pakfa_t-50

O Brasil já começou a combinar com os russos. E quer jogo no mesmo time. Ainda em fase de ensaio, a coordenação entre os chamados Brics, Brasil, Rússia, Índia e China, conseguiu, até agora, que autoridades desses países intensifiquem contatos, e, aparentemente, criem maior confiança para acertos bilaterais. Neste ano, por exemplo, Brasil e Rússia podem ter uma mudança qualitativa no relacionamento. É o que defende o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.

Mangabeira tem papel inusitado no governo. Transita por vários ministérios, causa desconforto em alguns deles por sua audácia e sua agitação intelectual. Nem sempre é brindado com os melhores adjetivos no Palácio do Planalto. Mas, indiferente a críticas, diz que seu papel é provocar, promover ideias no governo. E provoca, agita, articula, acaba, por sua movimentação e persistência, garantindo destaque, nas reuniões do governo, a temas da agenda nacional e internacional que arriscavam deter-se nas encruzilhadas entre diversos ministérios.

O Itamaraty já vem, há algum tempo, tratando da ampliação do relacionamento com os russos, que tem, como estrela, a cooperação científica e tecnológica, especialmente na área espacial. Há uma comissão de alto nível, presidida pelo vice-presidente José Alencar, que deve se reunir em julho e discutir parcerias entre Petrobras e a estatal russa Gazprom, além de se fazer acompanhar por uma missão comercial, em busca de parceiras no mercado local.

No terreno do comércio, a pauta ainda é prisioneira das commodities, que ocupam a esmagadora porção das trocas de mercadorias entre os países, mas, há algum tempo, a possibilidade de venda de jatos russos para o programa FX, da FAB, somou à agenda um componente militar e industrial.

Esse componente militar garantiu a presença de mais um interlocutor nessas discussões, o Ministério da Defesa. Mas o pragmatismo comercial dos russos minou as chances, no ano passado, de participação dos caças Sukhoi na concorrência aberta pela FAB. O ministro da Defesa, Nélson Jobim, queixou-se, na época, que, enquanto os franceses abriram portas para cooperação e transferência de tecnologia, os russos pareciam vendedores obcecados, de prateleiras cheias. O Brasil avançou nas negociações com a França, que passou a ser mais cotada para vender os aviões à FAB.

Agora, os Sukhoi voltaram à cena, garantem fontes diplomáticas brasileiras. Mangabeira não acredita na chance dos jatos russos na atual disputa, mas diz ter sentido mudanças na abordagem das autoridades locais, que oferecem à Embraer possibilidade de cooperação no desenvolvimento de caças de quinta geração. O ministro esteve na Rússia, há duas semanas, para encontro com autoridades dos Brics ligadas ao planejamento estratégico. E aproveitou para um giro, sempre acompanhado de representantes da embaixada brasileira, em gabinetes do alto escalão moscovita.

Após reuniões com Igor Sechin, vice-primeiro ministro e dirigente da estatal de petróleo Rosneft, e com Igor Shuvalov, que encabeça o time de vice-primeiros ministros, Mangabeira acredita que a Rússia já não trata o Brasil como uma potência de alcance regional e incluiu o país na lista de interlocutores para assuntos globais. Na discussão dos Brics, diz, são Brasil e Rússia os países com ideias mais próximas em relação à estratégia para lidar com a perda de influência do dólar como moeda de referência mundial – Índia e China mantêm posições bem mais tímidas, ainda que os chineses já tenham levantado a discussão.

“Queremos, Brasil e Rússia, respostas à crise focadas em bases reais, não só nos problemas do mercado financeiro”, diz Mangabeira. Ele prevê ações conjuntas em campos como propriedade intelectual, onde vê alternativas ao sistema de patentes, com projetos estatais e cooperativos de remédios e tecnologia médica, por exemplo. “O grande tema atual é a reinvenção, não a reforma, da economia de mercado, por experimentalismos institucionais”, diz.

É forte a possibilidade de uma visita do presidente Lula a Moscou no segundo semestre, algum tempo depois da visita já programada à Rússia, para o encontro dos Brics em Ecaterimburgo, amanhã. Em comércio, dois temas ganham força. Um é o aumento de importação de trigo russo, que poderá substituir parte do incerto trigo argentino. Outro tema é a instalação, no Brasil, de fábricas de fertilizantes, com nitrogênio vindo da Rússia e fósforo e potássio brasileiros. Os fertilizantes são 40% do custo agrícola, e a Rússia, grande fornecedor.

