vinheta-clippingA aeronave Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) decola ainda nesta quarta-feira (30) rumo a Paramaribo, capital do Suriname, para buscar cinco brasileiros feridos e pelo menos 15 interessados em deixar o país. Equipado com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel, o Hércules C-130 leva também uma equipe com médicos, enfermeiros e auxiliares, além de medicamentos.

No mesmo avião seguem uma assistente social da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e uma diplomata especializada em assuntos consulares. O objetivo é dar assistência total às vítimas do ataque – ocorrido na noite do último dia 24 em Albina (a 150 quilômetros de Paramaribo) contra 200 estrangeiros, entre eles brasileiros, chineses e javaneses – e suas famílias.

Em entrevista à Agência Brasil, o major-aviador Mauro Henrique Monsanto, comandante da aeronave, afirmou que o Hércules C-130 foi preparado para resgatar até 20 passageiros. “Temos infraestrutura de UTI para, se necessário, realizar os primeiros socorros ainda em território surinamês”, acrescentou.
No grupo de cinco feridos, há dois casos mais graves, embora sem risco de vida – um homem que pode ter o braço amputado em decorrência de ferimentos causados por cortes de facão e outro que teve a mandíbula fraturada.

A viagem de Brasília até Paramaribo deve durar cerca de cinco horas. A ordem, segundo Monsanto, é embarcar os brasileiros e imediatamente decolar para Belém (PA). O voo de volta deve demorar pouco mais de duas horas. Este será o segundo voo da FAB rumo ao Suriname – o primeiro foi enviado na última segunda-feira (28), dois dias depois do ataque aos brasileiros.

Na véspera de Natal, brasileiros que trabalham na exploração do garimpo de ouro na região fronteiriça com a Guiana Francesa sofreram um ataque, provocado pelos quilombolas surinameses – chamados de “marrons”- que promoveram uma noite de terror com agressões, estupros e depredações. Pelo menos 25 brasileiros ficaram feridos. Também há denúncias de que sete pessoas estariam desaparecidas.

Na terça-feira (29), o ministro interino de Relações Exteriores, Antônio Patriota, afastou a possibilidade de novos ataques contra brasileiros na região. Ele afirmou que o governo do Suriname intensificou a segurança e garantiu que o ataque na véspera de Natal foi um “ato isolado”. Porém, há um alerta no país, pois os brasileiros fizeram denúncias de ameaças de novos ataques no interior. As autoridades brasileiras recomendam que sejam evitadas as áreas de risco.

FONTE: Abril.com, via Notimp

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