EADS propõe substituição da frota de C-130H/C-5A por A400M

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A400M - foto gde  EADS

A companhia europeia EADS propôs ao Air Mobility Command (AMC) da USAF um plano de aquisição de 118 aeronaves de transporte A400M com a economia feita a partir da retirada de serviço de boa parte dos C-130H e todos os C-5A Galaxy.

Segundo o diretor do programa A400M, Neil F. Smith, esta proposta foi feita no final do ano passado. “Tivemos uma boa recepção”, completou Smith. A ideia seria equipar cerca de oito esquadrões de transporte com o modelo da Airbus.

Os planos da EADS para colocar o A400M no mercado norte-americano não são novos e o blog do Poder Aéreo já havia noticiado a opinião do CEO da EADS North America, Sean O’Keefe no final do ano passado sobre este assunto.

Mas para colocar o A400M no mercado da América do Norte será necessário estabelecer uma parceria com alguma mpresa local. Uma parceria com a Northrop já existe no programa KC-45 e poderia ser repetida no caso do A400M. Porém, não há nada oficial e até mesmo a Boeing não foi descartada como provável parceira. A EADS planeja enviar uma das aeronaves de teste do programa para uma turnê de demonstração pelos EUA no ano que vem.

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Mauricio R.

Hilário, o A-400M ainda estás mto enrolado na Europa mas o executivo da EADS sabe-se lá pq, acha que a USAF vai assim sem mais nem menos adquirir quase a mesma qntidade de células que os europeus.
Sem a indústria aeroespacial americana, contestar…
Até parece o pessoal da Embraer c/ o KC-390, e todas aquelas pesquisas mercadológicas, mas encomendas que são o que interessa; necas de pitibiriba.

Francoorp

Normal que eles façam uma oferta assim, querem vender o Peixe!!

O problema é saber se o peixe já esta pronto para ser vendido!!

Incrível estes atrasos nest programa, ainda bemque aconteceu lá nas Zoropa, pois se fosse aqui com Embraer não ia ter espaço na internet para arquivar todas as criticas.

Mas o KC-390 não esta livre de ter estes problemas não, muito pelo contrario!!

Danilo

E o que a EADS vai propor para a substituição dos C-130 da França?

Mauricio R.

Na Europa a idéia é substituir os C-130E/K/H e C-160 Transall, pelo A-400M; se os governos parceiros concordarem c/ o achaque da EADS.
Senão serão C-17A e C-130J.

Ivan

Francoorp,

Vc tem razão, principalmente se considerarmos que há projetos em andamento. O Hindu/Russo (HAL/Sukhoi) está em gestação; o japonês já está voando; e da China pode vir de tudo, até mesmo um projeto original.

Mas acredito no KC-390 da Embraer. Vejo o projeto bem centrado e de acordo com o que estamos observando no mercado.
Uma parceria com a Boeing para fazer uma dobradinha com o C-17 Globemaster III seria bem interessante, inclusive com aviônicos comuns… Quem sabe?

Abç,
Ivan, o antigo.

Rui

Opinião: Acredito que o Brasil disponha de capacidade para projetar e fabricar uma excelente aeronave de caça. O que impede isso talvez seja o custo, a escala de produção e o tempo que isso levaria. A taxa de retorno para a viabilização de um bom projeto talvez necessitasse de pelo menos 200 aeronaves a serem comercializadas interna e externamente no medio prazo, e não de apenas 36. Isso faz com que buscar um produto pronto seja a melhor opção. Mas ao que me parece, o F18 é uma aeronave amplamente conhecida. Isso torna seu poder ofensivo dedutível e sua neutralização… Read more »

Rui

O projeto do KC 390 parece ter como base uma aeronave de transporte japonesa de médio porte. Mas tá valendo. Melhorar e atualizar um projeto antigo pode ser uma idéia eficiente.

Nick

Substituir o C130 Hercules até pode ser, mas o C-5 Galaxy é de uma categoria totalmente diferente, nem dá para comparar.

