Participação da Aeroeletrônica no programa AMX

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Dentre as diversas empresas nacionais que trabalharam no programa ítalo-brasileiro AMX a Aeroeletrônica, na época uma subsidiária do Grupo Aeromot, ficou responsável por boa parte dos aviônicos do caça.

Dentre os itens por ela produzidos estavam aqueles de projeto próprio e outros de terceiros com trasnferência de tecnologia. Hoje, a Aeroeletrônica é uma empresa que, dentre outras atividades, participa do programa F-5BR e da modernização dos EMB-110 Bandeirantes da FAB.

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Klevston kstonboner

Pena que este não vingou, a grande falha dele acho que foi ele ser subsônico….

Marcelo

na minha opinião ele enfrentou 3 problemas 1 – ele surgiu em um momento em que os upgrades de aeronaves mais antigas, como A-4, F-5 e MiG-21, permitiam as forças aéreas, já com poucos recursos pela grande crise econômica dos anos 70/80, não tinham verba para trocar suas aeronaves, sendo mais fácil modernizar as que tinham. 2 – Ele era voltado para ataque, em um momento em que surgiam aeronaves multimissão, exatamente no período acima, de contenção de custos. 3 – O Fator F-16, ajudando a economia americana, existia um caça multimissão disponível, a preço razoável, para aqueles que optassem… Read more »

Giordani RS

O grande defeito foi o Governo e seus asseclas cortarem as verbas e investimentos…
Ele é subsonico por que foi projetado para ataques a baixa altitude bem dentro do território inimigo…é uma máquina muito boa! Faltou foi é visão de nossos políticos…mas esse assunto já está tão batido quanto o FX2…
Fico feliz pela AEROELETRÔNICA.
aeromot me faz lembrar: tô até hoje esperando me chamarem para uma entrevista…hahahahaha…ainda bem que espero sentado…hahahaha…

marujo

É uma pena que Aeroeletrônica é controlada pela Elibt israelense. O acionista majoritário devia ser a Aeromot e não o contrário. Do que jeito que está, a empresa nascida da Aeroeletrôncia transfere tecnologia para ela mesma, forma quadros em tecnologia de ponta para ela e não para o país. Considero que o controle nacional deveria ser uma razão de Estado.

Rodrigo

O problema do AMX foi de Timing..

Diga-se de passagem o mesmo problema dos aviões de 4.5 geração que estão entrando em serviço agora.

Rodrigo

Giordani RS disse:
17 de agosto de 2010 às 12:31

Perfeito!

Gabriel T.

Eu ainda fico com as sábias palavras do Ozires Silva, autor do livro A Decolagem de um Sonho: a História da Criação da EMBRAER.

Gabriel T.

O AMX sofreu uma série de preconceitos quando ele surgiu. As pessoas queriam que um avião de ataque ao solo tivesse o desempenho de um F-16. Depois falavam que ele custava o dobro de um F-16, isso sim era uma piada de mal gosto. Depois falavam que o AMX afundaria a Embraer. Depois criticaram pela falta de exportação. As pessoas até hoje não entenderam que o AMX foi um programa de um avião de ataque ao solo para a FAB. Não tinha essa paranóia de t. de tecnologia que temos hoje e muito menos exportação. O maior problema foi a… Read more »

Antonio

Para aqueles que ficam falando em “transferência de tecnologia e etc e tal” … lembrem-se que o desenvolvimento do AMX teve participação de diversas empresas brasileiras, foi produzido por aqui, nem por isso ele emprega um único míssil antinavio, um único míssil ar-superfície em mais de duas décadas de serviço junto à aeronáutica brasileira.

Adianta desenvolver um avião se é para ele ter um uso “meia boca”? Pelo amor de Deus: na segunda guerra mundial já se usavam mísseis ar-superfície! Estamos com uma defasagem de mais de 60 anos!!!

Andre de POA

Saudade deste tempo.. algumas destas unidades laranjinhas eu botei as mãos, bons tempos. Um dos problemas do grupo aeromot na época era ser uma empresa familiar com tudo de bom ou ruim que isto significa. O melhor para a aeroeletrônica seria abrir o capital.

Ricardo_Recife

Marujo,

A maioria dos engenheiros que trabalham na Aeroeletrônica são brasileiros, muitos fizeram curso em Israel para aprender o desenvolvimento de sistemas e aviônica para os projetos F-5M, AMX, Bandeirante e Vants, isto significa o desenvolvimento de expertise para nossa engenharia nacional. Lembro inclusive que a Elbit/Aeroeletrônica encaminhou uma proposta para a FAB de construção de Vants no Brasil.

