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Recebemos esse texto por e-mail, de autoria do Brig R1 Teomar Fonseca Quírico, já confirmada. Vale lembrar que o texto foi publicado aqui quando já tínhamos algumas confirmações de autoria, daí o aviso, no início da publicação, de que esta ainda deveria ser confirmada. Confirmações que foram, subsequentemente, reforçadas por outras fontes do Blog – assim, nos comentários referentes às primeiras horas após a publicação, diversos leitores levaram em consideração a pendência da confirmação.

Tivemos a oportunidade de conhecer o Comte Quírico quando ele estava recebendo o AMX na FAB, em 1991. Os negritos no texto são nossos.

PROJETO FX-2: ALGUNS COMENTÁRIOS A RESPEITO NA ANTEVÉSPERA DA DECISÃO

Este artigo está sendo escrito no dia 21 de outubro de 2009, na antevéspera da decisão sobre o vencedor do chamado Projeto FX-2.

Nesses últimos meses tenho sido questionado com bastante frequência a respeito do que eu acho desse processo de seleção do mais novo avião de caça que o Brasil vai comprar: quem vai ganhar, qual dos três aviões é o melhor etc.

Companheiros da Força, amigos militares de outras forças, civis conhecidos e por vezes até desconhecidos (é impressionante a atração que o avião, em especial o avião de caça, tem sobre o homem comum!), eventualmente sabedores da minha condição de piloto de caça na reserva, todos querendo saber a minha opinião a respeito.

Eu sempre desconversei, no sentido de não tumultuar mais ainda um processo já por demais tumultuado, dentro da filosofia popular que diz que “piru de fora não se manifesta”! Um dia nós ainda vamos aprender a fazer como a Marinha, que compra 5 submarinos, um deles nuclear, troca de portaviões, compra aviões de caça, tudo com muito pouco ou quase nenhum ruído na mídia!

A todos eu dizia que os três aviões eram muito bons, que todos atendiam as nossas necessidades operacionais, e que o mais importante seria aquilo que o Brasil iria ganhar além dos aviões. Dizia, ainda, que independentemente da minha opinião, o parecer que fosse assinado pelo oficial responsável pela equipe técnica de avaliação eu assinaria embaixo porque, conhecedor do perfil e do profissionalismo desse oficial, tinha a certeza de que o que ele indicasse sem dúvida nenhuma seria a melhor alternativa a ser adotada pela FAB e pelo Brasil.
Naturalmente que tenho uma opinião em relação ao assunto e em respeito aos amigos que me questionaram em tempos atrás, resolvi colocar minhas considerações no papel neste momento, na antevéspera da decisão a ser tomada, mas somente tornando-a pública após o anúncio do projeto vencedor. Se não o fiz no passado para não tumultuar o processo, faço-o agora, antes da decisão, para não ser contaminado ou influenciado pelos comentários que certamente irão surgir e para não dar uma de “engenheiro de obra pronta”, figura que sempre abominei ao longo da minha carreira.

Naturalmente que faço isso com a irresponsabilidade da reserva, por não ser conhecedor de qualquer aspecto das propostas apresentadas e baseado apenas no sentimento e experiência angariados em mais de trinta anos de serviço dedicados em especial à aviação de caça do Brasil. Claro que é fácil falar quando não se tem a responsabilidade de uma decisão, mas dentro do mais puro espírito da “Tribuna Livre do Piloto de Caça” aí segue minhas considerações.

1- Qual dos três aviões é o melhor?

Para quem voa Mirage 2000, F-5E modernizado, A-1A/B ou AT-29 “é ruim” dizer que um Rafale, um F-18E/F ou mesmo um Gripen não atende às nossas necessidades operacionais!

Costumo comparar a situação com aquela em que um proprietário de um Monza 87, com o dinheiro da poupança no bolso, procurando um automóvel novo para comprar, recebeu ofertas de um Peugeot/Citroen último tipo, de um Cadillac também último tipo, bem como de um Volvo não menos atualizado; é difícil para o cara dirigindo aquele Monza antigo dizer que qualquer dos carros ofertados não atendem a sua necessidade de transporte!

Entretanto, se além do automóvel um fornecedor pouco ou nada oferece, um outro dá um ano de seguro total gratuito e o terceiro oferece, além do seguro gratuito, dois anos de assistência técnica e de peças de reposição também gratuitos, com quilometragem livre, agora nosso bravo proprietário do Monza já teria algumas vantagens adicionais em escolher um ou outro automóvel.

Ou seja, o que menos importa nessa competição é o avião, uma vez que todos, com certeza, atendem às nossas necessidades operacionais; o que importa mesmo é o que o Brasil vai receber ALÉM dos aviões!! A diferença está aí e, nesse sentido, estão certíssimas nossas autoridades que dizem que a transferência de tecnologia é que será o fator primordial para a decisão, muito embora essa expressão – transferência de tecnologia – mereça algumas considerações que serão feitas ao final.