É um tema importante, no momento em que, desconfiados, os exportadores russos vêm exigindo dinheiro à vista e recusam cartas de crédito de bancos internacionais na venda de fertilizantes para produtores brasileiros. As compras de fertilizantes estão em queda, anunciando perdas na produtividade rural.

Igor Sechin se prontificou a vir em breve ao Brasil liderando uma missão empresarial, para discutir alternativas de negócios, diz Mangabeira. Ele faz questão de dizer, porém, que essa aliança é pragmática, não deve ser vista como nenhum tipo de confronto com os EUA.

Essa aproximação com a Rússia tem, além das incertezas do trato com os mandantes locais, outras dificuldades. A revista britânica “The Economist” sugeriu, em sua penúltima edição, que os Brics passem a ser chamados BIC, sem a Rússia, ameaçada de estagnação econômica. A imprensa internacional fala do tombo de 15% na produção industrial e de quase 10% no PIB do primeiro trimestre, fatal a muitas cidades de uma indústria só.

Já faz mais de meio século a folclórica preparação do time brasileiro para o jogo contra a União Soviética, na Copa do Mundo de 1958, quando, após ouvir todo o esquema tático concebido pelo técnico Feola, Garrincha perguntou: “Mas o senhor já combinou com os russos?”. Hoje, enquanto avançam as conversas com a Rússia, o que falta combinar são os efeitos da crise internacional sobre o país, que sofre as consequências da queda nos preços de petróleo.

FONTE: Valor Econômico / Sergio Leo

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Rodrigo Marques

Não entrando nesta parceria só com grana, já está bom. Nós precisamos de tecnologia, mais até do que aviões.

paulo

A algum tempo só venho lendo os comentários por falta de tempo para escrever. Inicialmente gostaria de parabenizar os organizadores por fixar a ferramenta de moderação e o cadastro de usuários. Quanto ao PAK-FA, com a queda do preço do petróleo e a crise de consumo internacional a Russia começa a ver que sozinha não poderá se firmar na atual conjuntura econômica de crise. Sozinha também não poderá desenvolver seu vetor de 5ª geração, que inclusive está deveras atrasado em relação aos americanos. (que até já paralizaram as compras do F22 justamente pela crise) Assim sobram àqueles que querem crescer… Read more »

Sopa

É demais pra um só coração, o dia que o Brasil fechar esse acordo do PAK-FA eu tenho um troço !!

Sds.

konner

Alexander Fomin, diretor adjunto do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, em MOSCOU, 7 abr (RIA Novosti) disse que:

— “Estamos discutindo com a renomada empresa brasileira Embraer a transferência de tecnologia e construção de instalações para a futura produção licenciada de aviões, incluindo os caças de quinta geração”.

Em novembro passado, Rússia e Brasil assinaram uma série de acordos em matéria de cooperação em tecnologia militar, que enfatizam a proteção dos direitos de propriedade intelectual e segredos tecnológicos.

Os acordos vão facilitar a transferência de tecnologia e de produção autorizada de aeronaves russas no Brasil.

Vamos aguardar e …

Clésio Luiz

É isso que eu defendo: um caça de base, que possa ser adquirido nas quantidades que necessitamos e podemos manter (sem sonhar com mastodontes que já nasceram obsoletos, como o F-35, Su-35 e Typhoon) e depois de concretizada essa compra, ir atrás de algo que possa fazer frente ao F-22, visando os acontecimentos que virão nas duas amazônias.

Cmdt. Felix

Se este processo entre a Brasil e Rússia amadurecer de fato. O Brasil pela 1° vez na história vai dar um primeiro passo rumo ao futuro.

Claudio

O problema é que após divulgar o vencedor do FX-2 e pagar os 15% (segundo se comenta) da entrada da compra dos 32 aviões, acho pouco provável que este governo ou o próximo informem que vão fazer um novo insvestimento de Bilhões em novos caças, acho que politicamente eles não vão querer segurar esta situação.

