Os Pilotos de Provas do Grupo Especial de Ensaio em Vôo (GEEV) da Força Aérea Brasileira (FAB) iniciaram campanha de testes com bombas inteligentes guiadas a laser. O primeiro voo aconteceu no dia 26 de agosto, com o emprego de uma aeronave A-1A.

“No ambiente da guerra moderna, é um salto operacional significativo”, afirma o piloto de provas do GEEV que realizou o primeiro voo, Capitão-Aviador Diogo Silva Castilho.

Poucos países tem capacidade tecnológica de empregar esse tipo de armamento, que é mais eficaz, diminui o risco de perda de aeronaves e pilotos porque permite que o lançamento a grande altitude e distância do alvo. Ao mesmo tempo, reduz a possibilidade de danos colaterais nas proximidades dos alvos militares.

A aeronave A-1 voou equipada com mísseis, tanques subalares, “pod designador laser” e duas bombas de 460 kg cada, capazes de atingir com precisão um alvo iluminado por laser através de guiamento.

FONTE / FOTO: FAB

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Luiz Ricardo

Muito Bom =D

Sabre

ótima notícia, mas não entendi esses misseis, o AMX brasileiro não tem capacidade de disparar misseis!

Vinicius Kober

Essas bombas seriam as Lizzards ou as novas SMKB-82/83 desenvolvidas pela Britanite?

Alex

longo caminho a percorrer, mas tudo tem um inicio….

Vader

Parabéns à FAB, essa sim é uma ótima notícia.

Fabio

parabéns a FAB…depois de desenvolver doutrina/tecnica para misseis alem do alcance visual…agora doutrina/técnica para bombas guiadas!

ótima noticia!

mesmo com poucos recursos…esta dando um salto operacional fantastico!

não podemos esquecer que agora sim teremos uma capacidade de ataque estratégica com o A-1 + bombas inteligentes (com o A-1M será melhor ainda).

Rodrigo

Que mal pergunte..

Que bombas são estas ? Nacionais ou from Jeru ?

Gutex

Sabre, você não entendeu mesmo, pois a materia não trata de misseis, e sim de bombas guiadas a laser, sendo dois artefatos distintos.
Bombas não possuem propulsão propria ao contrário dos misseis…
No mais, os AMX contiam sem capacidade de disparar misseis….

Justin Case

Gutex,

Como exceção à regra geral que você apresentou, existem sim algumas bombas propulsadas.
Como exemplo, você talvez lembre das antigas bombas antipista, tais como as Durandal e BAPI francesas, que tinham foguetes para auxiliar no poder de penetração (essas não eram guiadas).
Atualmente existem versões de bombas guiadas propulsadas por foguetes, o que auxilia tanto o poder de penetração como a capacidade de emprego à distância mais segura “stand off”.
Veja as informações sobre as atuais AASM também francesas.
Abraço,

Justin

“Justin Case supports Rafale”

ALDO GHISOLFI

Enfim! Parabéns e que isso seja apenas um marco inicial.

Rodrigo

Veja sobre as antigas AGM123 Skipper

Estes franceses são atrasados mesmo ahahahahaahah

Brincadeira Justin, não resisti.

Galileu

Já é um começo, pra quem está 40 anos atrasado!

GBeck

Pois é.. a foto não mostra quase nada, só um pedaço do Litening. A bomba parece que vamos ficar na curiosidade. Deve ser segredo, embora já tenham aparecido fotos do F5 com a Lizzard e dos Skyhawks com as bombas da Britanite. Se alguém souber, seria bom comentar.

hms tireless

Provavelmente eram as LIzzard pois o A-1 estava portando um Pod Litening. Pena que ao que tudo indica teremos de recomeçar do zero já que a FAB terá de abrir mão do Litening, da LIzzard e talvez das bombas da Britanite pela introdução da duplinha AASM/Damocles.

paulomaffi

Fico feliz e triste ao mesmo tempo! Feliz por mais este avanço; mas triste pelo tempo que isso levou para acontecer!

Justin Case

Rodrigo,

É verdade.
Com relação as tecnologias de armas, depois da Guerra Fria todo mundo corre atrás do prejuízo.
E os Estados Unidos continuam sempre à frente.
Ainda não dá para alcançar, mas quem sabe poderemos chegar mais perto?
Pelo menos, nesse caso específico do Litening e armas guiadas no AMX, já existe participação majoritária de brasileiros no processo de integração.
Abraço,

Justin

“Justin Case supports Rafale”

GBeck

Bem lembrado Hms. Muito embora acho que sejam sistemas complementares. Cada um no seu “quadrado”. O maior alcance das AASM talvez tenha uma aplicação mais “estratégica”. Mas isso é só meu chute, também tenho minhas dúvidas se uma Spice não é tão efetiva quanto a AASM.