Mas o que importa no momento é ressaltar que o fator de decisão não deve ser o avião, mas o pacote de benefícios que o Brasil irá receber além da aquisição pura e simples das aeronaves. A partir deste raciocínio, mesmo o homem comum, principalmente aquele ligado às coisas da aviação, já tem condições de fazer um prejulgamento considerando o histórico dos três países envolvidos na disputa.

2- França (Rafale), EUA (F-18E/F), Suécia (Gripen NG)

Novamente falando, todos os comentários a seguir eu os faço irresponsavelmente a partir da experiência acumulada ao longo da carreira, uma vez que não tive acesso a qualquer informação pertinente à disputa, além daquelas que se tornaram públicas pelos meios da imprensa.

Minha experiência com os franceses é a pior possível, vem de longa data, desde o início da minha carreira como piloto de caça, e a não ser que de alguma forma nossos amigos gauleses tenham mudado radicalmente e expressado isso nos documentos apresentados (o que também não garante nada!), minha opinião é de nem levá-los em consideração ab initio!

Ela se inicia com a comparação das publicações técnicas vindas com o Mirage III com aquelas que trouxemos junto com os nossos F-5. Basta pegar as TO-1 de ambas as aeronaves e se verá a pobreza das informações contidas na TO do Mirage em comparação com aquelas existentes na do F-5. Tradicionalmente as publicações técnicas francesas pouco informam de importante, em comparação com o nível de informações contidas nas publicações americanas, por exemplo. Gráficos de desempenho, gráficos de combate… basta comparar e ver a diferença entre elas!

Além disso, minha experiência com eles passa pela definição do canhão que equiparia a série das nossas aeronaves AMX. Poucos sabem, mas nossos protótipos de A-1 foram ensaiados com o canhão DEFA 554, uma versão melhorada daqueles canhões que equipavam nossos Mirage III. Pois bem, depois de toda uma campanha de ensaios feita com o DEFA 554, na hora em que fomos colocar nosso pedido de compra para a série, nossos amigos franceses colocaram tanta dificuldade e tanto sobre preço que, a despeito de todo o gasto que teríamos para ensaiar um novo canhão, saiu mais barato e conveniente trocarmos de armamento e começarmos tudo de novo, com um novo canhão de um outro país que poderia, inclusive, ser produzido no Brasil!

Essa experiência ruim continua com a gestão do contrato da troca dos helicópteros “Puminha” pelo Super-Puma onde, a despeito de contratualmente constar a implantação de um banco de provas do motor, para evitar o tremendo gasto das revisões gerais feitas na França, tivemos que suar várias camisas para convencer nossos amigos gauleses a simplesmente cumprirem as cláusulas previstas contratualmente que eles haviam concordado e assinado! E saí da logística sem saber se eles efetivamente cumpriram o contrato ou se estamos até hoje mandando nossas turbinas para fazerem revisão geral na França!
E falando em logística, só quem trabalhou nessa área para saber o elevadíssimo custo de manutenção dos produtos franceses, quase que inviabilizando, economicamente, a operação desses equipamentos.

Quanto à transferência de tecnologia, bem, basta alguém procurar saber hoje, passadas algumas dezenas de anos, qual é o índice de nacionalização dos nossos helicópteros Esquilos montados em Itajubá para se ter uma idéia da filosofia francesa em relação ao assunto. Um companheiro antigo da Força costuma dizer que a diferença entre o americano e o francês é que o americano pouco ou nada entrega, mas aquilo que ele se comprometeu a entregar ele o faz; já o francês, promete que vai entregar mundos e fundos e, ao final, apesar de compromissado e assinado, pouco ou nada entrega!

Eliminados os franceses restam, portanto, dois competidores.

3- EUA (F-18E/F) x Suécia (Gripen NG)

Ainda baseado na minha experiência de carreira e uma vez mais irresponsavelmente falando, entendo que a solução de menor risco é a americana, enquanto a alternativa que nos daria a maior independência é a sueca.
A solução americana é a de menor risco, uma vez que há centenas de F-18E/F voando em diversos países, com alguns milhares de horas de vôo acumuladas, além de ser o avião de primeira linha de combate da marinha americana nos dias de hoje. A versão ofertada é a do Super-Hornet (F-18 E/F) e não a do Hornet antigo (F-18 A/B ou mesmo C/D). Isso nunca tivemos antes, uma vez que os americanos sempre nos ofertaram aviões de segunda linha e que não estavam sendo empregadas operacionalmente pelas suas próprias forças armadas.

A FAB já possui longa tradição em operar aeronaves americanas, temos já toda uma cultura operacional assimilada bem como uma completa cadeia logística implantada com nossos amigos americanos do norte. Táticas de combate, canais de suprimento, escritórios de ligação, tudo implantado e funcionando (bem)!
Além disso, se olharmos para frente e visualizarmos necessidades futuras para o nosso País, há já uma versão de combate eletrônico dessa aeronave, bem como ela própria é uma versão embarcada que poderia vir a preencher uma eventual necessidade futura da nossa marinha de guerra, com todas as vantagens que isso possa significar para ambas as Forças e para o nosso País.