Gabriel T.

“Ao contrário. Na época sofríamos muito mais com imposições e limitações vindas de fora. Se existisse um F/A-18E em 1985 ele nunca seria oferecido ao Brasil. Portanto, o desejo e a necesssidade de TOT ou desenvolvimento nacional era muito maior que hoje.” Não… a FAB queria um avião de ataque ao solo. Toda e qualquer t. de tecnologia foi secundária. Os fatos estão aí, é só analisar o AMX e ver o que ganhamos com ele. Asas, trem de pouso, a Embreaer fazia muito tempo antes. De novo, vocês precisam ler a história do Xavante, Bandeirante e Brasília. “Concordo com… Read more »

Gabriel T.

Cont.

Só terminamos o Piranha porque importamos a parte principal do míssil.
Na época era para o AMX ter radar, míssil anti navio e um míssil ar-terra. Nunca tivemos até hoje isso. Quem era o responsável pelo AMX não era a Embraer e sim a FAB. Pelo menos agora com a modernização teremos algumas melhorias depois de mais de 20 anos.

grifo

Não… a FAB queria um avião de ataque ao solo. Toda e qualquer t. de tecnologia foi secundária. Caro Gabriel T., desculpe mas isso não bate. Se tudo o que a FAB queria era um avião de ataque ao solo ela teria comprado pronto. O que não faltavam eram opções no mercado. Se tudo o que a FAB queria era um avião de ataque ao solo, porque não usou o radar Elta similar aos italianos? Teria sido muito mais barato e rápido. O AMX é um programa de capacitação da indústria nacional tanto ou mais que um programa de avião… Read more »

grifo

Não foram difíceis, foram terríveis. Até o F-5 estava parado no chão por falta de piloto treinado.

Falso. Qual esquadrão e em que ano?

Gabriel T.

Grifo, você está novamente errado. BASC. Isso foi antes de 1986.
AMX. Jamais foi um programa de capacitação industrial. Por favor amigo… Se assim fosse, uma simples aquisição de tecnologia direta no mercado internacional teria dado um up maior e mais rápido na EMBRAER. Não precisava do AMX. Bastava chamar um grupo de engenheiros de fora, tinha um monte e na época a EMBRAER pagaria muito bem. Recomendo o livro do Ozires Silva sobre a criação da EMBRAER.

grifo

Grifo, você está novamente errado. BASC. Isso foi antes de 1986. Caro Gabriel T., você seguramente está errado. Ainda mais sendo na época do ministro Délio. Se assim fosse, uma simples aquisição de tecnologia direta no mercado internacional teria dado um up maior e mais rápido na EMBRAER. Ok, vamos supor que você comprou 500 Kg de engenheiro no mercado internacional, e junto ainda veio de brinde o maquinário. Em que programa estes engenheiros vão trabalhar? Eles vão desenvolver o quê e para quem? Tem que existir um programa da FAB que pague o desenvolvimento, e nos anos 80 este… Read more »

Gabriel T.

Blz Grifo, seu comentário já foi bem esclarecedor sobre você. Continue assim.

grifo

Caro Gabriel, depois do F-5 parado por falta de piloto, posso dizer o mesmo sobre você.

Giordani RS

Bah…F-5 parado por falta de piloto…bah…vou anotar no meu caderninho “Das maiores bobagens ditas no Poder Aéreo”…

Marcelo

Sei que eles quase pararam por outro “P”, não falta de Pillotos mas falta Pneus….. Fiz prova para as escolas militares neste época e a concorrência era braba, acho dificil ter falta de mão de obra(Pilotos). Poderia até argumentar que não se tinah verba para eles voarem o que deveriam e suas capacidades ficavam comprometidas, mas falta de pilotos não conheço. Gabriel, se me permite uma opinião, apesar do grande homem que foi, leia outras coisas além do livro do Ozires, beba em outras fontes, verá que dependendo do ponto de vista, as coisas podem ter sido um pouco diferentes… Read more »

Alexandre Galante

Grifo, não adianta, o Gabriel T já provou que é contra o AMX, mesmo sob todas as evidências e argumentos contrários.

Gabriel T.

Galante, não sou contra, muito pelo contrário. Vi todo o programa AMX decolar. Quando todo mundo descia lenha, nós tínhamos que até acionar a justiça para impedir que mentiras fossem propagadas pelas mídias extremistas da época. Só não sou fanático extremista… Só isso.