Os riscos do KC-390 existem mas são baixos porque a Embraer não está desenvolvendo motores ou novos aviônicos, eles já existem no mercado. O que ela quer é parceiros para fabricar partes como asas, estabilizadores, partes da célula, obviamente com contrapartida de encomendas.

[]’s

Ivan

Rui,

Externamente elas se parecem muito, mas são aeronaves diferentes. Enquanto o nosso Embraer KC-390 está projetado para até 19 ton de carga, o Kawasaki C-2 está sendo construido para transportar de 30 a 37 ton de carga. Por sinal o japonês realizou seu primeiro vôo em 26 de janeiro de 2010, com motores iguais aos usados pelos Boeing 767 da JASDF.

Se vc tiver curiosidade de saber mais sobre o elegante transporte nipônico, segue um link:
http://en.wikipedia.org/wiki/Kawasaki_C-2

Abç,
Ivan.

Rui

Ivan, valeu pelo link.

Fernando

Ivan e Rui,

A Kawasaki tem acordos com a Embraer inclusive fabricando as Asas dos e-jets, desde 2003 em Gavião Peixoto (atualmente controle da Embraer), superfícies de controle e outras peças menores.
A experiência na construção, soluções encontradas e o Banco de Dados do C-2, poderiam sim, ter sidos utilizados para o projeto do KC-390, apesar de ser um projeto novo com a utilização das experiências adquiridas da família 170/190.

SDS.

Fernando

Modo Cor Tau: on

“Normal que eles façam uma oferta assim, querem vender o Peixe!!”

Um peixe extraordinário necessita uma longa jornada de pescaria em mares profundos. Antes de comprar o peixe tenha em mente que é mais caro, não é fresco, e é necessário cheirar antes, para não gastar com remédios mais tarde.

Modo Cor Tau: off

Ivan

Fernando,

Bem lembrado, uma troca de info entre Kawasaki e Embraer pode ser muito provável.
Gosta da tecnologia japonesa, só não gosto do custo de sua mão-de-obra. Mas como a fabricação é brasileira, tá valendo.

Ivan, o antigo.

Ricardo

Está história do A-400 é hilária, divertida. A primeira versão do A-400 usava uma turbina francesa SNECMA M138 turboprop, que por ter tido um desempenho muito ruim foi substituída pela PW 180 (a M138 foi instalada por pressão dos franceses que condicionavam sua participação no projeto se o avião fosse movido por uma turbina feita na França). Como a Pratt-Whitney é um motor americano feito no Canadá, a França e a Alemanha pressionaram para o desenvolvimento de uma turbina européia, o TP400-D6. Este foi um dos “pequenos problemas” de vai e vem no projeto. As diversas características técnicas do projeto… Read more »

Galileu

Mas isso é normal e desesperado de um executivo…

..o cara fala mesmo que vai vender pra EUA, CHINA, RUSSIA, e etc…

quero ver vender, até o japão tem seu projeto bem adiantado de avião carga/transporte

Fernando

“Ivan em 20 fev, 2010 às 17:48 Fernando, Bem lembrado, uma troca de info entre Kawasaki e Embraer pode ser muito provável. Gosta da tecnologia japonesa, só não gosto do custo de sua mão-de-obra. Mas como a fabricação é brasileira, tá valendo. Ivan, o antigo.” Ivan, Você acabou sem querer, de dar um exemplo concreto de transferência de tecnologia APLICADA entre Embraer e Kawasaki quando disse “uma troca de info entre Kawasaki e Embraer pode ser muito provável”. O que se deduz desta experiência que a empresa principal para absorver a tecnologia, deveria ser escutada sobre a tecnologia a ser… Read more »

Mauricio R.

“A Kawasaki tem acordos com a Embraer inclusive fabricando as Asas dos e-jets, desde 2003 em Gavião Peixoto…”

Essa parceria de risco não existe mais, a Embraer passou a fabricar as asas do E-jets.