Como ponto negativo, tradicionalmente nossos amigos do norte não fornecem os armamentos e os equipamentos mais atualizados e que na guerra fazem a diferença! Podemos até tentar, mas penso que dificilmente eles nos cederiam tudo aquilo que desejamos, seja por filosofia política seja pela arrogância típica americana! Entretanto, o pouco ou o muito que conseguirmos obter nas negociações de agora, ANTES da indicação da aeronave vencedora, certamente iremos receber; tradicionalmente os americanos cumprem o assinado em contrato, sem grandes desgastes por parte do contratante.

Se a alternativa americana é a de menor risco, é porque a solução sueca tem um risco maior. E isso é debitado ao fato de que a aeronave ofertada de fato não existe, é um projeto em desenvolvimento, com todos os riscos e custos que isso possa significar. Paradoxalmente, é exatamente por isso – ser um projeto em desenvolvimento – a razão para a maior independência que o nosso País teria ao operar essa aeronave.

Por estar em desenvolvimento, poderíamos desde já participar com as nossas empresas em projetos, processos, testes, ensaios, fabricação etc., nas áreas de nosso maior interesse, nos mesmos moldes utilizados do desenvolvimento da aeronave AMX, com uma grande e marcante diferença, com toda a experiência do que deu certo e do que não deu certo naquele projeto!

Essa é a única forma de se ter independência, é conhecer o porquê (know-why) das coisas, e não apenas o como fazer (know-how) dessas coisas.
É importante ressaltar que a forma de participação nesse desenvolvimento, as áreas em que atuaríamos, os compromissos e documentos que norteariam esse trabalho, tudo que dissesse respeito a isso teriam de ser definidos e assinados ANTES da indicação do projeto vencedor, enquanto o poder de barganha está conosco; se deixarmos para depois, o poder de barganha passa para o outro lado e só teremos aquilo que ele quiser nos dar!

Quanto ao risco em escolher uma aeronave em desenvolvimento, em minha opinião esse risco é bem reduzido; não podemos esquecer que a versão ofertada (Gripen NG) é uma versão melhorada de uma aeronave já existente e voando em diversas Forças Aéreas no mundo, e que a Suécia é um país com grande tradição e sucesso no desenvolvimento de aeronaves de caça, com soluções pioneiras que, posteriormente, algumas delas se tornaram presentes em outras aeronaves (a aerodinâmica utilizando o duplo delta da aeronave Draken, a superfície canard totalmente móvel usada no Viggen, o trem de pouso principal em tandem e o uso de reverso no motor do mesmo Viggen).

Além do mais, a experiência que tivemos recentemente com os suecos no desenvolvimento da versão de vigilância aérea da aeronave E-99, utilizando o radar Erieye, sugere que teríamos um ambiente de extrema e profícua colaboração entre os dois países e as empresas participantes.

Bem, depois de tanto falar, resta ainda a pergunta – qual dos dois projetos seria, em minha opinião, o melhor para o nosso País: o de menor risco (Super-Hornet) ou o da maior independência (Gripen NG)?

O cachimbo deixa a boca torta, assim diz um dito popular. Talvez por ter participado do desenvolvimento da aeronave AMX, por ter percebido as chances enormes que nosso País teve em termos de obtenção de conhecimento, tecnologia, trabalho com elevado valor agregado etc., por ser um incorrigível entusiasta da indústria nacional sou levado dizer que em minha opinião a melhor solução a ser adotada pelo Brasil é a solução sueca. Já que, por definição, todos os aviões atendem às nossas necessidades operacionais, participar do desenvolvimento da versão NG da aeronave Gripen, com nossos amigos suecos, certamente é a alternativa que maior possibilidade dá de transferência de tecnologia e aquisição de conhecimentos para o nosso País.

E em relação a isso – Transferência de Tecnologia – vale à pena fazer alguns comentários em função de experiências passadas.

4- Transferência de Tecnologia: Falácia ou Panaceia?

Ao longo de todo esse processo de escolha tenho ouvido diversos companheiros se manifestarem a respeito da cláusula mandatória de transferência de tecnologia (off-set) que todos os fornecedores de alguma forma devem aderir.

Muitos entendem que isso ao final de nada vale, pois na prática ninguém transfere conhecimento que custou milhões e milhões de dólares para ser obtido simplesmente porque está vendendo um determinado equipamento.

Além do mais, transferir tecnologia pressupõe alguém capacitado em receber, seja em termos materiais e humanos, e aí o problema se agiganta pelo fato de termos pouca ou nenhuma empresa em condições.

Da minha parte, eu sou um eterno entusiasta da política de Off-Set, convicto de que para um País como o nosso, com todas as nossas dificuldades, ela é a única forma de desenvolvimento científico e tecnológico capaz de superar o imenso gap existente entre nós e as nações mais desenvolvidas.

