque de artilharia da Coreia do Norte na Ilha de Yeonpyeong, em 23 de novembro passado, em que morreram dois fuzileiros navais e dois civis.

Uma fonte militar afirmou que “o conceito básico do programa está sendo mudado para o desenvolvimento de um caça furtivo, para evitar os sistemas de radar inimigos. O conceito está tomando uma forma mais concreta desde o ataque de artilharia”.

Num momento em que os mísseis e ameaças nucleares da Coreia do Norte estão crescendo, tem havido um entendimento comum, entre os militares, de que se deve desenvolver um caça furtivo para dissuadir e combater isso. Segundo a mesma fonte, “se tivermos caças furtivos, isso colocaria uma pressão psicológica significativa na liderança Nortecoreana.”

Quando foi iniciado, em 2001, o programa KF-X tinha como alvo o desenvolvimento e produção, por volta de 2020, de aproximadamente 120 caças de quinta geração, mais furtivos que o Dassault Rafale ou o Eurofighter Typhoon, embora não tão furtivos quanto o F-35 Lightening II, da Lockheed Martin.

Autoridades disseram anteriormente que estavam reconsiderando a introdução de caças furtivos de quinta geração devido a problemas técnicos e orçamentários.  No final de 2007, o Korea Development Institute, que é um “think tank” financiado pelo estado, concluiu que o KF-X seria inviável economicamente, custando ao menos 10 bilhões mas gerando apenas 3 bilhões em benefícios econômicos.

Num movimento ligado a esse, o país poderia atrasar a compra de caças stealth estrangeiros por meio do programa F-X, de encomendas em várias fases. O F-X visa a aquisição de 120 caças de última geração, por volta de 2020, num esforço para modernizar a frota da Força Aérea. A Boeing ganhou dois contratos, em 2002 e 2008, pra fornecimento de 61 F-15Ks.

FONTE: Korea Times (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

NOTA DO BLOG: veja os links abaixo para entender as idas e vindas do programa KF-X, além dos outros citados na matéria do Korea Times ou relacionados ao desenvolvimento e compra de caças pela Coreia do Sul.

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DrCockroach

DrCockroach gosta, em especial, do segundo e do terceiro link logo abaixo da materia:

– Indonésia e Coréia do Sul juntas no programa de caça de 4,5ª geração
– Turquia pode se juntar ao KF-X da Coreia do Sul

🙂

[]s!

Antonio M

Paralelamente ao Gripen NG (assim espero) o que o Brasil espera para participar desse projeto?

Precisa de um convite formal? Não pode enviar algum tipo de carta de intenções ? Ou apenas boa vontade política?

Pode ser uma boa oportinidade (talvez única) para participar de um projeto de 5ª geração…..

Grifo

Porém, os militares estão mudando o foco do projeto para a construção de caças furtivos (stealth), como consequência do ataque de artilharia da Coreia do Norte na Ilha de Yeonpyeong, em 23 de novembro passado, em que morreram dois fuzileiros navais e dois civis.

Qual é a relação entre um caça furtivo e um ataque de artilharia? Juro que não entendi…

Renato Oliveira

Simples, caro Grifo, a pressa era menor quando se achava que os vizinhos eram menos problema do que são na realidade. Qualquer vantagem conta, especialmente uma tão grande quanto caças stealth.