Justin Case

Tireless,

A integração do Litening e dos armamentos já existentes no inventário brasileiro é, com certeza, requisito do Projeto F-X.
Todos devem ter ofertado e quem ganhar vai ter que cumprir, seja sueco, francês ou americano.
Abraços,

Justin

“Justin Case supports Rafale”

Mauricio R.

Xí…isso aí na Colômbia, é carne de vaca e tem alvo real.

Rodrigo

Estas integrações nacionais, atualmente são mais lenda que uma necessidade em si. Por que usar o Litening no Rafale se ele tem um pod mais moderno ? Por que usar o Litening no SH se ele tem um pod mais moderno ? O NG eu nem sei o que usa 😀 Idem para as armas… Que armas nacionais teremos em 2014 pronta para integrar no vencedor ? O Rafale, com o Mica e o SH com o AIM120, por que perder tempo integrando o Derby ? A Lizzard idem. Por que usar a Lizzard no Rafale, que já virá com… Read more »

Justin Case

Rodrigo disse: 1 de setembro de 2010 às 15:23 Rodrigo, Em relação à contenção dos custos e à eficiência operacional inicial acho que você tem toda razão. Mas tem outro aspecto que talvez você não tenha lembrado. Essa integração de armas, pods e sensores é que proporcionará o campo de trabalho para alcançar o conhecimento pleno dos sistemas da aeronave e a absorção de tecnologia. Precisaremos muito disso durante o ciclo de vida da aeronave, para poder atualizá-la com as mais novas capacidades e tecnologias que pudermos alcançar. Não seria um gasto desnecessário, mas um investimento. Abraço, Justin “Justin Case… Read more »

Tysock

Hummmm…uma boa notícia. Uma pena que somente agora, entrando na segunda Década do Século XXI, a FAB começe a utilizar estes equipamentos…
Bem lembrado Rodrigo, esse FX além de ser desgastante é ilógico…mas vejo que até a FAB já percebeu que se for esperar pela definição politica, já era…
Quanto a informação de que o A-1 estava armado com mísseis, não faz sentido, já que não existe sistema de refrigeração para a arma no caça, então é de se supor que seja somente para ficar bem na foto…
A noticia é boa. Triste é saber que nossos pilotos são alvos…

Rodrigo

Este domínio da tecnologia de sistemas, também é outra lenda.

Em termos de sistemas, vão entregar somente as bibliotecas de acesso que nos permitirá integrar novas armas e sensores.

O resto é mais uma fantasia jobiniana.

Se vierem as bancadas de teste de sistemas e documentação descente( o que não é o padrão francês), vai ser algo de valor muito maior que pagar para estrangeiro integrar nossas armas.

Quando tivermos domínio disto os problemas de integração irão ser praticamente eliminados.

Não é um trabalho da noite para o dia, por isto acho mais negócio fazer estas coisas no MLU.

Sabre

Gutex, leia de novo a notícia ela diz que o A-1 vôo equipado com misseis, tanques, pods e as bombas! Só queria saber quem eles querem enganar quando colocam ,”equipados com misseis”, quando sabemos que não passam de misseis de engodo, no máximo para estabilizar um pouco o avião no vôo!Ou seja não precisa mensionar o que não não é funcional!

hms tireless

Rodrigo:
Tenho mihas dúvidas se o Damocles é mais moderno que o Litening. Creio que não. No máximo o Damocles deve ser equivalente ao Litening, que hoje em dia é amplamente usado tendo sido selecionado para os Typhoon da RAF e Luftwaffe.

grifo

Estas integrações nacionais, atualmente são mais lenda que uma necessidade em si. Caro Rodrigo, assim como você eu não acredito que todos os equipamentos existentes hoje na FAB serão integrados no novo vetor. Se o fornecedor tem um produto melhor já integrado e em uso na força aérea de origem, provavelmente é melhor usá-lo. O ponto no entanto é que esta vai ser uma decisão *da FAB* e não do fornecedor. Este tem que fornecer toda a capacidade de integração a FAB, incluindo documentação, códigos, rig aviônico, etc. Note que esta exigência não é tanto para aproveitar o que existe… Read more »

ouragan

Rodrigo
Ainda sim, os caminhos das “Indias” com os Franceses será mais fácil do que com o Suecos uma vez que quase 100% dá tecnologia embarcada no Rafale é de origem Francesa e no Arenque é “importada”…
Por isso que estranho o fato dos Suecos ofereceram e garantirem ToT maior que os Franceses.. qualquer engenheiro acharia isso por demais estranho já que, o Gripen NG é um projeto adaptado e o Rafale um projeto pronto…
Sei lá né?…

tomas

Parabéns à FAB e até que enfín, pois já estamos com anos de atraso se comparados com o Chile, o Perú, a Colômbia e a Venezuela.