Bem, caso se tenha alguma negociação acontecendo para valer sobre esse assunto, acho que o Gripen será beneficado no FX-2, já que é a proposta mais barata e ficaria como a nossa opção “low”

ely killer

que suspense ,,nao consigo esperar o resultado do fx2 ,,e agora quem sabe nois no pak fa

dalhe BRASIL

welington

O PAK FA é o caminho…. O FX2 não é a melhor opção para o Brasil o PAK FA é, com um investimento de 20%(4 bilhões) do custo do programa teríamos direito a participação no desenvolvimento da aeronave, poderíamos solicitar modificações no projeto da aeronave da mesma forma que os indianos o estão fazendo e inserir componentes nacionais alem de softwares próprios desenvolvidos em conjunto com os Russos e indianos, CONSTRURIAMOS e MONATARIAMOS o vetor em solo nacional, poderíamos vender o PAK FA como membro do programa construindo e montando as aeronaves em solo nacional, similar ao programa Eurofighter porem… Read more »

Robson Br

Claudio, Concordo com suas posições. Se o FX-2 foi programado para substituir os 120 caças de 1ª linha, não seria lógico fazer duas compras. A nova Estratégia Nacional de defesa prevê capacitação da industria nacional e o novo FX visa isso. Para a industria sobreviver depende de exportação senão vira uma Engesa da vida. A associação ou compra da SAAB seria a alternativa mais lógica, pois agregaria capacitação, confiança adiquirida pelos suecos e pela Embraer e um excelente e competitivo produto. Também seria um mercado mais exclusivo, pois em tese, não comcorreria com os grandes. Parece que os suecos estão… Read more »

Francisco AMX

Se realmente for verídica esta situação, devemos cancelar o FX-2, ou transformá-lo em algo mais simples direto e econômico, como aquisição dos M2000-9 dos EAU, umas 24 células, modernizar os M2000c, em conjunto com os AMX e F-5 modernizados… estaríamos razoavelmente bem servidos pelos próximos 8 anos, tempo suficiente para, em conjunto com Russia e India, desenvolver, na minha opinião, uma versão menos dispendiosa do que o F-22, mas mais capaz do que qualquer vetor de 4,5+ ger…, rivalizando em desempenho ao Raptor… mesmo sendo levemente inferior em tecnologia embarcada e até mesmo em RCS…. Se isso realmente é vero,… Read more »

Tiago Jeronimo

Para os sonhadores eu sempre vinha dizendo que só na imaginação de putin 6 porta aviões e 1000 PAK-FAs eram possiveis já que a Rússia está falida mas continuam com a mesma ladainha apesar de lerem noticia após noticia da situação Russa. “A revista britânica “The Economist” sugeriu, em sua penúltima edição, que os Brics passem a ser chamados BIC, sem a Rússia, ameaçada de estagnação econômica. A imprensa internacional fala do tombo de 15% na produção industrial e de quase 10% no PIB do primeiro trimestre, fatal a muitas cidades de uma indústria só.” Já querem tirar a Rússia… Read more »

Hornet

Assim como a maioria dos amigos aqui, também gostaria que o Brasil fizesse parte do PAK-FA… FX2 e PAK-FA resolveriam nossos problemas de defesa aérea e de capacitação tecnológica tranquilamente. Mas uma coisa me intriga… Segundo as últimas notícias, a Embraer vai comprar a SAAB (ao menos é o que foi anunciado), irá fazer uma parceria com a empresa vencedora do FX2 (pode ser a Dassault ou a Boeing…a SAAB não conta, porque a Embraer vai comprá-la e não se faz parceria com filial) e agora tem mais essa proposta: “a Sukhoi oferece à Embraer possibilidade de cooperação no desenvolvimento… Read more »

edilson

Salve Hornet.
sabes oq ue eu realmente acredito?
entrar no programa PAK nãos ignifica adiquerir o PAK e sim compartilhar os custos e acelerar o desenvolvimento.
em suma, os Russos terão o seu avião e os Brasileiros teriam as tão sonhadas tecnologias das quais poderiam aplicar em seus vetores.
creioq ue não precise especificar quais delas nos interessam, mas acho que o PAK serviria de segunda Via em termos de boicotes tecnológicos, bem como bancada de testes para futuros progaramas…
grande abraço meu caro.

Aos proprietários do Poder Aéreo, meus parabéns pela nova ferramenta de controle dos post.