Entretanto, da mesma forma que sou um incorrigível entusiasta em incentivar a indústria aeroespacial brasileira, eu sou um eterno frustrado pelos resultados obtidos até agora pelo nosso País, em especial pela Força Aérea.

Recordo neste instante uma frase do Maj.Brig. José Rebello Meira de Vasconcellos, herói da FAB e veterano piloto de caça com 93 missões na Segunda Guerra Mundial que dizia num outro contexto, mas que se pode usar para o tema em discussão: “Não se pode ensinar nada a quem não quer aprender e não se aprende nada sem que alguém saiba ensinar”!

Neste instante em que estamos definindo todos os aspectos concernentes à transferência de tecnologia que o vencedor da concorrência terá que cumprir, é bom olharmos para a experiência e resultados que a FAB obteve com o Programa de Industrialização Complementar (PIC) do programa AMX para não cometermos os mesmos erros que nos levaram a resultados tão pífios para o montante investido.
Em minha modesta opinião, o Programa AMX, por meio desse PIC, oferecia (e dava) o paraíso que qualquer empresário sempre desejou: aquisição de tecnologia de ponta em determinadas áreas, capacitação de pessoal, ampliação e adequação de instalações, aquisição de máquinas e equipamentos e, talvez o mais importante, uma carga de trabalho garantida por várias décadas (enquanto a aeronave estivesse voando!).

Naquela ocasião, selecionou-se um leque de empresas para receberem esse pacote por meio de um contrato de capacitação tecnológica e de industrialização de determinados equipamentos, e o resultado que temos hoje é ZERO ou muito próximo de ZERO! Á exceção da EMBRAER, quase todas as demais empresas desapareceram, obviamente após receberem todo o pacote de bondades governamental, de forma que hoje temos que recorrer ao exterior para fazer revisões gerais dos nossos equipamentos. Chegamos a montar uma fábrica completa para a fabricação de trem de pouso e componentes hidráulicos e qual é o resultado que temos hoje? Na área do motor, chegamos a comprar a sublicença de fabricação de componentes com alto teor tecnológico para que pudéssemos ter uma empresa capacitada a, no futuro, revisar nossos motores internamente, fabricar componentes e, eventualmente, até desenvolver motores aeronáuticos… e o resultado hoje é nenhum. Nossos motores de AMX têm que ser enviados para o exterior para revisões gerais com todo o enorme custo financeiro que isso significa.

E não adianta considerar que a posse de uma “Golden-Share” por parte do governo na composição acionária da empresa é garantia de que tudo irá correr conforme desejamos, porque na prática isso pouco adianta se não sabemos como e quando usar essa “Golden-Share”, ou tivermos vontade política para usar.
Recordo-me de ainda na ativa ouvir de oficiais mais antigos, por diversas vezes, em situações em que estava gerenciando o desenvolvimento de algum sistema, um quase mantra: “Nós não queremos repetir os erros do AMX”!

Embora defenda com todas as forças o Programa AMX, seja pela aeronave fantástica que ele forneceu à Força Aérea, seja pelos pequenos, mas significativos resultados tecnológicos obtidos no desenvolvimento do avião, sou forçado a concordar que certas filosofias de Off-Set, de transferência de tecnologia etc. não deram certo e que é importante que neste momento nos voltemos para as experiências vividas no passado para não cometermos os mesmos erros.

Transferência de tecnologia não é falácia, mas também não é a solução para todos os nossos problemas. O leque de empresas que temos é esse que existe aí, para o bem ou para o mal; eventualmente podemos até recorrer a uma multinacional que aqui venha a se estabelecer! Os pífios resultados do passado não justificam que não tentemos mais uma vez. A Força Aérea sempre foi assim, sempre considerou as necessidades do País antes da sua própria necessidade; assim foi no passado e assim terá que ser agora. É a única forma de legarmos um País melhor a quem nos seguirá!

5- Decisão Política vs Decisão Técnica

Durante o processo de seleção conduzido pela Força Aérea muito se falou de que a decisão seria política e não técnica. O próprio Presidente da República manifestou publicamente que, ouvida a Força Aérea, a decisão seria dele e de ninguém mais.

Creio que ele está mais do que certo e que ninguém jamais colocou isso em dúvidas, pelo menos no âmbito da Força Aérea! Uma aquisição dessa monta, envolvendo uma imensa soma de recursos, com uma gama infindável de impactos na área geopolítica, tem que levar em conta os interesses maiores da nação e que somente o Presidente da República tem condições de avaliar concretamente.

Entretanto, decisão política não significa uma decisão qualquer. Decisão política deve obedecer a pressupostos básicos que irmanam a nação em torno de seus objetivos nacionais permanentes e não, apenas, as conveniências do momento.

Decisão política também exige explicações e justificativas coerentes a serem prestadas a toda a sociedade brasileira. Enganam-se aqueles que pensam que quanto maior o nível funcional menor é a necessidade de explicações e justificativas de seus atos! É exatamente o contrário pois maiores e mais amplas são as implicações daquilo que fazem e que falam!