Edmar

Caros Amigos Sabre, Hms tireless, Rodrigo, Vader e Demais Amigos do Blog .:

Se pelo menos fosse assim a FAB hoje.:

46 caças……..”F-5M”
48 aviões…….”AMX A-1M”
36 caças……..”FX 2″

No momento teriamos uma Força Aérea mais consistente:

Tysock

Edmar disse:
1 de setembro de 2010 às 16:17
Caros Amigos Sabre, Hms tireless, Rodrigo, Vader e Demais Amigos do Blog .:
Se pelo menos fosse assim a FAB hoje.:
46 caças……..”F-5M”
48 aviões…….”AMX A-1M”
36 caças……..”FX 2″
No momento teriamos uma Força Aérea mais consistente:

Tá…mas quantos estariam disponíveis?
F-5 deveríam ser 100 unidades! para termos de 60 à 80 em prontidão.
A-1, no mínimo 80 unidades.
FX 48 unidades divididos em três esquadrões, um em anápolis, um no nordeste e outro no sul.

hoje o único caça com disponibilidade real é o A-29…

Gabriel T.

Qualquer dos 3 do Fx terá que integrar as armas aqui produzidas. Os 3 mostraram que são aptos para essa tarefa em suas propostas finais.

Deivid

AAAAAAAMENNNNNNNNNNNNN!!!!! ALELUIA SENHOR XIIIIIIIIiiiiiiiiiiiiii…..senhores..deus esite sim xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii……..

Já tinha passado da hora da FAB entrar nos tempos atuais,mas queria ver uma foto do AMX equipado com a Bomba,ia direto para o meu orkut hehehehe.
E a proposito,não compramo esse sistema construimo e desenvouvemo com suor Brasileiro!!!

http://www.aereo.jor.br/2010/07/26/iae-realiza-ensaios-em-primeira-bomba-guiada-nacional/

Deivid

PS:”construimo,desenvouvemo…nossa a emoção foi tanta que me atrapalhei kkk

jakson almeida

Tem gente chamando o rafale de projeto pronto,eu gostaria de saber o que é isso,pois se você conclui e fabrica um produto projetado ele se torna um produto de mercado.Eu sou engenheiro e vejo mais transferência de tecnologia no gripen ng assim como os engenheiros da fab e da Embraer.

Rodrigo

ouragan disse:
1 de setembro de 2010 às 16:11

Mas integrar armas e sensores não é ToT, pois só receberemos bibliotecas.

Se no MD consideram isto ToT, a coisa é mais chinfrim que eu pensava.

ouragan

sorry Sir, mas a Embraer sempre viu nos produtos Dassaul Rafale/Mirage-200 -5BR muito mais ToT do que em outros projetos! tanto que a Saab quer “construir” outra fábrica aqui em solo brasileiro… E você, como engenheiro, deveria saber que o Rafale, enquanto projeto, é bem mais interessante que o Gripen… pois o Rafale teve uma genêse… ele não foi evolução de algo… diferente do Arenque que é uma modernização… claro, o Rafale faz uso de recursos testados e aplicados nos traços 5, últimas versões do mirage – 2000. Já o Arenque é um remendo aqui e ali. Claro uma boa… Read more »

ouragan

Integrar armas não é simplesmente pegar as bibliotecas e pronto. É bem mais complexo… Agora se você acha que teremos Know-How para isso.. então a coisa é pior do que eu pensava…

SEAL

Boa notícia! A FAB demorou mas iniciou pegando pesado: 2 bombas guiadas de 460Kg cada!!! As aeronaves de ensaio de voo para testes são adaptadas para tal fim,diferente das usadas nos esquadrões. Quando a empresa francesa Sagem e a DGA (agência francesa de aquisição de material de defesa) anunciaram ter realizado com sucesso o primeiro lançamento de uma versão de demonstração da arma ar-solo ASSM, era de 250kg, com guiagem terminal a laser. A nova variante combina GPS com guiagem inercial e a laser para possibilitar à ASSM engajar com precisão alvos móveis terrestres ou marítimos. Já estão qualificadas para… Read more »