Hornet

Edilson,

eu concordo…também acho que a idéia melhor seria essa.

O que eu estranhei foi a avalanche de ofertas feitas a Embraer…mas nada a ver com essa oferta russa exatamente, pois essa já era cogitada faz tempo.

Na verdade o que estranhei foi essa notícia (em outro post) de compra da SAAB pela Embraer…essa história é que não está bem explicada. De resto, acho que tudo normal.

abração

Giovani dos santos

Também acho que o pak-fa é uma boa solução, mas conhecendo o histórico do Brasil no desenvolvimento de altas tecnologias, principalmente em defesa, temos que olhar sempre desconfiados.
Acho também que tudo vai depender do resultado do FX-2, se por exemplo o F-18 Americano ganhar, a coisa pode minguar.

Alecsander

Apesar de ter ficado um bom tempo sem ter noticias, eu sempre acreditei que o Brasil iria fazer parte do desenvolvimento do caça de 5ª geração russo Sukhoi PAK FA T-50, mesmo que não seja para adquirir algumas aeronaves, só para adquirir tecnologia stealth. A demora é natural pela burocracia, e não por falta de interesse. Quando li esta noticia hoje não tive tempo de opinar mais fiquei muito feliz de saber dessa noticia, mais do que poderia ficar se a seleção ganhar o copa das confederações. Com relação ao projeto FX-2 não sei se todos concordarão , mais lá… Read more »

Roberto CR

Desenvolvendo hipóteses Acho que algumas considerações devem ser levadas em conta na análise deste post: 1 – A oferta, se verdadeira, é surpreendente e mostra a Rússia com necessidade de ampliação de seu alcance na política internacional; 2 – O FX 2 é diretamente ameaçado se o acordo do PAK FA chegar a ser finalizado (algum dia!!!) porque o Brasil estaria lidando, por um lado, com a absorção de tecnologia americana ou da europa ocidental e, por outro, com absorção de tecnologia russa concorrente destas através do mesmo agente: Embraer. Na minha opinião isto não vai ocorrer. Ou a aquisição… Read more »

Alecsander

Roberto CR O projeto FX-2 não será ameaçado pelo PAK FA, por três motivos: 1 o caça russo apesar de ter sido anunciado que ele entraria em produção entre 2015/16 pela Sukhoi, não deve entrar antes de 2020, já que os seus equivalentes americanos F-35 e F-22 demorarão uma década para entrar em operação apos seu vôo inaugural, e isso com pelo menos o dobro dos recursos financeiros que terá o PAK FA, sem contar que eles tem recursos tecnológicos muito mais vastos que os russos; 2 uma parceria para o projeto com a Sukhoi não será necessariamente para adquirir… Read more »

germa

Roberto Cr cara, vc matou a pau!! o Brasil é o pais da moda,G20,G7,OIT… dos BRIC é o que leva a democracia mais a sério, tam um papel fundamental no abastecimento de matéria prima da Europa e a China. E na verdade, os bric deveriam ser bric + IACTA indonésia, Autralia, Coreia do Sul, Turquia e Africa do Sul. pois assim todos os emergentes importantes seriam contemplados, mas qual desses IACTA aí não é parceríssimo do Tio Sam??Todos são. Mas voltando a aviação,o SH é migué, não vai rolar foi só pra acalmar o Bush,pq na época era ele o… Read more »

Hornet

Ah! Mas tem um probleminha que eu acho que nós aqui do Blog estávamos nos esquecendo, nesta oferta de parceria da Sukhoi para a Embraer… aqui está o probleminha: http://www.alide.com.br/joomla/index.php/component/content/article/36-noticias/400-jato-russo-rival-da-embraer-faz-seu-primeiro-voo Como resolve isso? É por essas e por outras que estou achando que a Embraer está recebendo ofertas demais…as coisas me parecem que estão fora da realidade por completo… De concreto prefiro acreditar só no FX2 mesmo e na futura participação da Embraer neste caso, e só neste caso!…Todo o resto, compra da SAAB, parceria com a Sukhoi, compra da Frota Estelar (com a “nova” Uhura inclusa) e essas coisas,… Read more »