Nesse sentido, quanto mais completo, consistente e baseado em avaliações objetivas for o relatório técnico que a Força Aérea está produzindo, maior será a chance de que a decisão final, política, esteja em linha com a avaliação técnica e que a aeronave ao final escolhida atenderá, não apenas aos interesses políticos da nação, mas, também, às necessidades operacionais da Força Aérea.

Em minha opinião, se na avaliação técnica duas aeronaves tiveram pontuação semelhante – por exemplo, numa escala de zero a cem, uma recebeu 95 pontos e uma outra 90, enquanto a terceira recebeu uma pontuação de apenas 30 pontos – uma decisão política que escolha a aeronave de 90 pontos em detrimento daquela com pontuação ligeiramente maior é perfeitamente aceitável. O que fica difícil de aceitar, e de justificar, mesmo politicamente, é que a escolha recaia naquela com pontuação extremamente inferior!

De qualquer forma, como já disse no início desse artigo, independente das minhas opiniões e da decisão final a ser adotada, serei um ardoroso defensor da opção indicada pelo oficial responsável pela equipe técnica de avaliação; o relatório técnico assinado por ele eu assino embaixo, “em cruz”, sem dúvidas de que ela é a melhor para o nosso País e para a FAB.

Nesse sentido, cabe um comentário final em relação a isso.

6- Decisão Final vs Disciplina Intelectual

Nós, profissionais da Força Aérea, ao longo da carreira, somos treinados e incentivados a tomar decisões. Nosso métier – voar e combater – pressupõe análise permanente do cenário que nos cerca, das condições das nossas aeronaves, das condições meteorológicas e operacionais reinantes, das condições das nossas equipagens de combate, de todas as variáveis, enfim, envolvidas no voo para decidirmos o que é melhor para a nossa missão.

Nossa rotina nos ensina e nos torna líderes naquilo que fazemos. Somos treinados para decidir, e decidir bem! Isso de alguma forma nos leva a ser extremamente críticos com alguma atitude diferente daquela que seria a nossa; até porque decisões erradas ou não apropriadas podem levar ao fracasso da missão e, por vezes, até a morte. Buscamos a perfeição e apenas o perfeito é aceito!

Nesse sentido, os puristas que me perdoem, somos até um pouco indisciplinados!

Mas como alguém já disse, não são as respostas que movem o mundo, mas, sim, as perguntas, os questionamentos, e é assim que chegamos aos dias de hoje, de uma Força Aérea altamente operacional, doutrinada e coesa, da qual temos orgulho de pertencer!

Apesar disso, do nosso apurado espírito crítico, conclamo a todos a nos unirmos em torno de nosso comandante da Força Aérea e adotarmos como nossa a decisão que ele entender ser a melhor para a FAB.

Todo e qualquer assessoramento já foi prestado, tudo que alguém havia de falar devia ter sido dito ao longo das análises feitas e, agora, temos que ter apenas uma escolha: a escolha que o comandante da Força Aérea tiver feito.

Esqueçamos nossas diferenças, nossos conceitos, nossas concepções etc. Não podemos fazer como alguns ainda hoje fazem ao se manifestarem contra determinados projetos, décadas depois de eles terem sido implantados na Força. O que fazer com eles – jogar fora?

Em verdade nem sei muito bem por que estou escrevendo tudo isso uma vez que estou na reserva, sou página virada, em nada contribuo e quando ele se tornar público, daqueles poucos que me questionaram a respeito, a decisão já terá sido tomada e ele pouco ou nada ajudará no processo. De qualquer forma, em respeito a esses amigos, fica registrado aqui o que penso em relação ao assunto; pode ser que no futuro, ele possa servir para alguma coisa!

Um forte abraço e até o FX-3!!!!

Brig R1 Teomar Fonseca Quírico
21 de outubro de 2009

VEJA OUTRA OPINIÃO SOBRE ASSUNTOS DISCORRIDOS NO TEXTO:

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Max

Caramba!
Este artigo vai dar muito pano pra manga!!!
Espero que a civilidade e o respeito prevaleçam .
Abraço a todos

ricjam

Abraço comandante do 1°/16° GAv Adelphi 01, e comandante da Base Aérea de Santa Cruz Cacique 01, mais prefiro o Sukhoi e Rafele

Antonio D'Almeida

Galante, parabéns pelo artigo do Brigadeiro!

MUITO EQUILIBRADO e suscinto!
Não é qualquer um! É alguem que esteve lá de dentro, que já vestiu aquela casaca e sente orgulho e demonstra ainda amor pela Força.
Concordo “ipsis litteris” com análise criteriosa, onde usa argumentos do passado e os coloca vislumbrando o fututo!

Apenas o detalhe na despedida, o qual concordo e já havia deixado expresso em outro post: “até o FX-3”.