Bosco

De modo geral são usados foguetes em bombas (AASM, AGM130, Skiper, etc) quando se quer aumentar o alcance partindo de um lançamento de baixa e média altitude. Já usar bombas dotadas de asas extensíveis (JDAM/ER, SDB, Spice 1000, etc) aumenta o alcance significativamente se lançadas de maiores altitudes. Claro, levando-se em conta um vôo nivelado e não técnicas como o lançamento por “arremesso”, onde os dois métodos podem ser eficazes. No geral o foguete dobra o alcance de lançamento em relação à velocidade/altitude, já o uso de asas, quadruplica o alcance. adotam os dois métodos, foguetes mais asas extensíveis, tais… Read more »

pedro

Pedro, A FAB SÓ TEM BOMBAS A MECTRON- NÃO FORNECEU PARA FAB, MISSIL ANTI RADAR NÃO PODERIA TESTALOS NO POLIGUINO DE TIRO

jakson almeida

Caro Ouragan: O rafale ,assim como o f-35 e o pakfa são evoluções do Messerschmitt Me 262 que foi o primeiro caça a jato operacional(não estou considerando outros aviões a jato apenas o Messerschmitt Me 262 como caça)simplesmente desconsiderar todos os aviões franceses que sem a menor sombra de duvidas a Dassault utilizou a experiência no rafale assim como a Saab utilizou a experiência no draken e no viggen para desenvolver o gripen é não conhecer a capacidade de experiência acumulada de conhecimento que a engenharia propicia ao engenheiro.Pela sua visão de projeto o f-22, o pakfa,o próprio rafale e… Read more »

Galileu

“As aeronaves do Fx deverão ter capacidade de integração com os armamentos que a FAB quiser.”

hahahahahah quanta besteira.

Quem irá correr atrás de “alguma” integração é a FAB e a Embraer, isso de houver ToT.
Como eu disse a Embraer já trabalha na criação de softwares para aeronaves, integração armamento/caça.mas nem 30% tá pronto.

Joker

Vamos deixar o raFAIL, o GRIPAdo e a VeSpA de lado…

Procuremos refletir sobre o ganho doutrinario e operacional da FABr ao utilizar armamento inteligente.;)

ouragan

jackson almeida, você está sendo simplista por demais… não foi nesse sentido que eu postei meu comentário. Disse sim que o Gripen NG é sim uma modernização do Gripen C/D e o é de fato. Já o Rafale foi não foi, em si mesmo, um desenvolvimento de nenhuma outra aeronave. Óbvio que ele se usou do expertise se outro projetos, mas toda a sua concepção foi pensada a partir de um marco zero, foi essa a minha colocação. E, enquanto engenheiro, creio ser este o modo mais desafiador que se produzir algo…

Djalma L.A.

Opa!

Mesmo 40 atrasados, a capacidade de lançamento deste tipo de bomba, está de acordo com as eventuais ameaças vizinhas.
Equador,Bolívia, Venezuela e Cia.

Abç a todos

Baschera

O ganho doutrinário é muito importante.

Acredito serem as Lizard (lote recentemente recebido), já devidamente integradas ao pod Litening da Rafael.

Sds.

Rodrigo

ouragan disse:
1 de setembro de 2010 às 17:02

A EMBRAER oficialmente falou o que ? 😉

A FAB mostra que consegue integrar armas e por incrível que pareça sem a ajuda dos franceses.

Mauricio R.

“Integrar armas não é simplesmente pegar as bibliotecas e pronto.”

Cingapura que o diga.

“O ganho doutrinário é muito importante.”

É nenhum ganho, pois ainda está restrito ao esquadrão de teste e avaliação.
Ou seja, a doutrina ainda está por escrever.

Marcelo M

Se me permitem uma crítica, há pessoas que preferem ver que o copo esta meio vazio do que o copo esta meio cheio…. Sim, vários anos depois estamos operando algo que no mundo já se usa a décadas, mas chegamos lá… Além disso, pelo menos nos próximos 10/15 anos a FAB não será só FX2, será FX2(tomara), F-5M e A-1M. Partindo do pressuposto que o FX2 terá armas próprias, o que em parte duvido, esses dois ultimos serão armados com que? Então temos que continuar a aumentar o leque de armas de nossos vetores, especialmente pelo aumento de capacidade que… Read more »