“Bem lembrado, uma troca de info entre Kawasaki e Embraer pode ser muito provável.”

E por que raios a Kawasaki iria ajudar uma empresa, que agora é na verdade um concorrente???

Mauricio R.

“…a França e a Alemanha pressionaram para o desenvolvimento de uma turbina européia, o TP400-D6.”

Antes da TP-400-D6 que é baseada no core da turbina RR Trent, houve um modelo, TP-400D-1, que era baseada na M-88 do Rafale.

Fernando

Mauricio R. em 20 fev, 2010 às 19:07 “A Kawasaki tem acordos com a Embraer inclusive fabricando as Asas dos e-jets, desde 2003 em Gavião Peixoto…” Essa parceria de risco não existe mais, a Embraer passou a fabricar as asas do E-jets. “Bem lembrado, uma troca de info entre Kawasaki e Embraer pode ser muito provável.” E por que raios a Kawasaki iria ajudar uma empresa, que agora é na verdade um concorrente??? A fabricação das Asas continua em Gavião Peixoto, porém sobre o controle da Embraer e não mais da Kawasaki. A Kawasaki ainda é fornecedora da Embraer em… Read more »

Mauricio R.

“O C-2 é um transporte militar sem perpectivas,…”

A aeronave será a sucessora dos atuais C-1 e C-130H da JASDF, pelo visto p/ eles é o suficiente.

“…já que o Japão, é proibido de exportar material militar.”

Ah, a mesma constituição que diz que o Japão não pode mais ter porta-aviões???
Mas a JMSDF tem o DDH-181 “Hyuga” e já está planejando um outro maior ainda.
Mto relativo isso tdo.

Ivan

Maurício R,

O Japão realmente é proibido de exportar armas, mas não sei se uma aeronave de transporte seria considerada uma ‘arma’.
Contudo, não faz parte dos planos japoneses a exportação, eles desenvolveram o C-2 para atender exatamente a necessidade deles, independente do mercado. Assim como estavam trabalhando no P-X, avião de patrulha marítimo específico para as especificações deles.

Abç,
Ivan.

Galileu

Alguem sabe me dizer se a capacidade de transporte do kc-390 ser menor tem a ver com custo de manutenção? ou sei lá por qual motivo, se alguem souber conte aew…

Mauricio R.

“…se a capacidade de transporte do kc-390 ser menor tem a ver com custo de manutenção?” É burrice pura e simples mesmo, fundamentada em inúmeros estudos mercadológicos. Por isso é que o C-130J “Hércules” tem o monte de encomendas que tem, e o projeto da Embraer ainda não saiu das fraldas da encomenda nanica da FAB. É como um estudo inglês, que ousou dizer ser mais fácil e barato p/ a RAF manter tanto o C-130 como o C-17 fora da Europa, do que o A-400M. Pois se vc olhar em um mapa vai ver um monte de operadores da… Read more »

Mauricio R.

Deixando a implicância de lado, no Ocidente uma aeronave certificada pelas normas da ICAO, custa um tanto em USD por tonelada de carga transportada. Então hoje o mercado trabalha, c/ uma relação de 3 milhões USD/ton. Assim p/ 21.5 ton o C-130J custaria USD65 milhões e o projeto da Embraer USD57 milhões p/ 19ton. Ocorre que há influencias da amortização do capital investido no projeto, base instalada, configurações especiais, infra-estrutura, treinamento, ferramental pois um jato é mais caro de manter que um turbo-hélice que é + econômico mas não tão rápido, etc… A Noruega pagou USD520 milhões por 4 células,… Read more »

Mauricio R.

“Apenas negócios, independente de ser ou não concorrentes em determinados nichos de mercado, algo bastante comum no meio aeronáutico.”