Rick

Putz, depois disso fica dificil acreditar nos franceses e suas promessas. Se ficamos de Rafale vamos ficar 30 anos ferrados.

ricjam

Ainda bem que ele observo com uma visão pessoal de Piloto
Creio que ele está mais do que certo e que ninguém jamais colocou isso em dúvidas, pelo menos no âmbito da Força Aérea! Uma aquisição dessa monta, envolvendo uma imensa soma de recursos, com uma gama infindável de impactos na área geopolítica, tem que levar em conta os interesses maiores da nação e que somente o Presidente da República tem condições de avaliar concretamente.

humberto

Vá lá se saber se este texto é realmente dele, mas concordo em linhas gerais com o que ele escreveu, fiquei impressionado com a parte que ele escreveu “Apesar disso, do nosso apurado espírito crítico, conclamo a todos a nos unirmos em torno de nosso comandante da Força Aérea e adotarmos como nossa a decisão que ele entender ser a melhor para a FAB.”, se o comandante que ele cita for o Saito OK.. concordo com ele, agora se for o Lula..já não concordo (pelo que entendi no texto é o Saito). Quanto ao NG apesar de concordar com o… Read more »

ricjam

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Deixo bem quaro que a decisão e política e voltada a nação brasileira não a pilotos da FAB
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ComAir

Bravo!!

1) Gripen NG BR;
2) SH;
3) Melhor cancelar …

andrekid

Parabens pelo artigo, sem duvida o melhor e mais detalhado em termos tecnicos e operacionais que li aqui. Concordo em genero e grau com o senhor.
Parabens da primeira letra maiuscula ao último ponto final.
Abraços e o senhor deveria mandar isso para uma resvista de circulação nacional pois esclarece muito sem entrar em termos tecnicos que a população não entenderia.

ricjam

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Ele também deixa claro que a nossa FAB e mergulhada na cultura Americana voltada a industria americana e para americanos, sabemos que a historia da FAB, remota a historia americana, acho que o Lula ira toma uma decisão também voltada a mudar isso, venha o Rafale
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CANGA

Tirando o motor americano e avionica sueca-americana, qualuqer empresa do abc pode fazer uma caça, conversa pra boi dormi

ricjam

Depois disso fica difícil acreditar nos Americanos e suas promessas podem ter o F-18 mais seus armamentos ficam nos Estados unidos, assim não temos uma Força Área temos um Aeroclube.

Marco Antonio

Muito bom este artigo!!! Já começa com uma afirmação de impacto, inteligente e que demonstra que, mais do que o governo, é a corporação que emperra o processo de modernização ao proporcionar espaço (para que utilizem a mídia) para exercer pressões e divulgação de “opiniões” de quem não se importa se está contribuindo para enfraquecer as Instituições do Estado Brasileiro em nome de interesses comerciais ou outros piores: “Um dia nós ainda vamos aprender a fazer como a Marinha, que compra 5 submarinos, um deles nuclear, troca de portaviões, compra aviões de caça, tudo com muito pouco ou quase nenhum… Read more »

ricjam

CANGA kkkk e verdade

Max

Humberto,
Qual avião na sua opinião a Suécia vai estar usando na próxima década?

ricjam

Tem um vídeo de um Brigadeiro da Turma de aspirante da época dele, olha só o que o Brigadeiro disse

http://www.youtube.com/watch?v=GURWeWJsyR8

grifo

clap clap clap clap

Nada mais a acrescentar.

Alexandre Galante

Excepcionalmente abrimos os comentários para esse post, espero que o pessoal saiba discutir com responsabilidade. Comentários com agressões à FAB serão deletados.

ricjam

Jobim afirma que perdedores da disputa para fornecer caças podem retaliar Jobim diz que “americano tem mania de achar que a América Latina é uma coisa só” e defende relação com os EUA “no mesmo nível” vinheta-clippingO ministro da Defesa, Nelson Jobim, admite a hipótese de retaliação política dos perdedores do programa F-X2, de renovação de 36 caças da FAB, e avisa que o Brasil tem de estar preparado para elas. “Pode haver questões políticas que você tem de saber administrar. Quando você faz opções, sempre pode ter problemas. Isso é risco de país grande, e só vamos ficar sabendo… Read more »

ricjam

“Não se pode ensinar nada a quem não quer aprender e não se aprende nada sem que alguém saiba ensinar”!

vc sabe da historia dos T-33 F-80, F-5B, AIM-9B, P-3AM, não queiram saber não queiram saber

Felipe Cps

clap clap clap clap

Nada mais a acrescentar. (2)

Erikson

Particularmente acho que é isso mesmo … texto esclarescedor pra quem ainda tinha dúvidas a respeito do FX-2, é de quem sabe oque está falando … voto com o relator.

nemesis

perfeito

Caipira

Havia lido este texto no outro post, achei bastante lúcido e humilde, afinal o suposto autor reconhece a “irresponsabilidade da reserva”…uma vez confirmada a autoria é mais um golpe duro na proposta francesa… Como havia comentado para os amigos do blog, ultimamente minha torcida oscilava entre o SH ou o NG, mas hoje eu considero (no meu direito de leigo)o NG a melhor opção. E como otimista que sou já sonho num futuro de médio prazo o NG sendo o “low” de uma equação que possua como “Hi” um caça de 5º geração (PAK-FA??). Na minha modesta opinião em 20… Read more »

Paulo Renato

Parabéns pelo post Galante !!!!