Fabio Max1

Penso que uma coisa não anula a outra. O Brasil pode adquirir os vetores do FX-2 até nas quantidades máximas (120) e ao mesmo tempo entrar no projeto PAK-FA com vias a garantir o futuro de sua força aérea e a capacitação tecnológica que nem de longe é apenas militar. Muitas das aplicações de um programa como o PAK-FA podem ser transferidas para uso civil: Materiais mais leves e baratos para a indústria automobilística, sistemas de comunicação mais seguros para as atividades de telefonia e TV, turbinas mais potentes e econômicas para a aviação civil, softwares mais eficientes, etc… entrar… Read more »

Felipe Cps

Ursinho Pimpão, falido até as tampas, quer parceiro pra pagar o desenvolvimento de sua geringonça? Deixa que Índio Mangabeira põe o rico dinheirinho do contribuinte de Pindorama…

Francamente, tem gente que acho que acredita em duendes…

Tiago Jeronimo

Roberto CR, não existe isso de não sair do BRIC, o BRIC não é um grupo como o G7 e sim apenas uma designação de paises que tem um crescimento econômico consideravel e poderão vir a ser algum dia as potências econômicas do mundo. Se a Rússia para de crescer e entra em crise ela não irá mais fazer parte do BRIC pois não mais atenderá os requisitos. germa, o F-18 SH foi escolhido só pra acalmar o Bush? Você realmente sabe o que ta falando? Pra que acalmar um presidente nos ultimos meses de mandato? E acalmar o que?… Read more »

Dalton

Pois é Tiago, tambem nao entendi o que o amigo Germa quis dizer com “acalmar o Bush”, mas enfim… nao torço contra a Russia, mas acho prematuro falar em 6 porta=-avioes e mil aeronaves, há nao ser que a populaçao seja mais uma vez muito sacrificada. Ano passado li em um forum uma declaraçao de um participante russo, que escreveu que a Russia nao precisava disso tudo…eles tem misseis topol e bulava afinal de contas…e que há muitos problemas internos a serem resolvidos e que a Russia nao pretende invadir ninguem mesmo. Já os EUA, além de sua projeçao global,… Read more »

MOsilva

Não acho “impossível” conciliar o FX-2 e a partipação no projeto PAK-FA. Como já foi escrito, o PAK-FA deverá estar disponível (em produção seriada) por volta de 2020, época em que os F-5M e AMX-M deverão estar no final da vida útil. Assim, o vencedor do programa FX-2 passará, naquela década, as funções que os esses aparelhos têm hoje. Da mesma forma creio ser perfeitamente “normal” ter a Sukoi como parceira da Embraer num projeto de defesa e concorrente na fabricação de aviões civis. Parcerias internacionais da globalização permitem que situações como esta sejam corriqueiras. Quem acompanha o cenário das… Read more »

welington

O mundo voltara a crescer apos 2010 em 2011 já estará tudo normal inclusive na Rússia e em todos os BRICs, a Rússia vai ter o 6º maior PIB do mundo em 2050 e o 4º maior PIB percapita, os Russos levam a defesa tão a serio quanto os EUA e tem esta como prioridade por este motivo e pelo crescente aumento da economia Russa desde 1991 provavelmente a mesma possuirá os tão desejados 6 porta aviões nucleares e os 1000 PAK FAs…. O PAK FA tem um designer, só porque o mesmo não foi divulgado não quer dizer que… Read more »

Roberto CR

Alecsander Concordo quando afirma que o Brasil precisa de um caça para ontem. Diria até, para antes de ontem. Meu ponto de vista leva em conta não o tempo para início produção do caça (entre 2015 e 2020), mas a conseqüência da decisão (hipótese). E acho que o PAK FA somente será viável se a Rússia conseguir parceiros, pois os custos são extremamente elevados. Quanto à aquisição de tecnologia, é este mesmo o ponto central no meu ponto de vista. Ainda no campo das hipóteses, suponha que o Rafale ganhe o FX 2 e que a parceria avance sem problemas.… Read more »

Tiago Jeronimo

Ao contrário do G8 o BRIC como eu já havia dito não é realmente um grupo e sim apenas um designação usada para indicar os paises emergentes e apesar de haver acordos comerciais entre os paises que fazem parte do BRIC eles não são um grupo como o G8 que promove reunião regulares e se a Rússia devido a recessão econômica e sua grande dependência do petroleo pode ser que a Rússia acaba mesmo não fazendo mais parte desse grupo queira ela ou não. Não vou nem comentar as projeções otimistas(pra não dizer outra coisa) do wellington.