Não creio, os exemplos de mercado, não apontam nessa direção.
No nosso próprio FX-2 isso inclusive já aconteceu qndo a Dassault ao assumir o controle acionário da Thales, barrou o uso do radar RBE no Gripen NG.
Ou a imposição pela Lockheed de limites p/ o que a KAI pode ou não instalar no Golden Eagle, de modo a não torna-lo uma opção em relação ao F-16.

grifo

“Deixando a implicância de lado, no Ocidente uma aeronave certificada pelas normas da ICAO, custa um tanto em USD por tonelada de carga transportada.” Maurício, não sei se entendi o seu comentário. Se você está falando de transporte civil de cargas, o custo é avaliado em termos de operação e não de aquisição. Vale o custo de tonelada/quilômetro transportado, o tempo total e o risco. Se você está falando de avião militar, a ICAO não tem rigorosamente papel nenhum, e o custo tem um peso bem menos relevante em relação a outros fatores. A Embraer viu uma oportunidade de mercado… Read more »

Mauricio R.

“Se você está falando de avião militar, a ICAO não tem rigorosamente papel nenhum,…”

Vc esquece que a aeronave militar ou civil, tem que ser CERTIFICADA p/ poder ser usada no mercado.
O perengue que originou a crise do projeto do A-400M, foi justamente a falta de uma certificação civil.

“…e o custo tem um peso bem menos relevante em relação a outros fatores.”

Preço de compra e custo de manutenção ao longo do tempo, não são a tônica das discussões do FX-2???
A racionalização é a mesma, troque caças p/ aeronaves de transporte.

Mauricio R.

“Se você está falando de transporte civil de cargas, o custo é avaliado em termos de operação e não de aquisição. Vale o custo de tonelada/quilômetro transportado, o tempo total e o risco.” -> “The Alenia/CMAS C-27J Spartan has a 12-ton capacity and costs about $35-40 million per plane. Lockheed’s C-130J Hercules carries 20 tons and costs about $65 million. the Airbus A400M is projected to carry 35-37 tons and cost about $100-120 million. At the high end, the 80-85 ton capacity C-17 Globemaster III sells for about $200-240 million. That appears to give us something approaching a per-ton constant… Read more »

grifo

“Vc esquece que a aeronave militar ou civil, tem que ser CERTIFICADA p/ poder ser usada no mercado.”

Caro Maurício, na verdade avião militar não tem que ser certificado. Por exemplo, o C-17 que você cita não tem certificação da FAA. Sem falar é claro nas aeronaves de combate.

grifo

“The Alenia/CMAS C-27J Spartan has a 12-ton capacity and costs about $35-40 million per plane. Lockheed’s C-130J Hercules carries …” Maurício, não sei se fui claro. Todas estas são aeronaves militares. No mundo civil o custo de aquisição é rapidamente amortizado e o que realmente conta é o custo de operação, tempo e risco. “Preço de compra e custo de manutenção ao longo do tempo, não são a tônica das discussões do FX-2???” Acho que não fui claro. Custo é sempre um fator importante. O que eu disse é que no caso de transporte civil custo é fator fundamental, muito… Read more »

Mauricio R.

“Caro Maurício, na verdade avião militar não tem que ser certificado. Por exemplo, o C-17 que você cita não tem certificação da FAA. Sem falar é claro nas aeronaves de combate.”

Pesquisa Mil-HDBK-516B.

Uma coisa é um avião ser feito p/ jogar bombas, outra é esse mesmo avião voar de forma controlada p/ poder jogar bombas.

Qnto as aeronaves do exemplo, estou me referindo a aviões militares de transporte.

grifo

“Pesquisa Mil-HDBK-516B.”

Caro Mauricio, pesquisei e continuei sem entender. Estamos falando de certificação padrão ICAO. O que uma norma MIL tem a ver com isto? São dois mundos completamente diferentes.

Soldier

Vixi…

Se isso vingar, o C-390 vai ficar em mals lençõis. O que terá de ofertas de C-130 “usados” jogados no mercado por precinhos camaradas não vai estar escrito no gibi…