Está aí para os que admiramos Franceses e pensam que são flores !!!
Muito sensato nas palavras e mostra nas suas palavras sua vasta experiência que adquiriu na FAB.

Parece que vai dar FX3 !!!! rs..rs..rs..

Abs.

André

clap clap clap clap

Nada mais a acrescentar. (3)

ZE

VOX POPULI, VOX DEI! (4)

[]S

Leopodo Duarte

Algumas afirmações referente a este artigo tem sim verdades e razões, contudo se obsevarmos a historia da nossa forças armadas, verificamos que não adianta a escolha de qualquer aeronave, não há uma tradição de nosso país investimentos em nossas forças armadas, e espirito de liderança, para absolver e desenvolver tal tecnologia, teremos que a principio mudar a cultura deste país, colocando a nossas forças armadas como uns dos focos principais, e aplicar recursos para desenvolvimento, aplicação e modernização das Forças. Não adianta a escolha, se for pro um tempo curto e corte e não aumento das verbas não adianta em… Read more »

Alexandre Galante

Quem não souber argumentar racionalmente e desrespeitar a opinião de outros leitores, terá seu comentário deletado. E se reincidir, seu e-mail vai pra caixa de SPAM.

JC

Po, o cara elogiou um monte o meu SH, falou que os americanos honram o contrato mas prefere os suecos. Ah…para! ehehe.

Bom, antes os suecos aos franceses.

humberto

Caro Max, Creio que a Suecia está satisfeitissima com o Grippen que cumpre plenamente os requisitos da sua força aerea, acho que o mesmo vá continuar como o caça deles nos próximos anos. Pelo que tem sido ventilado na imprensa, o projeto NG é para sanar algumas deficiencias (sem ser depreciativo, é que não me veio outra palavra) que o Grippen possui (e é claro aumentar a sua efetividade) como por exemplo a sua autonomia (que é perfeito para a Suecia mas um problema para um pais como o Brasil, India etc). Ou seja, ao contrário do Grippen que foi… Read more »

Ivan 2

Até que enfim, uma luz no fim do túnel… Argumentação Perfeita! Só mesmo um profissional para ilucidar o caso!

Na opinião do Senhor Brigadeiro Teomar Fonseca Quírico, quem será que leva o F-X3? hehehe!!!!

Parabéns pelo post!

Estranho

Parabéns pelo post. Trabalhei em manutenção de aviões e o que o Brigadeiro está corretíssimo sobre os manuais e fornecimentos. Os americanos cumpre o que está no contrato e os manuais apesar de deixar muito a desejar eram muito superiores aos manuais franceses e uma raça ruim (franceses) de se lhe dar. Tenho amigos na Embraer que elogiaram muito a cooperação com os suecos (radar). Não existe decisão política se vc não ficar responsável pelos seus atos. A decisão é sempre técnica, como ele disse só se tiver uma pequena diferença, mas os custos (dinheiro, logística, pronta entrega, agilidade em… Read more »

Rodrigo

Vamos de Grippen? Então tá, só falta combinar com o Jobim.

ricjam

Comparar o Ministro da Defesa que nem do Partido do Presidente é, com uma reclamação de um piloto Formado no EUA ,e não entende de Aviação Jobim afirma que perdedores da disputa para fornecer caças podem retaliar Jobim diz que “americano tem mania de achar que a América Latina é uma coisa só” e defende relação com os EUA “no mesmo nível” ministro da Defesa, Nelson Jobim, admite a hipótese de retaliação política dos perdedores do programa F-X2, de renovação de 36 caças da FAB, e avisa que o Brasil tem de estar preparado para elas. “Pode haver questões políticas… Read more »

ricjam

ta bom assim Alexandre Galante

Marco Antonio

Desculpem o Off topic: galante, sabes me informar pq o meu nick sai “Marco Antonio” e outra vezes “vazmarcoantonio”?

humberto

Um ponto a esclarecer sobre a retenção de armas em solo americano. Em um entrevista do responsável da venda do F-18 ao Brasil, ele deixou bem claro que é um caso de mal entendo (no caso dos misseis Chilenos). O Chile fez uma encomenda de x misseis, como já tinham sido fabricados alguns, o Chile consultou sobre a possibilidade da antecipação da entrega deles, coisa que o fabricante recusou (coisa de gringo), mas uma vez o lote ter sido concluído, o mesmo foi entregue ao Chile..

antonio

O texto procura ser simples, no intuito de ser claro. Chamo atenção para um ponto. A FAB opera aviões de caça de terceira geração, com um orçamento que não é adequado. Qualquer um dos concorrentes é de geração 4+, principalmente por disporem de radar AESA e outros itens eletrônicos. Ora, mudar de geração significa mudar o padrão de gastos da FAB. Qualquer um dos escolhidos será mais caro de manter se comparado com o que se dispõe hoje. A FAB certamente está ciente disso, mas e o Governo? Está? Declarar um vencedor sem prestar atenção em seu custo de operação… Read more »

ZE

Para elucidar algo: O Jobim foi a pessoa que comparou o Gripen NG a um engradado de refrigerante!