Alecsander

Roberto CR

A França vai ter seu caça stealth, mais não sera um de 5ªgeração como os PAK FA T-50, F-22, F-35, os franceses vão pular uma geração para criar um caça stealth de 6ªgeração, o Dassault Neuron, que deve entrar em operação entre 2020 e 2025. Veja no site da Dassault:

http://www.dassault-aviation.com/en/defense/neuron/introduction.html?L=1

Um grande abraço.

Alecsander

Só mais uma observação, a França também já ofereceu participação no projeto do Dassault Neuron para o Brasil, ja que o Rafale esta na briga para ser o novo caça brasileiro.

Roberto CR

Valeu Alecsander

Rafael Polga

Caro Alecsander, Com todo o respeito a você, essa de pular uma geração de 4ª pra 6ª é uma grande bobagem. Típico de francês. As gerações da aviação são definadas quando um novo conceito é criado. A 3ª foi marcada pelo uso de turbinas nos aviões. O F-22 é o marco da 5ª geração pelo seu conceito stealth (invísível) combinada com a capacidade de destruição fora do alcance visual em detrimento da manobrabilidade e da capacidade de bombardeio ar-solo. O francês Neuron é um UCAV (Aeronave de Combate Não-Tripulada) ou seja, é operado por controle remoto como o Predador e… Read more »

Rafael Polga

Passei o site que o Alecsander postou num tradutor. “Da Europa UCAV manifestante: Um Projeto de Estruturação da indústria europeia de defesa. Para os próximos vinte anos, a luta contra a indústria aeronáutica europeia tem de enfrentar três desafios principais: * O desenvolvimento das tecnologias estratégicas que os E.U. estão dominando – ou será mestre – e que nunca serão transferidos para a Europa; * Garantia da sua competência e excelência. Em uma série de áreas, a indústria europeia tem competência técnica e domínio excelência e, devido à falta de trabalho, este know-how podem desaparecer;. * Carga de trabalho para… Read more »

Rafael Polga

Alguém concorda comigo que o governo brasileiro deveria comprar a participação da Dassault na Embraer e usar essas para algum tipo de fusão com alguma companhia estrangeira que realmente acrescentasse peso tecnológico, político e estratégico à Embraer? Nimguém até hoje aceitou comprar esse Rafale. Somente a própria França. E olha que foram muitas concorrências de peso. Na última derrota a Índia recusou o Rafale por descumprimento de especificações técnicas. Ficaram cinco concorrentes no páreo: o consórcio europeu EADS (com o Eurofighter), a russa MiG (MiG-35), a sueca Saab (Gripen NG) e as americanas Lockheed Martin (F-16) e Boeing (com o… Read more »

Tiago Jeronimo

A Dassault vendeu sua paricipação na Embraer faz tempo já, em 2007 se não me engano.

Hornet

Rafael Polga,

só uma correção: a Dassault não é mais acionista da Embraer.

Desde 2007 que a Dassault e a EADS venderam todas as ações que tinham da Embraer.

abraços

Hornet

Tiago,

fomos rápidos no gatilho, hein?…hehe…

Não vi que vc já tinha “corrigido” a informação dada pelo Rafael… enfim…

abração

Alecsander

Rafael Polga Os europeus não vão pular um geração porque não pretendem adquirir um caça de 5ªgeração, eles vão pular porque não a nessecidade de desenvolver um caça de 5ªgeração já que a União Europeia vai adiquirir o F-35 americano, isso se os Typhoon, Rafale e Gripen não derem conta. Eles estão fazendo uma parceria com a França para o desenvolvimento do Dassault Neuron porque não querem as mesmas restrições do X-47B com que tiverão com o F-35. Ao contrario dos celulares, a tecnologia aeroespacial só é desenvolvida se tiver nessecidade, não porque é mais legal. Você também não pode… Read more »

Alecsander

Os caças da 5ªgeração tem como finalidade atacar sem serem indentificados, os caças de 6ªgeração tem como finalidade alem de sua capacidade stealth, atacar sem por em risco a vida dos pilotos, mas não é apenas um VANT ou UCAV que não tem capacidade de combater outras aeronaves como os caças de 6ªgeração teram.

Um grande abraço.

Ivan

Como o Lula não sabe nada. Os russos como o Vladimir Putin(a pessoa que manda realmente na Rússia). Só vão “usar” os brasileiros pra que eles ganhem dinheiro, tecnologia, entre outras coisas bem fáceis de conseguir só com aperto de mão entre os presidentes(bonecos). Quem perde tudo são os brasileiros. Fazer o que né. Pois fazer cópia de projetos militares qualquer um faz. Pois os russos e os americanos estão acostumados. Já os brasileiros poderiam melhorar é aviões de transporte e resgate de passageiros. Pois aí é que ganhariam mais dinheiro e tem retorno em triplo. Se forem para investirem… Read more »

Rodrigo Marques

Não entrando nesta parceria só com grana, já está bom. Nós precisamos de tecnologia, mais até do que aviões.

paulo

A algum tempo só venho lendo os comentários por falta de tempo para escrever. Inicialmente gostaria de parabenizar os organizadores por fixar a ferramenta de moderação e o cadastro de usuários. Quanto ao PAK-FA, com a queda do preço do petróleo e a crise de consumo internacional a Russia começa a ver que sozinha não poderá se firmar na atual conjuntura econômica de crise. Sozinha também não poderá desenvolver seu vetor de 5ª geração, que inclusive está deveras atrasado em relação aos americanos. (que até já paralizaram as compras do F22 justamente pela crise) Assim sobram àqueles que querem crescer… Read more »

Sopa

É demais pra um só coração, o dia que o Brasil fechar esse acordo do PAK-FA eu tenho um troço !!

Sds.

konner

Alexander Fomin, diretor adjunto do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, em MOSCOU, 7 abr (RIA Novosti) disse que:

— “Estamos discutindo com a renomada empresa brasileira Embraer a transferência de tecnologia e construção de instalações para a futura produção licenciada de aviões, incluindo os caças de quinta geração”.

Em novembro passado, Rússia e Brasil assinaram uma série de acordos em matéria de cooperação em tecnologia militar, que enfatizam a proteção dos direitos de propriedade intelectual e segredos tecnológicos.

Os acordos vão facilitar a transferência de tecnologia e de produção autorizada de aeronaves russas no Brasil.

Vamos aguardar e …

Clésio Luiz

É isso que eu defendo: um caça de base, que possa ser adquirido nas quantidades que necessitamos e podemos manter (sem sonhar com mastodontes que já nasceram obsoletos, como o F-35, Su-35 e Typhoon) e depois de concretizada essa compra, ir atrás de algo que possa fazer frente ao F-22, visando os acontecimentos que virão nas duas amazônias.

Cmdt. Felix

Se este processo entre a Brasil e Rússia amadurecer de fato. O Brasil pela 1° vez na história vai dar um primeiro passo rumo ao futuro.

Claudio

O problema é que após divulgar o vencedor do FX-2 e pagar os 15% (segundo se comenta) da entrada da compra dos 32 aviões, acho pouco provável que este governo ou o próximo informem que vão fazer um novo insvestimento de Bilhões em novos caças, acho que politicamente eles não vão querer segurar esta situação.

Bem, caso se tenha alguma negociação acontecendo para valer sobre esse assunto, acho que o Gripen será beneficado no FX-2, já que é a proposta mais barata e ficaria como a nossa opção “low”

welington

O PAK FA é o caminho…. O FX2 não é a melhor opção para o Brasil o PAK FA é, com um investimento de 20%(4 bilhões) do custo do programa teríamos direito a participação no desenvolvimento da aeronave, poderíamos solicitar modificações no projeto da aeronave da mesma forma que os indianos o estão fazendo e inserir componentes nacionais alem de softwares próprios desenvolvidos em conjunto com os Russos e indianos, CONSTRURIAMOS e MONATARIAMOS o vetor em solo nacional, poderíamos vender o PAK FA como membro do programa construindo e montando as aeronaves em solo nacional, similar ao programa Eurofighter porem… Read more »

ely killer

que suspense ,,nao consigo esperar o resultado do fx2 ,,e agora quem sabe nois no pak fa

dalhe BRASIL