Toda vez que o Ministro pode, ele bate no Gripen NG. Toda a vez é assim: Menções pouco honrosas ao vetor sueco.

POR QUE SERÁ ?

[]S

rafaelscheffer

Muito bom o texto do brigadeiro. Dessa vez temos uma escolha anti-Rafale muito boa, hehehe. A argumentação equilibrada traz pontos fundamentais para a escolha do novo vetor da FAB. Refletir sobre as experiências anteriores, tanto de escolhas e empregos de aeronaves, da construção delas, quanto do trato com fornecedores e governos estrangeiros, é fundamental para os objetivos dessa nova escolha (renovação e autonomia). Sobre a escolha, vale lembrar das dificuldades que os aliados de primeira hora dos EUA vem tendo em programas conjuntos (F-35), com contratos assinados de transferência e compartihamento de informação sendo desrespeitados pelos norte-americanos. Os contratos vão… Read more »

Blau Blau

Seria possível substituir os componentes que não sejam suecos no NG por nacionais?

Paulo Renato

Caro ricjam,
Aonde vc viu comparacão do N.J com o partido do Presidente ???
Aonde neste post se comentou de política ???

Tende a observar a analise técnica de um profissional que trabalhou na FAB durante pelo menos uns 30 anos. Não se trata de um entusiasta e sim de um Aviador que muito provável comandou alguma unidade da FAB.

Abs.

Justin Case

Amigos, No meu modo de ver, a opinião do Brig. Quírico tem aspectos interessantes: 1. Apresentou intenção de que o artigo fosse acessível apenas após a decisão, buscando evitar que sua opinião pessoal pudesse ser entendida como opção da FAB ou de parte dela. 2. Permitiu que a sua antipatia pessoal aos produtos franceses o fizessem descartar totalmente a opção pelo Rafale, em poucas linhas, sem qualquer outro tipo de avaliação. 3. Não lembrou que a opção pelo canhão DEFA foi devido à proibição de acesso ao canhão americano que equiparia o AMX italiano, e de contabilizar todos os custos… Read more »

Blau Blau

Bem lembrado Justin Case.

Abraços.

Luiz Eduardo

clap clap clap clap Nada mais a acrescentar. (4) Simplesmente Perfeito! —————————– Marco Antonio em 27 jan, 2010 às 14:27 Esse sempre foi meu pensamento: Opção HI/Low: A Imediata e de menor risco (F-18 SH) + a alternativa de maior independência (Gripen NG)! (O proprio Saito ja tinha deixado nas entrelinhas sua opinião, ao falar que gostaria de ter os novos caças já em 2011! Só a Boeing pode fazer isso!) Parece que a FAB (sendo verdadeiro o “relatório vazado” – e eu particularmente creio que sim) neste aspecto concorda comigo: os ditos “riscos” do Projeto Grifo-BR VALEM A PENA!… Read more »

Ivan 2

Já consigo visualizar as matérias das revistas e sites especializados em defesa daqui 20 anos.. “Gripen NG, a oportunidade perdida”
Imaginem como seria o desenvolvimento do artigo….

Villas Nobre

Eu achei os comentários do Brigadeiro lúcidos e racionais. Se foi ele mesmo quem escreveu isto (e o Poder Aereo nos alerta que a autoria do texto ainda tem que ser confirmada), não tem como rebater as colocações ponderadas e baseadas em experiência prática. A única coisa que eu questiono é que alguns colegas do blog se entusiasmaram quando o Brigadeiro disse que os Americanos cumprem o que está no contrato mas esqueceram quando ele diz: “que o americano pouco ou nada entrega”. Será que isto significa que tudo são flores na relação com eles? Eu gostaria de sugerir a… Read more »

Ivan 2

Ahhh por sinal, mudando de pato para ganço! enquanto nos debatemos com preferências por este ou aquele caça, o chile anunciou que irá comprar mais 18 F-16, 3 KC-135, 12 Bell 412 e um 2° lote de 12 Super Tucanos… com isso, quantos F-16 o chile terá mesmo????

Vejam o link da matéria
http://pbrasil.wordpress.com/2010/01/27/chile-amplia-seu-poder-aereo/

COMANDANTE MELK

Senhores,

temos aqui um clássico exemplo de contra-informação, e é só, apenas isso…

Grande abraço.